Casos e descasos agora no futebol
mantêm a sensação de corrupções e lavagens de dinheiro perante a opinião pública.
Correm milhares de milhões de euros entre
as grandes equipas a coberto de transferências de jogadores e o convencimento
de muitos cidadãos é que “onde há milhões podem existir outras “confusões”.
Isso é voz popular, talvez até imaginação fértil ou as chamadas teorias da
conspiração. Como sempre: não basta dizer, há que provar. Mas para isso não faz
sentido calar quem diz que sabe e pode contribuir para provar, porque assim a suspeição cresce,
prejudicando e não dignificando os visados no diz que diz – provavelmente falso
e doentio.
No caso João Félix, do Benfica,
os milhões levaram-no tão imberbe para um clube espanhol, apesar de fazer um
jeitão no Benfica. Ali, no clube que o “criou para o estrelato”, nem o deixaram
crescer convenientemente e decerto vendê-lo por muitos mais milhões. Prováveis questão
de “tesouraria” ditaram a sua venda precoce. O que foi considerado estranho por
muitos benfiquistas e de outros clubes ou simplesmente apreciadores do desporto.
A isso pesa a suspeição de corrupção nos clubes de futebol em Portugal.
A eurodeputada Ana Gomes falou do
assunto. Incisiva, como sempre, por conta própria. No Benfica, Vieira, meteu no
mesmo saco o Partido Socialista... Foi assim, é assim, que as “tricas” andam
pela comunicação social sobre o caso dos milhões que recheiam a transferência
do muito jovem João Félix para o Atlético de Madrid.
Põe-se a questão sobre o que
saberá Ana Gomes sobre os meandros alegadamente “negros” do futebol nacional? E
se tais eventuais “conhecimentos” não estarão relacionados com seus contactos e
tomadas de posição, assim como declarações, do caso Rui Pinto, o ‘haker’ detido
em Portugal por revelar alegada corrupção no futebol nacional e transnacional.
Em prisão à ordem do tribunal e impossibilitado de colaborar com polícias e
investigações no estrangeiro subordinadas ao mesmo tema e casos de alegadas ilegalidades
cometidas por grandes clubes e gentes ligados à modalidade dos milhares de milhões.
Que vença o melhor, a transparência e a legalidade.
Da Lusa, em Notícias ao Minuto, a
prosa em que a protagonista tenta, provavelmente, atirar mais uma pedrada no
charco.
Redação PG
Corrupção no futebol? -- Ana
agradece ao presidente do PS por "esclarecer o óbvio"
Ana Gomes disse hoje que o
presidente do PS se limitou a "esclarecer o óbvio", quando assinalou
que as declarações da ex-eurodeputada sobre a transferência do futebolista João
Félix refletem uma posição pessoal e não vinculam o partido.
"Agradeço ao presidente
Carlos César o afã de esclarecer o óbvio: não represento o PS e o que digo
e escrevo só me vincula. Sendo socialista, e não apparatchik, não abdico de dar
uso à minha cabeça... Já César, usa o que pode face a Vieira: a César, o que é
de César", escreveu Ana Gomes na conta oficial no Twitter.
Na quinta-feira, Carlos César
esclareceu que as opiniões de Ana Gomes "refletem apenas uma posição
própria e pessoal que, tal como em muitos outros casos, não vincula o PS",
em resposta a uma carta que lhe foi enviada pelo presidente do Benfica, Luís
Filipe Vieira, datada de 11 de julho.
O presidente do PS observou que o
partido "não tomou qualquer posição institucional sobre o objeto das
afirmações" de Ana Gomes, depois de Luís Filipe Vieira ter pedido a Carlos
César que dissesse se as declarações públicas da ex-eurodeputada sobre a
transferência de João Félix para o Atlético Madrid refletiam a opinião do
partido.
"Vimos solicitar a V. Exa.
que o PS, com a brevidade possível, e através da sua Direção, esclareça de
forma a não subsistirem publicamente quaisquer potenciais equívocos, se as
declarações proferidas por Ana Gomes refletem a opinião do partido ou se, ao invés,
tais declarações não merecem senão rejeição e repúdio por parte do
partido", indica a carta enviada a Carlos César, a que a Lusa teve acesso.
O Benfica já tinha anunciado que
iria processar Ana Gomes devido a um comentário na rede social Twitter, em que
questiona se a venda do futebolista João Félix "não será negócio de
lavandaria".
A frase em causa foi escrita em
27 de junho, em resposta a um 'tweet' de um jornalista da revista Sábado, que
se interrogava sobre a transferência de avançado internacional português por
120 milhões de euros para o Atlético de Madrid.
"Um jogador de futebol com
apenas 19 anos, que jogou meia época num campeonato de terceira categoria, e
que aí se revelou, é vendido por 120 milhões de euros, naquela que é a quarta
maior transferência de sempre. Ainda não li uma explicação racional, e
fundamentada, para isto", comentou o jornalista.
Ana Gomes reagiu, deixando uma
interrogação: "Não será negócio de lavandaria?".
O Benfica considerou que aquele
comentário conotava a transferência de João Félix "com uma operação de
lavagem de dinheiro/branqueamento de capitais".
Notícias ao Minuto | Lusa | Foto: Global Imagens
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