segunda-feira, 8 de julho de 2019

Morte do cantor João Gilberto "é uma perda para o património cultural" - vídeo


O Comité do Património da UNESCO considerou, este sábado, que a morte do cantor brasileiro João Gilberto "é uma perda para o património cultural", na reunião em que o Palácio de Mafra e o Santuário do Bom Jesus de Braga foram classificados Património Mundial.

A morte de João Gilberto "é uma perda para o património cultural" afirmou Abulfas Garayev, presidente do Comité do Património da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), no início da 43.ª reunião, que decorre em Baku, no Azerbaijão, até 10 de julho.

Os membros do comité fizeram um minuto de silêncio em sua homenagem, colocando João Gilberto "entre as pessoas que tiveram impacto na história da música".

Na reunião, o conjunto composto pelo Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada de Mafra e o Santuário do Bom Jesus, em Braga, receberam a classificação de Património Cultural Mundial da UNESCO.

Os dois monumentos faziam parte "das 36 indicações para inscrição na Lista do Património Mundial", que estão a ser avaliadas na 43.ª Sessão do Comité do Património, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

O cantor e compositor brasileiro João Gilberto, considerado um dos pais da Bossa Nova, morreu no sábado no Rio de Janeiro, Brasil, aos 88 anos, informou um dos filhos do artista.

O compositor, um dos nomes mais importantes da música brasileira, morreu em sua casa, no Rio de Janeiro, revelou o seu filho João Marcelo Gilberto, citado pelos media brasileiros.

João Marcelo Gilberto anunciou a morte do pai na rede social Facebook, enaltecendo "a sua luta nobre" e a tentativa de "manter a dignidade", apesar de ter perdido "a sua autonomia".

O cantor e compositor, considerado o precursor do género musical Bossa Nova e grande responsável pela sua disseminação pelo mundo, vivia arruinado e em solidão no Rio de Janeiro.

Derivado do samba e com influências do jazz, o estilo Bossa Nova surgiu no fim da década de 1950 pelas mãos de João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e de jovens cantores e compositores da classe média do Rio de Janeiro.

O álbum que marcou o início da Bossa Nova, "Chega de saudade", foi composto por Tom Jobim (1927-1994) e Vinícius de Moraes (1913-1980). João Gilberto deu voz à versão mais conhecida da música, lançada em agosto de 1958.

Em 1961, o cantor e compositor concluiu a trilogia de álbuns que, de acordo com o portal da Globo, "apresentaram a Bossa Nova ao mundo": "Chega de saudade" (1959), "O amor, o sorriso e a flor" (1960) e "João Gilberto" (1961).

Jornal de Notícias

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