segunda-feira, 15 de julho de 2019

Paris, Londres e Berlim apelam ao fim da escalada de tensão com o Irão


A França, o Reino Unido e a Alemanha, os três signatários europeus do acordo nuclear iraniano de 2015, reuniram-se no domingo para "impedir a escalada das tensões e retomar o diálogo", indica um comunicado conjunto.

“Estamos preocupados com o risco de que o acordo não seja cumprido, sob a pressão das sanções impostas pelos Estados Unidos e após a decisão do Irão de não aplicar mais várias das normas centrais do acordo", refere o texto comum, distribuído pela Presidência francesa.

"Os nossos três países estão profundamente preocupados com os ataques a que se assistiu no Golfo Pérsico e com a deterioração da segurança na região. Acreditamos que chegou o momento de agir de maneira responsável, e de encontrar formas de parar a escalada de tensão e retomar o diálogo".

França, Reino Unido e Alemanha apelam a todas as partes interessadas para que analisem "as possíveis consequências das suas ações".

"São urgentemente necessários sinais de boa vontade, de todas as partes", lê-se no comunicado conjunto, hoje divulgado.


O Irão começou a ultrapassar os limites do enriquecimento de urânio, como resposta à decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear, no ano passado.

O acordo de 2015 foi assinado pelo Reino Unido, Alemanha, França, União Europeia, Estados Unidos, Irão, China e Rússia.

Trump também impôs sanções duras às exportações de petróleo do Irão, agravando a crise económica que fez com que a sua moeda caísse drasticamente.

Num telegrama publicado hoje pelo Mail on Sunday (Sunday Mail), o ex-embaixador do Reino Unido nos Estados Unidos, Kim Darroch, disse que o Presidente Donald Trump abandonou o acordo nuclear com o Irão como um ato de "vandalismo diplomático", para ofender o seu antecessor, o Presidente Barack Obama.

Darroch renunciou na semana passada ao cargo, depois de o jornal publicar outros telegramas diplomáticos relacionados com os Estados Unidos.

A Casa Branca respondeu recusando-se a lidar com o embaixador.

Notícias ao Minuto | Lusa

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