Duarte Caldeira | AbrilAbril |
opinião
Nos termos do artigo 147.º da
Constituição da República, “A Assembleia da República é a assembleia
representativa de todos os cidadãos portugueses”.
Deste modo o acompanhamento regular da atividade deste Órgão de Soberania, constitui um dever de todos os cidadãos, nomeadamente quanto à atividade dos Deputados e dos Grupos políticos que estes integram.
Chegados ao final da 13.ª
Legislatura é importante fazer um ponto de situação da atividade parlamentar,
numa perspetiva de avaliação do que verdadeiramente conta para a vida
quotidiana dos trabalhadores e do povo português.
Nesta perspetiva é de elementar
justiça destacar o trabalho desenvolvido pelos 15 deputados do PCP e pelos 2
deputados do PEV, que integram a CDU.
Na impossibilidade de passar em
revista a diversificada e empenhada atividade desenvolvida por estes 17
deputados, sublinho o vasto conjunto de iniciativas parlamentares por eles
desenvolvida, na área da Proteção Civil e dos Bombeiros.
Deve-se à ação destes deputados, com particular destaque para o Grupo Parlamentar do PCP, as mais relevantes iniciativas, em especial no que se refere aos problemas que afetam e limitam hoje a atividade dos Bombeiros.
Nos passados meses de abril e
maio o Grupo Parlamentar do PCP propôs a Apreciação Parlamentar de dois
Decretos Lei do Governo, com especial impacto no sistema de proteção civil: o
Decreto Lei n.º 44/2019 de 1 de abril que “Concretiza o quadro de competências
para os órgãos municipais do domínio da proteção civil” e o Decreto Lei n.º
45/2019 de 1 de abril que “aprova a orgânica da Autoridade Nacional de
Emergência e Proteção Civil”. Outros partidos tiveram igual iniciativa, embora
com fundamentos menos sustentados.
À data que elaboro este texto o
site da Assembleia da República informa, em ambas as iniciativas: “Aguarda
agendamento pela Conferência de Líderes”.
Dado estarmos no final da quarta sessão desta legislatura é improvável que os referidos diplomas do Governo venham a ser apreciados pela Assembleia da República.
Na “Exposição de Motivos” das
duas mencionadas iniciativas parlamentares do PCP, identificam-se suficientes
argumentos para desejar que estes diplomas do Governo sejam retomados na próxima
legislatura, para correção das suas vulnerabilidades em sede de apreciação
parlamentar.
Voltando ao labor dos deputados
da CDU na Assembleia da República, fica demonstrado que afinal não são todos
iguais. Os deputados da CDU centram a sua atividade no que interessa ao país e
aos portugueses.
Ora isto faz toda a diferença. A
pouco mais de dois meses de eleições para a Assembleia da República é
fundamental recordar esta relevante diferença.
Imagem: Heloísa Apolónia (PEV)
intervém na Assembleia da República, sob o olhar de Rita Rato (PCP). Foto de
arquivo, Tiago Petinga / Agência Lusa
*O autor escreve ao abrigo do
Acordo Ortográfio de 1990 (AE90)
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