Do Público a revelação dos
resultados de sondagem mostra as preferências dos portugueses em termos políticos
e de futura governação, o PCP é excluído. Que importa que no passado tenha sido
a histórica e única força a lutar contra o fascismo!? Nada. Que importa que pós
25 de Abril de 1974 tenha sido a força política que mais lutou por aquilo que
ainda resta das chamadas liberdades e conquistas de Abril? Nada. Que importa
que na atualidade pouco ou nada tenha mudado e que por isso ainda lute democraticamente
pela justiça e liberdades conquistadas em Abril de 1974? Nada.
Os portugueses demonstraram na
sondagem – se aquela for credível – que querem no governo uma esquerda caviar
de tons rosa e azulados, o que acaba por ir dar em roxo e se revelar o contrário
do que a maioria dos portugueses querem, segundo a sondagem deixa perceber. Preferem uma Traquitana com dois lugares e a duas rodas.
Os antanhos que enfrentaram o nazi-salazarismo,
que “fritaram” no Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, em Caxias, em
Lisboa na António Maria Cardoso, em Portugal nas instalações macabras e de
tortura da PIDE/DGS de Salazar e Marcelo Caetano, esses hão-de estar a sorrir
com ironia e a tentar perceber porque existe tanto antagonismo contra o histórico
e honesto partido político PCP, substituído nas preferências por desonestos
protagonistas, comprovadamente a favor da exploração selvagem que prospera nesta
sociedade neoliberalista - rumo ao fascismo “inteligente” - e ao racismo não assumido…
Dirão alguns e os "sábios": É a política, são os mais fracos e impotentes a venderem-se aos vendilhões dos
templos recheados de mentiras e corrupção, de manipulações da média/outras que visam dominar os
povos, neste caso os portugueses que demonstram afinal preferir excluir os que
historicamente e de facto sempre os defenderam, até com a própria vida.
Tal não significa que na chamada Geringonça o Bloco de Esquerda não mereça reconhecido o seu mérito, mas o PCP também - até por ter de engolir tantos "sapos" cor-de-rosa. É sabido que o PS somente aflorou medidas de esquerda sob a pressão e o apoio parlamentar de ambos os partidos extra-governo, salvo algumas raras exceções. De qualquer modo o mérito pertence ao conjunto dessa denominada geringonça. Apesar do tanto que ainda ficou em falta para que víssemos uma sociedade mais justa, muito menos dominada pelos exploradores e corruptos, dos esclavagistas da modernidade. Um país muito mais a favor dos explorados - o que era justa. E é. Mas quando o será?
Ficarmos surpresos por assim acontecer
com as alegadas preferências da sondagem? Não. Afinal todos os povos têm aquilo
que merecem. O pior é que arrastam nos sofrimentos, nas carências, na exploração,
na constituição de sociedades pseudo-democráticas, aqueles que discordam, que lutam toda a sua vida por algo muito simples: ao povo o que é do povo e o que o povo
produz.
Vide sobre sondagem, no Público.
Mário Motta | Redação PG
Portugueses querem Governo PS e
Bloco de Esquerda
O Bloco de Esquerda é o sócio
preferido para os eleitores socialistas que também confiam mais em Marcelo
Rebelo de Sousa do que em António Costa.
A dois meses e meio das eleições
legislativas de 6 de Outubro, quando a discussão se centra numa possível
maioria absoluta do PS, os eleitores, à esquerda e direita, preferem uma
coligação dos socialistas que a repetição do acordo parlamentar que viabilizou
o Governo nos últimos quatro anos, ou que um executivo minoritário com apoios
pontuais. São estes os dados de uma sondagem da Pitagórica divulgada esta
quarta-feira.
Esta solução deriva de 75% dos
inquiridos, e 87% entre os eleitores socialistas, considerarem que o
PS de António Costa ganha sem maioria absoluta. Neste cenário, 76% dos
eleitores do Bloco de Esquerda querem um Governo de coligação, opção também
defendida por 53 do eleitorado da CDU e 52% dos eleitores socialistas.
A
coligação é, também, a aposta à direita, com 37% das preferências,
face a 21% dos eleitores que defendem um Governo socialista a solo e 20% a
vigência de um acordo parlamentar idêntico ao dos últimos quatro anos.
A sondagem para o JN e
a TSF revela quem é o parceiro preferido. O
BE de Catarina Martins está no topo das preferências para 43% dos
inquiridos, seguida da CDU (26%). Já a reedição do Bloco Central, coligação dos
socialistas à direita com o PSD, apenas seduz 17%, enquanto idêntica solução,
com o CDS, é admitida para 8%. Igual adesão suscitaria uma coligação com o PAN,
que depois das eleições europeias de 26 de Maio tem aparecido como hipótese.
É entre os eleitores socialistas
que a coligação com os bloquistas tem mais expressão, 62%. Menos de metade dos
votantes do PS (38%) admitem uma coligação com a CDU, 12% consideram tal opção
com o PSD e o PAN
é hipótese de sócio para 9%.
A atracção PS-Bloco é admitida
não só pelo eleitorado bloquista (65%), mas como encarada por 69% dos eleitores
da CDU. E apenas 23% dos eleitores do BE admitem que seja a CDU a opção de
coligação dos socialistas.
Na análise do desempenho do
Presidente da República e do Governo, Marcelo
Rebelo de Sousa bate recordes positivos: 92% avaliam positivamente a
sua acção, sendo que nesta média é superior a adesão da esquerda, 95%, de que
os adeptos da sua família política, o PSD, com 86%.
Marcelo suscita confiança para
60% dos eleitores, com uma curiosa particularidade: mesmo entre 38% do
eleitorado socialista, superando a confiança que 16% dos votantes do PS
conferem a António
Costa. O primeiro-ministro atinge uma média de 28% de confiança.
Embora rendidos ao Presidente,
65% dos eleitores consideram que deve ser mais exigente com o Governo, sendo
mais expressiva a pressão do eleitorado da direita, 78%, que defende maior
pressão sobre o executivo.
Metade dos inquiridos, 51%,
aprovam o desempenho do Governo contra 38%, com a nota positiva a ser mais alta
entre os eleitores de mais idade, 41%, com os mais novos, 33%, a manifestarem
mais críticas.
Em contrapartida à nota positiva
à acção do executivo, a oposição continua a merecer fortes críticas. Na
sondagem da Pitagórica, 56% dos eleitores portugueses dão-lhe nota negativa e,
apenas 8% a apoiam.
Esta avaliação é particularmente
relevante entre o eleitorado mais à direita, do PSD e do CDS, e é no grande
Porto que surge a mais elevada percentagem de críticas, 63%, embora Rui
Rio, o líder da oposição para 38% dos inquiridos, seja natural e tenha
desenvolvida a sua carreira política naquela cidade. Neste ranking, só 17%
consideram Assunção Cristas como líder da oposição.
Marcelo suscita confiança para
60% dos eleitores, com uma curiosa particularidade: mesmo entre 38% do
eleitorado socialista, superando a confiança que 16% dos votantes do PS
conferem a António
Costa. O primeiro-ministro atinge uma média de 28% de confiança.
Embora rendidos ao Presidente,
65% dos eleitores consideram que deve ser mais exigente com o Governo, sendo
mais expressiva a pressão do eleitorado da direita, 78%, que defende maior
pressão sobre o executivo.
Metade dos inquiridos, 51%,
aprovam o desempenho do Governo contra 38%, com a nota positiva a ser mais alta
entre os eleitores de mais idade, 41%, com os mais novos, 33%, a manifestarem
mais críticas.
Público
Na foto: António Costa e Catarina
Martins no último debate sobre o estado da nação / Nuno Ferreira Santos
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