Com mais frequência recorremos ao
Expresso Curto aqui pelo PG. Durante largos meses, em tempos idos, fizemo-lo
quase quotidianamente, e daí não veio mal ao mundo. A verdade é que quase
podemos considerar esta “janela” do Expresso como algo de utilidade pública,
porque aborda temas que são notícia ou foram e que tantas vezes nos passou ao
lado apesar do interesse que continham.
Sabemos que o veículo informativo
é do tio Balsemão e que ele é quem é, quase um papa destas coisas da informação
e da desinformação, um ricaço nascido em berço de ouro, com muitos tiques
gravosos de direita política e de política de direita, Bilderberg é um dos seus
ninhos de grupo “misterioso” que parece também mandar no mundo e ser responsável
moral (ao menos) por fossas mal cheirosas fundadas em tantas partes do mundo… Mas, pronto,
é bom homem, assim como existiam "bons pides" e outros bons no dizer de tantos.
Aqui nem o avaliamos porque os bons às vezes também são maus e os maus às vezes
também são bons. Deixemos o veteraníssimo senhor em paz, já tem idade para
isso, e merece o nosso aconchego.
Da loja do Curto salientamos a “pancada”
de abertura de João Silvestre, jornalista lá do burgo Impresa, de que Francisco
Pedro Presas Pinto de Balsemao é CEO e quase o papa. Recessão é a “pancada”
de hoje do referido jornalista João Silvestre. Provavelmente teve aquele tipo de
pesadelo a noite passada. Mas ele explica, bem. Vão ler, a seguir.
O vira o disco e toca o mesmo dos
das Matérias Perigosas e ANTRAM não se entendem. Vem aí mais greve, parece que
só lá para Setembro (quando são as eleições legislativas?). Para variar talvez
o governo de Costa possa encontrar um “furo” nas leis que permita a requisição civil
dos da ANTRAM e lhes transmitam que “ou abrem os cordões à bolsa e pagam o minimamente
justo aos motoristas ou ficam o resto da vida requisitados”. Devia ser assim desta
vez, para ser justo. Antes foram os motoristas requisitados, agora eram os patrões da
ANTRAM com “sopa, gravatas e tudo” (Raul Solnado). Quer dizer: com veículos e o
que mais for necessário para normalizar a situação.
Pois… Mas vozes de burro não
chegam ao céu, sabemos. E os governos apesar de não serem só da ANTRAM são de vários
PDT – Patrões Disto Tudo – e quem mais ordena são eles, ao contrário do que o
Zeca cantava e canta lá no “paraíso” onde merece estar. Em suma: os patrões são
quem mais ordena, fujam ou não ao fisco, cometam ou não ilegalidades, sejam ou
não macambúzios adeptos do esclavagismo, cometam ou não as ilegalidades e
imoralidades que tantas vezes vêm ao conhecimento público… Aqueles patrões
grandes, comparsas de outros patrões grandes são mesmo os PDTs de Portugal. Por
conseguinte, do governo. Deste, dos anteriores, dos que hão-de vir. E as
fortunas conseguidas legítima e ilegitimamente crescem enquanto os escravos
levam umas migalhas pelo seu trabalho de sustentação dos ditos patrões,
familiares, amigos, comparsas e etc. E dizem eles, os PDTs, que não têm lucros,
que as empresas ficam em risco se pagarem decentemente aos empregados… Pois.
Sem mais delongas, até porque há
quem esteja com pressa de passar para o Curto, vamos deixar-vos em paz. Que,
aliás, é o estado normal dos entorpecidos portugueses com essa fé dos tais
brandos costumes.
Bom dia. Siga para as laudas do
jornalista Silvestre, que nada tem que ver com o gato do mesmo nome de autoria
do Walt Disney. Siga, o caminho é curto e tem interesse para se atualizar e
pensar melhor. Convém.
Bom dia este é o seu Expresso
Curto
Quem tem medo da crise?
João Silvestre | Expresso
Bom dia,
Recessão. Recessão. Recessão. Uma palavra repetida quase até à exaustão nas últimas semanas perante o comportamento dos mercados financeiros e os últimos dados do crescimento económico. O PIB da Alemanha, o motor da zona euro, tropeçou no segundo trimestre e pode voltar a fazê-lo nos três meses de verão. O que, a confirmar-se, coloca a maior economia europeia em recessão técnica. Mas não está sozinha. Na última edição do Expresso, o Jorge Nascimento Rodriguesdava conta dos oito países em risco de recessão e não são exclusivamente europeus. Pelo contrário. Na lista vermelha, além da Alemanha, estão também Itália, Reino Unido, Brasil, Argentina, Hong-Kong, México e Singapura. E faltam aqui os EUA onde, embora se viva o mais longo período de crescimento e o desemprego esteja no valor mais baixo em meio século, há cada vez mais analistas preocupados. E até Trump, para quem tudo isto são “fake news”, admitiu ontem avançar com estímulos orçamentais.
Os números não enganam e mostram bem o estranho mundo dos juros negativos em que atualmente vivemos. Neste momento (às 8 horas da manhã, pouco antes do envio deste Curto), Portugal paga taxas negativas até ao prazo de oito anos, tem uma taxa de 0,139% na dívida a 10 anos e ao seu lado, na Europa, países como a Grécia que ainda ‘ontem’ saíram de um penoso resgate estão agora a pagar taxas de 1,994% para empréstimos a uma década de duração. A Alemanha prepara-se para fazer uma emissão de obrigações de cupão zero (sem juros) a 30 anos.
Só que, embora as taxas de juro estejam em valores nunca vistos, a economia da zona euro não tem recuperado e a inflação na zona euro continua longe da meta de 2% fixada pelo BCE. É por isso que muitos tem insistido na necessidade de usar a política orçamental. “The World has a Germany problem”, escrevia ontem Paul Krugman, na sua habitual coluna no New York Times, onde insistia na necessidade de a Alemanha gastar mais, para estimular a procura na zona euro e acelerar o crescimento. Uma tese que tem cada vez mais adeptos.
A verdade é que o ministro das Finanças alemão já admitiu esta semana avançar com um estímulo na ordem dos 50 mil milhões de euros. Qualquer coisa como 1,5% do PIB alemão e de valor equivalente à dose usada em 2009 para combater a Grande Recessão. Pode até estar em causa o abandono, pelo menos temporário, da regra do equilíbrio orçamental. A Reuters preparou um calendário sobre como tudo se vai processar e que é da maior importância para o futuro próximo da economia europeia.
O Bundesbank, o banco central alemão, avisava que o PIB alemão poderá ter continuado a perder gás durante o verão – o que a confirmar-se pode ser a declaração oficial da recessão técnica na maior economia europeia depois de um segundo trimestre no vermelho. Um cenário a que Portugal não pode ficar imune ainda que os efeitos não sejam idênticos para todos os setores, como escreviam ontem o Abílio Ferreira e a Cátia Mateus no Expresso Diário. Aguardam-se as cenas dos próximos capítulos.
A começar já na reunião anual da Reserva Federal em Jackson Hole, no estado americano do Wyoming, onde estará concentrada a nata dos banqueiros centrais mundiais. Além da óbvia presença do presidente da Fed, Jerome Powell, que Trump tanto tem pressionado a baixar mais rapidamente as taxas diretoras do dólar, estão asseguradas as participações de Bernard Coeuré e Philip Lane do Banco Central Europeu que poderão dar algumas pistas sobre o que poderá sair da próxima reunião de setembro.
Recessão. Recessão. Recessão. Uma palavra repetida quase até à exaustão nas últimas semanas perante o comportamento dos mercados financeiros e os últimos dados do crescimento económico. O PIB da Alemanha, o motor da zona euro, tropeçou no segundo trimestre e pode voltar a fazê-lo nos três meses de verão. O que, a confirmar-se, coloca a maior economia europeia em recessão técnica. Mas não está sozinha. Na última edição do Expresso, o Jorge Nascimento Rodriguesdava conta dos oito países em risco de recessão e não são exclusivamente europeus. Pelo contrário. Na lista vermelha, além da Alemanha, estão também Itália, Reino Unido, Brasil, Argentina, Hong-Kong, México e Singapura. E faltam aqui os EUA onde, embora se viva o mais longo período de crescimento e o desemprego esteja no valor mais baixo em meio século, há cada vez mais analistas preocupados. E até Trump, para quem tudo isto são “fake news”, admitiu ontem avançar com estímulos orçamentais.
Os números não enganam e mostram bem o estranho mundo dos juros negativos em que atualmente vivemos. Neste momento (às 8 horas da manhã, pouco antes do envio deste Curto), Portugal paga taxas negativas até ao prazo de oito anos, tem uma taxa de 0,139% na dívida a 10 anos e ao seu lado, na Europa, países como a Grécia que ainda ‘ontem’ saíram de um penoso resgate estão agora a pagar taxas de 1,994% para empréstimos a uma década de duração. A Alemanha prepara-se para fazer uma emissão de obrigações de cupão zero (sem juros) a 30 anos.
Só que, embora as taxas de juro estejam em valores nunca vistos, a economia da zona euro não tem recuperado e a inflação na zona euro continua longe da meta de 2% fixada pelo BCE. É por isso que muitos tem insistido na necessidade de usar a política orçamental. “The World has a Germany problem”, escrevia ontem Paul Krugman, na sua habitual coluna no New York Times, onde insistia na necessidade de a Alemanha gastar mais, para estimular a procura na zona euro e acelerar o crescimento. Uma tese que tem cada vez mais adeptos.
A verdade é que o ministro das Finanças alemão já admitiu esta semana avançar com um estímulo na ordem dos 50 mil milhões de euros. Qualquer coisa como 1,5% do PIB alemão e de valor equivalente à dose usada em 2009 para combater a Grande Recessão. Pode até estar em causa o abandono, pelo menos temporário, da regra do equilíbrio orçamental. A Reuters preparou um calendário sobre como tudo se vai processar e que é da maior importância para o futuro próximo da economia europeia.
O Bundesbank, o banco central alemão, avisava que o PIB alemão poderá ter continuado a perder gás durante o verão – o que a confirmar-se pode ser a declaração oficial da recessão técnica na maior economia europeia depois de um segundo trimestre no vermelho. Um cenário a que Portugal não pode ficar imune ainda que os efeitos não sejam idênticos para todos os setores, como escreviam ontem o Abílio Ferreira e a Cátia Mateus no Expresso Diário. Aguardam-se as cenas dos próximos capítulos.
A começar já na reunião anual da Reserva Federal em Jackson Hole, no estado americano do Wyoming, onde estará concentrada a nata dos banqueiros centrais mundiais. Além da óbvia presença do presidente da Fed, Jerome Powell, que Trump tanto tem pressionado a baixar mais rapidamente as taxas diretoras do dólar, estão asseguradas as participações de Bernard Coeuré e Philip Lane do Banco Central Europeu que poderão dar algumas pistas sobre o que poderá sair da próxima reunião de setembro.
OUTRAS NOTÍCIAS
Cá dentro
As negociações entre o sindicato dos motoristas de matérias perigosas e a ANTRAM não tiveram sucesso. O sindicato prometeu anunciar hoje “novas formas de luta”, nomeadamente greve às horas extraordinárias.
As aulas vão começar sem estarem em funções os 1067 funcionários prometidos pelo governo em fevereiro. Segundo a edição de hoje do Jornal de Notícias, há concursos em andamento mas o processo está atrasado e não haverá colocações antes de outubro.
Os chocolates e leites achocolatados vão deixar de poder ser publicitados a crianças junto a escolas e parques infantis, cinema ou programas de televisão, escreve o Público.
Na bolsa portuguesa, segundo avança o Jornal de Negócios, a Nos “já manda mais do que a Galp no PSI-20” e é a terceira empresa com maior peso no índice português depois de BCP e Jerónimo Martins.
Depois de promulgada por Marcelo Rebelo de Sousa, a legislação laboral deverá seguir para o Tribunal Constitucional para fiscalização sucessiva a pedido do PCP, Verdes e Bloco de Esquerda. Ao Presidente da República, que é também constitucionalista, o diploma não levantou dúvidas de constitucionalidade embora, para justificar a decisão, tenha citado um acórdão do Tribunal Constitucional de 2008 que não existe, como conta a Rosa Pedroso Lima no Expresso Diário. Uma gralha num algarismo que foi, entretanto, corrigida.
É a segunda vez na legislatura, depois da legislação dos metadados, que os partidos à esquerda do PS se unem para pedir a fiscalização de constitucionalidade de um diploma.
Uma das alterações da nova legislação laboral é a redução do período dos contratos a prazo de três para dois anos que, garante Vieira da Silva, vai ser também aplicado ao Estadoainda que a lei não o preveja.
Cinco polícias estão sob suspeita na morte de um portuguêsem julho do ano passado no Reino Unido.
A petição contra o Museu Salazar, uma intenção noticiada pelo Expresso no final de Julho, já tem quase 10 mil assinaturas. Mesmo assim, ainda não chega às 16 mil registadas em 2007 quando a hipótese de fazer um museu surgiu pela primeira vez.
Cristiano Ronaldo disse, em entrevista à TVI, que 2018 foi o pior ano da sua vida em termos pessoais. Foi o ano em que teve que pagar 18,8 milhões de euros ao Fisco espanhol e foi também o ano em que o caso Mayorga renasceu depois de uma investigação da revista alemã Der Spiegel.
Lá fora
Fernando Haddad, candidato do PT derrotado por Bolsonaro nas últimas presidenciais brasileiras, foi condenado a quatro anos e meio de prisão em regime semi-aberto por crimes eleitorais relacionados com o financiamento da sua campanha autárquica em São Paulo.
Um autocarro foi ontem sequestrado no Rio de Janeiro, na movimentada ponte de Niterói, com mais de 30 reféns a bordo. O sequestrador foi neutralizado pelo BOPE – o batalhão de operações especiais – ao fim de mais de três horas de impasse. Para saber tudo o que se passou, leia a reportagem do Expresso no Rio de Janeiro.
A tentativa de Donald Trump evitar que as construtoras de carros adiram aos limites de emissões da Califórnia parece cada vez mais votada ao insucesso. Ontem, escrevia o New York Times, quatro novas marcas aderiram apesar da pressão da Casa Branca: Toyota, Fiat Chrisler e General Motors já lá estão e a Mercedes prepara-se para ir pelo mesmo caminho. E a ideia de comprar a Gronelândia é uma loucura de Trump ou pode contribuir para a paz mundial?
O Primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, demitiu-se e atirou as culpas para Matteo Salvini. E, como seria de esperar, os mercados reagiram: a bolsa de Milão caiu 1,11% e arrastou consigo várias praças europeias (Portugal incluído), enquanto os juros da dívida italiana subiram – veja aqui a evolução das taxas a 10 anos. Os investidores estão preocupados com a situação política e com o facto de Salvini querer lançar um pacote de estímulos orçamentais no país que tem a segunda maior dívida do euro.
Também em Itália, o drama do navio espanhol Open Armsparece estar a chegar ao fim. Depois de o governo espanhol se ter disponibilizado a enviar um navio da marinha para transportar os migrantes para Espanha, o ministério público da Sicília decretou o arresto do Open Arms o que permitiu que finalmente desembarcasse em Lampedusa.
Na novela do Brexit, houve ontem novo desenvolvimento. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, recusa ideia de Boris Johnson de acabar com o mecanismo de backstop para a Irlanda do Norte.
Na Argentina, os sinais de crise agravam-se e aguarda-se a qualquer momento a chegada da equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI)
FRASES
“Se não tivesse abatido esse criminoso, muitas vidas não seriam poupadas. Isto é o que acontece nas comunidades: se a polícia puder abater quem estiver de fuzil, muitas vidas serão poupadas”, Wilson Witzel,Governador do Estado do Rio de Janeiro sobre o sequestrador abatido pela polícia
“Só europeus brancos, como costumava ser há apenas 30 anos em toda a Europa”, Elizabeta Madjarevic, Diplomata da Croácia na embaixada de Berlim (entretanto afastada) num post do Facebook sobre uma praia no Adriático
O QUE ANDO A LER
O “Fundamentalista Relutante”, do paquistanês Mohsin Hamid, foi publicado em 2007, seis anos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA. Conta a história de Changez Khan, um paquistanês nascido em Lahore que emigrou para os EUA para estudar na universidade de Princeton, que ingressou no mundo da alta finança e que, depois dos ataques, começou gradualmente a questionar a sua identidade. E como lentamente se afastou do ‘sonho americano’ para se tornar um forte crítico – e talvez mais? – da política e da sociedade americana.
Mais do que um livro sobre política ou sobre terrorismo,que estão sempre em pano de fundo, a obra de Hamid que foi finalista do Man Booker Prize é uma viagem de alguém em busca da identidade numa sociedade que não é a sua e onde, apesar de estar entre a elite com festas nos Hamptons e em galerias de arte da moda em Manhattan, nunca deixou de se sentir um outsider.
Este Expresso Curto fica por aqui. Continue connosco a toda a hora no Expresso online e confira os principais temas do dia no Expresso Diário. Tenha uma grande quarta-feira. Se estiver de férias, aproveite.
Cá dentro
As negociações entre o sindicato dos motoristas de matérias perigosas e a ANTRAM não tiveram sucesso. O sindicato prometeu anunciar hoje “novas formas de luta”, nomeadamente greve às horas extraordinárias.
As aulas vão começar sem estarem em funções os 1067 funcionários prometidos pelo governo em fevereiro. Segundo a edição de hoje do Jornal de Notícias, há concursos em andamento mas o processo está atrasado e não haverá colocações antes de outubro.
Os chocolates e leites achocolatados vão deixar de poder ser publicitados a crianças junto a escolas e parques infantis, cinema ou programas de televisão, escreve o Público.
Na bolsa portuguesa, segundo avança o Jornal de Negócios, a Nos “já manda mais do que a Galp no PSI-20” e é a terceira empresa com maior peso no índice português depois de BCP e Jerónimo Martins.
Depois de promulgada por Marcelo Rebelo de Sousa, a legislação laboral deverá seguir para o Tribunal Constitucional para fiscalização sucessiva a pedido do PCP, Verdes e Bloco de Esquerda. Ao Presidente da República, que é também constitucionalista, o diploma não levantou dúvidas de constitucionalidade embora, para justificar a decisão, tenha citado um acórdão do Tribunal Constitucional de 2008 que não existe, como conta a Rosa Pedroso Lima no Expresso Diário. Uma gralha num algarismo que foi, entretanto, corrigida.
É a segunda vez na legislatura, depois da legislação dos metadados, que os partidos à esquerda do PS se unem para pedir a fiscalização de constitucionalidade de um diploma.
Uma das alterações da nova legislação laboral é a redução do período dos contratos a prazo de três para dois anos que, garante Vieira da Silva, vai ser também aplicado ao Estadoainda que a lei não o preveja.
Cinco polícias estão sob suspeita na morte de um portuguêsem julho do ano passado no Reino Unido.
A petição contra o Museu Salazar, uma intenção noticiada pelo Expresso no final de Julho, já tem quase 10 mil assinaturas. Mesmo assim, ainda não chega às 16 mil registadas em 2007 quando a hipótese de fazer um museu surgiu pela primeira vez.
Cristiano Ronaldo disse, em entrevista à TVI, que 2018 foi o pior ano da sua vida em termos pessoais. Foi o ano em que teve que pagar 18,8 milhões de euros ao Fisco espanhol e foi também o ano em que o caso Mayorga renasceu depois de uma investigação da revista alemã Der Spiegel.
Lá fora
Fernando Haddad, candidato do PT derrotado por Bolsonaro nas últimas presidenciais brasileiras, foi condenado a quatro anos e meio de prisão em regime semi-aberto por crimes eleitorais relacionados com o financiamento da sua campanha autárquica em São Paulo.
Um autocarro foi ontem sequestrado no Rio de Janeiro, na movimentada ponte de Niterói, com mais de 30 reféns a bordo. O sequestrador foi neutralizado pelo BOPE – o batalhão de operações especiais – ao fim de mais de três horas de impasse. Para saber tudo o que se passou, leia a reportagem do Expresso no Rio de Janeiro.
A tentativa de Donald Trump evitar que as construtoras de carros adiram aos limites de emissões da Califórnia parece cada vez mais votada ao insucesso. Ontem, escrevia o New York Times, quatro novas marcas aderiram apesar da pressão da Casa Branca: Toyota, Fiat Chrisler e General Motors já lá estão e a Mercedes prepara-se para ir pelo mesmo caminho. E a ideia de comprar a Gronelândia é uma loucura de Trump ou pode contribuir para a paz mundial?
O Primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, demitiu-se e atirou as culpas para Matteo Salvini. E, como seria de esperar, os mercados reagiram: a bolsa de Milão caiu 1,11% e arrastou consigo várias praças europeias (Portugal incluído), enquanto os juros da dívida italiana subiram – veja aqui a evolução das taxas a 10 anos. Os investidores estão preocupados com a situação política e com o facto de Salvini querer lançar um pacote de estímulos orçamentais no país que tem a segunda maior dívida do euro.
Também em Itália, o drama do navio espanhol Open Armsparece estar a chegar ao fim. Depois de o governo espanhol se ter disponibilizado a enviar um navio da marinha para transportar os migrantes para Espanha, o ministério público da Sicília decretou o arresto do Open Arms o que permitiu que finalmente desembarcasse em Lampedusa.
Na novela do Brexit, houve ontem novo desenvolvimento. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, recusa ideia de Boris Johnson de acabar com o mecanismo de backstop para a Irlanda do Norte.
Na Argentina, os sinais de crise agravam-se e aguarda-se a qualquer momento a chegada da equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI)
FRASES
“Se não tivesse abatido esse criminoso, muitas vidas não seriam poupadas. Isto é o que acontece nas comunidades: se a polícia puder abater quem estiver de fuzil, muitas vidas serão poupadas”, Wilson Witzel,Governador do Estado do Rio de Janeiro sobre o sequestrador abatido pela polícia
“Só europeus brancos, como costumava ser há apenas 30 anos em toda a Europa”, Elizabeta Madjarevic, Diplomata da Croácia na embaixada de Berlim (entretanto afastada) num post do Facebook sobre uma praia no Adriático
O QUE ANDO A LER
O “Fundamentalista Relutante”, do paquistanês Mohsin Hamid, foi publicado em 2007, seis anos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA. Conta a história de Changez Khan, um paquistanês nascido em Lahore que emigrou para os EUA para estudar na universidade de Princeton, que ingressou no mundo da alta finança e que, depois dos ataques, começou gradualmente a questionar a sua identidade. E como lentamente se afastou do ‘sonho americano’ para se tornar um forte crítico – e talvez mais? – da política e da sociedade americana.
Mais do que um livro sobre política ou sobre terrorismo,que estão sempre em pano de fundo, a obra de Hamid que foi finalista do Man Booker Prize é uma viagem de alguém em busca da identidade numa sociedade que não é a sua e onde, apesar de estar entre a elite com festas nos Hamptons e em galerias de arte da moda em Manhattan, nunca deixou de se sentir um outsider.
Este Expresso Curto fica por aqui. Continue connosco a toda a hora no Expresso online e confira os principais temas do dia no Expresso Diário. Tenha uma grande quarta-feira. Se estiver de férias, aproveite.
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