sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Portugal | Se um pardalão incomoda muita gente...


Notícias de ontem dão-nos mais algumas achegas sobre o paraquedista Pardal Henriques no novel sindicato dos motoristas de matérias perigosas. É o que encontrará a seguir com a possibilidade de ler completo nas origens indicadas.

É inquestionável que os direitos dos trabalhadores em se organizarem em sindicatos e por todas as formas constitucionais está fora de questão, é um bem. Foi uma conquista de Abril de 1974 que já tardava. A destoar, Pardal Henriques nada tem ou teve que ver com as conquistas de Abril e muito menos com os escravizados motoristas que a oligarquia dos combustíveis mantém sequestrados num esquema consentido pelo sistema capitalista selvagem que nos assola. As várias oligarquias de setores económicos - que são afinal donas disto tudo - também agem do mesmo modo esclavagista com todos do mundo do trabalho, não só com os motoristas das matérias perigosas.

Aquele personagem que surge a formar um sindicato novo com o qual nada tem que ver com a sua profissão (advogado), que é eleito (?) seu vice-presidente, coadjuvado por um presidente meio tatebitate, que aparenta prestar declarações públicas por via de cassetes made in Pardal instrutor, despertou curiosidade e sequencialmente desconfiança. Na atualidade tudo se mantém na mesma. O Pardal dá a cara e quer paralisar o país por falta de combustíveis e tudo o que virá por arrasto. Continua a ser de desconfiar...

Mas Pardal avança, tem um calendário muito próprio... Que é de desconfiar. Pardal salta do sindicato referido para a política partidária, assim consta em notícias. Com quem? Com o populista Marinho e Pinto, advogado que andou nas lides eurodeputado apór ter sido erroneamente eleito por portugueses...

Marinho não é motorista, nem tem por prática laboral as matérias perigosas. Sendo nessas particularidades geminado com Pardal Henriques. Mas Marinho tem um partido político, o PDR. Então e não é que o Pardal consta como provável candidato a deputado a par de Marinho nas listas do PDR?! Pois é, se um pardalão incomoda muita gente, dois pardalões incomodam muito mais...

Um e outro enchem as frases proferidas com as palavras democracia, liberdade, justiça, vergonha, etc. Mas daqueles o que vimos? Bazófias e uso das liberdades para coartar as liberdades de outros de modo abrupto, sem contemplações, para paralisar um país à má-fila, de modo muito mais radical do que fizeram em abril passado por uns dias. Só que agora a paralisação seria sem prazo para terminar, escudados em alegados interesses e luta dos motoristas... com os quais nada tem de comum nem comprovados interesses - para além da promoção e de apanhar aquele "comboio" para descer na estação que lhe proporcionar maiores vantagens e sustentabilidade ao "seu" Maserati e boa-vida de luxo, enquanto os motorista - com mais uns euros ou menos uns euros - continuarão a sobreviver em vidas de lixo, a par de tantos trabalhadores portugueses.

Abreviando: além da "guerra" dos combustíveis podemos pressentir e reunir dados que nos indicam que "aqui há gato" e um pardal atrevido que se não for "comido" pelo gato come-nos e em última instância talvez à democracia que atenta aos trabalhadores, a todos eles, os portugueses que são explorados selvaticamente, escravizados em imensos setores, os que realmente produzem e são a mais-valia deste país luso libertado em 25 de Abril de 1974, cansado de oportunistas e chicos-espertos de canudo ou sem ele, mas principalmente pardalões e parasitas.

Leia nos originais indicados o que mais lhe agradar e passe um fim-de-semana sem paranóias. O governo PS fez o que devia ter feito. Perante ultimatos de força há que resistir com a força adequada. Isso não invalida que se deva deixar andar à solta a oligarquia mafiosa dos combustíveis, aliada ao crime consentido de constituição de cartel.

Mário Motta | Redação PG


Pardal e o presidente tatebitate, do sindicato (em JE)
Ordem dos Advogados investiga Pardal Henriques


Líder dos motoristas de pesados foi sentenciado por insolvência culposa em 2011, tendo ficado inibido de administrar bens alheios durante sete anos.


O Conselho de Deontologia de Lisboa da Ordem dos Advogados abriu uma averiguação preliminar ao advogado que tem dado a cara pela luta dos motoristas de veículos pesados, Pedro Pardal Henriques.

A averiguação surge na sequência de uma queixa por burla, podendo vir ou não a ser transformada em processo disciplinar, consoante os indícios que surjam durante a investigação. Recorde-se que em Abril passado surgiram notícias segundo as quais um empresário francês teria pago ao advogado para que este lhe abrisse uma firma em Portugal, e que este teria ficado com o dinheiro sem lhe prestar o serviço.



Pardal Henriques candidato a deputado pelo partido de Marinho e Pinto

O advogado vice-presidente e porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) será cabeça-de-lista em Lisboa do PDR.

O Partido Democrático Republicano, fundado (em 2014) e liderado pelo advogado Marinho e Pinto, conquistou uma estrela mediática para cabeça-de-lista do partido às eleições legislativas pelo círculo de Lisboa: Pedro Pardal Henriques, o (também) advogado vice-presidente e porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).

Segundo o DN soube, Marinho e Pinto deverá também ser cabeça-de-lista - mas pelo círculo do Porto.

Confrontado pelo DN, Marinho e Pinto recusou desmentir ou confirmar a notícia: "Não lhe posso dizer quem será ou não candidato. As listas ainda não estão definidas", afirmou.

Segundo acrescentou, a Comissão Política Nacional aprovará as listas partindo das propostas que vierem das estruturas distritais do PDR. Depois o Conselho Nacional ratificará. O prazo legal de entrega terminará no dia 26.

Não sendo motorista de veículos pesados, muito menos de transporte de matérias perigosas, o advogado conquistou notoriedade nacional como porta-voz do SNMMP, o sindicato que ameaça bloquear o país com uma greve por tempo indeterminado marcada para se iniciar na próxima segunda-feira, dia 12.

Em 2015, o PDR ganhou a "divisão de honra" das eleições legislativas - ou seja, foi o maior partido dos que não conseguiram eleger deputados. Obteve 61,6 mil votos (1,14%). O PAN conseguiu eleger um deputado com 1,39% (cerca de 75 mil votos).


Fotos: 1 - Imagem retirada de Elegante.pt; 2 - Pardal e muito provável presidente fantoche;  3 - Pardal Henriques é também membro da maçonaria (Grande Oriente Lusitano). © Ilustração DN

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