20 mil soldados norte-americanos
vão participar, em Abril e Maio do próximo ano, nos maiores exercícios miltares
em solo europeu desde a Guerra Fria. A foto é de Stars and Stripes, em AbrilAbril
Os exercícios «Defender
Europe-20» terão lugar em Abril e Maio em dez países europeus, com Alemanha e
Polónia a acolherem a acção principal. Estarão envolvidos 37 mil tropas, 20 mil
dos quais norte-americanos.
O Comando Europeu dos Estados
Unidos (EUCOM) declarou esta segunda-feira que Washington irá enviar 20 mil
soldados para a Europa na próxima Primavera, para participarem nos maiores
exercícios militares dos últimos 25 anos em território europeu, informa o
diário Stars and Stripes.
De acordo com o periódico
centrado em questões das Forças Armadas norte-americanas, as manobras,
lideradas pelos EUA, irão envolver, no total, 37 mil tropas, incluindo 20 mil
provenientes dos Estados Unidos.
Os exercícios irão ainda envolver
14 bases aéreas e portos marítimos em oitos países: Alemanha, Bélgica, Estónia,
Geórgia, Holanda, Letónia, Lituânia e Polónia, indica a mesma fonte.
Os EUA começarão a enviar para a
Europa, em Fevereiro, material militar que será utilizado em Abril e Maio nas
manobras «Defender Europe-20», cujo custo total deve rondar os 340 milhões de
dólares, revelou o EUCOM.
Em declarações ao Star and
Stripes, o general norte-americano Christopher Cavoli afirmou que «levar a cabo
o treino duro e difícil em conjunto com os aliados» dos EUA na Europa «é
necessário para lutar de forma eficaz» e «dissuadir potenciais ameaças», sendo
que a principal, seguindo a linha oficial da NATO e dos EUA, é a «ameaça
russa».
Algo que o periódico deixa bem
claro ao afirmar que, «se as preocupações militares americanas mudaram para
guerras no Médio Oriente nas últimas duas décadas» – sem referir que tais
guerras foram em grande medida alimentadas, promovidas, criadas pelos EUA –, «a
intervenção de 2014 da Rússia na Ucrânia [sic] forçou o Pentágono a repensar a
defesa na Europa e como colocar tropas americanas do outro lado do oceano numa
crise». Ou seja, nem um vislumbre de «intervenção» de UE/EUA no golpe fascista
de Maidan. A culpa é da Rússia.
O direito à autodeterminação do
povo da Crimeia e Sebastopol, que decidiu esmagadoramente reintegrar-se na
Federação Russa, é o «mal». Quanto ao fascismo de Maidan, tudo bem. Ucrânia,
Polónia, Lituânia, Letónia e Estónia – e os seus fascistas «anti-soviéticos» –
estão no eixo certo. Portanto, mais tropas da NATO, mais exercícios militares,
mais reforço no flanco Leste.
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