O Curto de hoje traz cataclismos causados pela soberba de alguns humanos, mais precisamente dos que governam ao serviço dos adulantes do vil-metal, dos lucros exacerbados, da corrupção e dos paraísos fiscais, da escravidão a que submetem povos e deterioram o meio ambiente à caça de combustíveis fósseis e de guerras inauditas.
Mais palavras nesta abertura são prescindíveis da nossa parte. Cristina Peres traz a seguir o que deve voltar a recordar e que pela sua parte, consumista que é - como quase todos nós, humanos - medite e corrija hábitos. Comece por ler com atenção a publicidade e repare como o enganam. Todos somos uns grandes totós ao embarcar nas loas publicitárias que nos convidam ao consumismo de inutilidades, poluindo, destruindo o planeta que é a casa da humanidade e todos as espécies que habitam neste planeta. Planeta que está a morrer... por culpa nossa.
Bom dia. Leia e releia sobre o tema. Não dói nada. A não ser que seja elemento de grande responsabilidade na morte deste planeta, da natureza, na fauna, na flora, nos mares. Nos recursos naturais e imprescindíveis para a vida de todos nós.
Este é um Curto quase sem considerações. A palavra à autora, que nesta manhã até parece que nos quer acordar com uma marretada repleta de verdades e de apelos.
Outra vez, bom dia, se conseguir.
PG
Bom dia este é o seu Expresso
Curto
SOS. Agora é mesmo para levar a
sério!
Cristina Peres | Exoresso
O planeta enfrenta “clara e
inequivocamente” uma crise climática. São biólogos, ecologistas e muitos outros
dos mais de 11 mil cientistas que assinam um novo estudo sobre o estado
clima nem são especialistas em clima, porém contribuem todos para lançar o
alarme num relatório
que foi publicado ontem na BioScience. Lá se diz que a maioria dos
planos existentes para combater a subida da temperatura na Terra não valem nada e
que a situação é alarmante: “Este documento estabelece um registo claro do
consenso alargado entre os cientistas ativos neste momento da história de que a
crise climática é real, e é maior, chegando a ser uma ameaça às sociedades
humanas, ao bem-estar humano e à biodiversidade”, como diz Jesse Bellemare,
professor associado de biologia no Smith College, signatária da declaração de
emergência deste estudo, citado pelo “Washington Post”.
À diferença de relatórios semelhantes produzidos anteriormente, este não deixa os factos no plano das possibilidades, mas das certezas, e prescreve receitas para combater os efeitos esperados. O estudo tem por título “Alerta dos cientistas mundiais para uma emergência climática” e é a primeira vez que um grupo de cientistas se chegou formalmente à frente para classificar as alterações climáticas como “emergência” que o trabalho diz ser causada por um conjunto de tendências humanas as quais, todas juntas, contribuem para aumentar a emissão de gases com efeito de estufa.
“Apesar de 40 anos de negociações sobre clima global, com poucas exceções, continuámos a comportar-nos na mesma e falhámos o combate a esta condição”, lê-se no estudo, que baseia as suas conclusões em indicadores fáceis de entender que mostram a influência humana no clima, tal como 40 anos de emissão de gases com efeito de estufa, tendências económicas, taxas de crescimento da população, produção de carne per capita, perda global de cobertura de árvores, assim como as consequências: tendências globais da temperatura e aquecimento dos oceanos.
As medidas políticas nas áreas sociais e energéticas a aplicar estão incluídas no estudo e, surpresa!, são todas conhecidas.
No final de 1992, um grupo de 1700 cientistas lançou um segundo Aviso à Humanidade anunciando que os humanos tinham já forçado o ecossistema ao seu limite. Desde então as coisas só pioraram.
À diferença de relatórios semelhantes produzidos anteriormente, este não deixa os factos no plano das possibilidades, mas das certezas, e prescreve receitas para combater os efeitos esperados. O estudo tem por título “Alerta dos cientistas mundiais para uma emergência climática” e é a primeira vez que um grupo de cientistas se chegou formalmente à frente para classificar as alterações climáticas como “emergência” que o trabalho diz ser causada por um conjunto de tendências humanas as quais, todas juntas, contribuem para aumentar a emissão de gases com efeito de estufa.
“Apesar de 40 anos de negociações sobre clima global, com poucas exceções, continuámos a comportar-nos na mesma e falhámos o combate a esta condição”, lê-se no estudo, que baseia as suas conclusões em indicadores fáceis de entender que mostram a influência humana no clima, tal como 40 anos de emissão de gases com efeito de estufa, tendências económicas, taxas de crescimento da população, produção de carne per capita, perda global de cobertura de árvores, assim como as consequências: tendências globais da temperatura e aquecimento dos oceanos.
As medidas políticas nas áreas sociais e energéticas a aplicar estão incluídas no estudo e, surpresa!, são todas conhecidas.
No final de 1992, um grupo de 1700 cientistas lançou um segundo Aviso à Humanidade anunciando que os humanos tinham já forçado o ecossistema ao seu limite. Desde então as coisas só pioraram.
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Entretanto, os democratas reclama vitória em dois estados importantes, Virginia e Kentucky. A Virginia foi conquistada pela primeira vez em 20 anos. Golpe para Trump.
Ainda não se conhecem os responsáveis pelo ataque na Tailândia que matou mais de uma dúzia de pessoas num posto de controlo da província de maioria muçulmana de Yala.
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Foi encontrado um recém-nascido num caixote do lixo em Lisboa.
Começou mal e acabou mal: Benfica foi derrotado em Lyon.
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Angola está quase a comemorar 44 anos de independência (11 de novembro) e já há novidades sobre os atos solenes que vão acontecer pelo país.
Desde setembro que as autoridades da Nigéria já libertaram 1500 pessoas de instituições abusivas que se fazem passar por escolas ou centros de reabilitação islâmicos. A operação desta terça-feira na cidade de Ibadan, na zona sudoeste do maior país da África Ocidental, libertou 259 homens e rapazes com visíveis carências alimentares.
FRASES
“Podemos fazer com o dinheiro o que a Net fez com a informação”, Kevin Portland, responsável pela carteira digital do Facebook a propósito da criptomoeda libra
“Os compromissos são demasiado poucos, demasiado tarde”, Robert Watson, ex-diretor do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas das Nações Unidas
“A pior coisa que pode acontecer ao nosso planeta é as pessoas pensarem que já é tarde demais para colocar a civilização num caminho melhor”, Phoebe Barnard, investigadora citada Público
“Há ali um problema de comunicação, mas acaba por se diferenciar. Toda a gente está a falar desta deputada”, Vasco Ribeiro, investigador na Faculdade de Letras do Porto a propósito de Joacine Katar Moreira, ao jornal i
O QUE ANDO A LER, VER E OUVIR
Praticamente nada que não tenha a ver com a Alemanha, já que esta é a semana de contagem decrescente para o dia em que passam 30 anos sobre a queda do Muro de Berlim, que aconteceu a 9 de novembro de 1989. Esta foi a “outra” revolução sem violência nem mortes, tal como o 25 de abril de 1974 em Portugal, um game changer político para o futuro do mundo. Recomendo por isso este quarto podcast da secção de Internacional do Expresso, O Mundo a Seus Pés, no qual participo depois de ter ido a Berlim em reportagem para o Expresso. A alternativa em alemão sobre o tema é o podcast do Spiegel Online Stimmenfang. O episódio sobre Ocidente-Leste pergunta até que ponto são realmente unidos os alemães de Leste e de Ocidente?
De lá trouxe uma preciosa edição que foi lançada no dia da unidade alemã de 2018 chamado “Einheit - Geschichten zwischen Mauerfall und Vereinigung” (Unidade - Histórias entre a Queda do Muro e a Reunificação), ideal para avaliar a incrível rapidez dos acontecimentos naqueles nove meses decorridos até à união social e monetária em julho de 1990.
A quem esteja para ir a Berlim recomendo que passe pelo Memorial do Muro da Bernauer Strasse com tempo suficiente para assistir aos vídeos com testemunhos recolhidos na ocasião do 25º aniversário, que lá estão para consulta e que constituem um património indispensável sobre pessoas. Fica aqui a lista dos lugares e programa das festas para o jubileu da queda do Muro.
Berlim trata bem a memória, mesmo que de forma subtil. É uma cidade que não apaga as costuras que lhe dão o ar de recomeço a que a História a tem obrigado. No género top of the pops engraçadinho há o Museu da DDR (RDA), uma modernice interativa em Berlim sobre a vida na Alemanha de Leste. Existe também a alternativa local, em Dresden, mais parecida com a antiga Rua dos Fanqueiros, em Lisboa, da era pré-gentrificação. No género sério recomendo A Topografia do Terror provavelmente um dos mais bem conseguidos “monumentos” que pensa a memória da cidade e do povo na sua expressão mais pesada (e porque a história é pesada). Há outros interessantes, como o Memorial do Holocausto, inaugurado em 2005, que gerou controvérsia suficiente para gerações inteiras de teóricos, e que vale a pena visitar. Em caso de quebra de energia, um salto ao Einstein Kaffee de Unter den Linden faz um lifting imediato ao ânimo.
Por hoje é tudo, espero que passe uma belíssima quarta-feira na nossa companhia, que encontra, totalmente dedicada a si, em www.expresso.pt. Bis zum nächsten mal.
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