sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Angola | Lei difusa


Luciano Rocha | Jornal de Angola | opinião

O investimento, designadamente o estrangeiro, é algo que o país precisa, tanto como de pão para boca, de forma a podermos pensar seriamente em reduzir importações e vivermos, cada vez mais, da produção interna.

A verdade é que investimento requer observância de uma série de princípios para se sentir atraído em vez de repelido. Não basta oferecer juros apetecíveis, facilidades de instalação de empresas e outras benesses, se continuarmos sem poder assegurar, entre outros, os princípios elementares de saúde e a nossa capital, postal de apresentação de qualquer país, continuar a ser fonte pública de doenças. 

A falta de recolha de lixos domésticos é, como todos deviam saber, foco de várias doenças que matam, além do aspecto nojento que dá da cidade ao forasteiro, sejam empresários ou trabalhadores, particularmente os especializados. A lixeira gigante em que Luanda se transformou é a pior maneira de os cativar, levar a ficar por cá e a melhor fazerem de Angola local de estada curta, meterem uns cobres ao bolso e zarparem sem vontade de voltar.

A lixeira gigante em que Luanda se transformou tem culpados, entre eles muitos dos que a habitam, como automobilistas que estacionam as viaturas em frente a contentores de lixo, impedindo-os de serem esvaziados. Mas, essa é apenas uma causa, que obriga à pergunta: por onde andam polícias, fiscais do Governo Provincial e administrações municipais?

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