O presidente da Comissão Nacional
de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau admite "intentar uma ação judicial"
contra o Presidente cessante por insinuar "falsidades e calúnias".
José Mário Vaz está fora da corrida presidencial.
"As insinuações, falsidades
e calúnias, proferidas nas declarações do candidato José Mário Vaz são apenas
manobras de diversão, contudo, a CNE pondera intentar uma ação judicial, com
vista a salvaguardar o seu bom nome e dos seus membros", referiu na
sexta-feira (30.11) em comunicado divulgado à imprensa, José Pedro Sambú,
presidente da CNE.
O Presidente cessante da
Guiné-Bissau e candidato às eleições presidenciais realizados no domingo
passado (24.11), José Mário Vaz, disse na quinta-feira (28.11) que aceita os resultados,
mas salientou que a CNE sabe "perfeitamente" quem deveria estar na
segunda volta.
José Mário Vaz não passou à
segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, tendo
obtido 12,41% dos votos.
"O candidato José Mário Vaz,
bem sabe que os atos administrativos praticados pela CNE na decorrência do
processo eleitoral podem ser impugnados por via judicial, à luz do contencioso
eleitoral e nos termos permitidos por lei", salienta José Pedro Sambú.
No comunicado, o presidente da
CNE exorta os "guineenses a manterem-se coesos e unidos em torno dos
pilares da democracia pluralista, banindo do seu seio pessoas mesquinhas, que
de forma inconfessa, querem perturbar e aniquilar as conquistas irreversíveis
da democracia no pleno do século XXI e no contexto das sociedades
modernas".
Segunda volta em plena quadra
festiva
A segunda volta das
presidenciais, marcadas para 29 de dezembro, vai
ser disputada entre Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló.
Domingos Simões Pereira, apoiado
pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foi o
candidato que obteve maior percentagem de votos, 40,13%, não conseguindo mais
de metade para vencer à primeira volta.
Umaro Sissoco Embaló, apoiado
pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), foi o segundo mais
votado e obteve 27,65% dos votos.
Deutsche Welle | Agência Lusa, nn
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