A Guiné Equatorial apresentou no
início da semana uma proposta de resolução aos seus pares do Conselho de
Segurança da ONU para reforçarem a luta contra os mercenários no centro de
África, sem, no entanto, identificar países.
O texto, a que a agência AFP teve
hoje acesso, "apela a todos os Estados-membros das Nações Unidas que adotem legislação
que proíba os seus nacionais de contribuírem para o recrutamento, o
financiamento, formação e transferência de mercenários ou combatentes".
É ainda pedido que não participem
"no planeamento de atividades que desestabilizem a
situação de um Estado ou comprometam a integridade territorial e a unidade
política dos Estados soberanos e independentes".
A divulgação deste texto
surpreendeu várias missões diplomáticas, numa altura em que a Guiné Equatorial
deixa o Conselho de Segurança da ONU em 31 de dezembro, no final
de dois anos de presença como membro não permanente.
"Não é certo que esta ideia
produza resultados", comentou um diplomata que exigiu o anonimato.
A resolução escrita pela Guiné
Equatorial sublinha a preocupação da ONU com "o perigo" que
as atividades mercenárias representam para a paz e a segurança
internacionais, particularmente para os pequenos países em desenvolvimento,
como os Estados da África Central".
O documento "exorta todos os
Estados da África Central a tomarem as medidas necessárias, a
cooperarem entre si e a exercerem a máxima vigilância face à ameaça que
representam os mercenários".
Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: Lusa
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