Apoios prometidos aos bombeiros estão por pagar há meses
Associação de bombeiros
voluntários diz que o Governo não cumpre a palavra dada. É uma "nódoa para
a classe".
Nem os 30 bombeiros que estiveram
em Moçambique depois do ciclone Idai, nem os bombeiros voluntários a quem foi
prometido apoio financeiro para a educação dos filhos com menos de seis anos
receberam qualquer verba por parte do Governo.
Segundo avança esta quarta-feira o Jornal de Notícias, a Proteção Civil diz que ainda está
à espera de autorização para proceder ao pagamento dos 35 mil euros em ajudas
de custo correspondentes à participação de bombeiros profissionais e
voluntários nas ações de resgate e apoio à população da região da Beira, em
março do ano passado.
Em declarações à TSF, o
presidente da - Associação Portuguêsa dos Bombeiros Voluntários (APBV), Rui
Silva, lamenta o que diz ser o "desrespeito" e a "falta de
consideração" do Governo. "Estamos a falar de mais de meio ano em
falta", lamenta.
Ao JN, a Autoridade Nacional de
Emergência e Proteção Civil (ANEPC) justificou o atraso com o facto de os
operacionais não terem "vínculo permanente de emprego público",
salientando estar a "desenvolver todos os esforços com vista à autorização
de pagamento".
"Nem um cêntimo" para
os filhos dos bombeiros
O Governo também ainda não pagou
o apoio financeiro para a educação dos filhos até aos seis anos dos bombeiros
voluntários, que tinha sido promulgado em maio do ano passado.
O presidente da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta Soares, disse ao jornal Público que o Governo "ainda não disponibilizou
um cêntimo". "Mais uma vez o Governo promete, decreta e, depois, nada
faz para cumprir o que acordou", disse Marta Soares.
A verba destina-se a beneficiar
cerca de cinco mil bombeiros com filhos menores de seis anos e representaria
uma despesa para o Estado de cerca de 2,5 milhões de euros por ano.
TSF | Carolina Rico com Lusa
Imagem: Bombeiros estão há quase
um ano à espera de verbas prometidas -- © Artur Machado/Global
Imagens
Leia em TSF:
Um
ano após o uso terapêutico da canábis ter sido regulamentado, o Observatório
Português para a Canábis Medicinal lamenta que a lei não tenha saído do papel,
acusando as autoridades de empurrarem os doentes para a ilegalidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário