sábado, 14 de março de 2020

Espanha declara estado de emergência devido a coronavírus


País já conta 140 mortos. Madri e Tirol, na Áustria, apresentam perigo de contágio interpessoal com o vírus causador da covid-19, divulgou o Instituto Robert Koch, da Alemanha.

O governo espanhol declarou neste sábado (14/03) estado de emergência nacional devido ao perigo de contaminação com a doença covid-19. O país já conta 6 mil casos de contaminação, com cerca de 140 mortos.

Segundo a imprensa local, Madrid pretende limitar a livre circulação da população, como parte de estado de emergência declarado. Os cidadãos serão instados a permanecer em casa, excetuados casos de emergência ou para comprar alimentos e medicamentos ou para ir ao trabalho.

Antes, o instituto de saúde Robert Koch (RKI), em Berlim, ampliara as zonas internacionais de risco do novo coronavírus, com a inclusão da capital da Espanha, Madrid, e do estado do Tirol, na Áustria.

Ambos foram classificados como áreas em que "pode-se concluir que haja uma transmissão continuada do vírus de pessoa a pessoa". Demais zonas de risco oficiais são Itália e Irão, a região francesa de Grande Leste (englobando a Alsácia, Lorena e Champanha-Ardenas) e províncias da China e Coreia do Sul.

Na Alemanha, o ministro da Saúde, Jens Spahn, aconselha adotar quarentena voluntária. Sobretudo quem retorna de férias em locais de risco deve permanecer duas semana em casa, se possível. Até a sexta-feira, o Instituto Robert Koch registara 3 mil infecções.

Na Itália, aumenta o número dos jogadores da Serie A, a liga nacional de futebol, cujos testes de coronavírus foram positivos. Depois de Daniele Rugani, de 28 anos, do Juventus, na quarta-feira, foi confirmado que quatro profissionais do Sampdoria de Gênova estão infectados; assim como dois do ES Troyes, da segunda liga francesa. Luca Kilian, do SC Paderborn, é o primeiro caso do vírus na Bundesliga da Alemanha.

Devido aos efeitos da crise do coronavírus no tráfego aéreo internacional, a companhia holandesa KLM vai cortar até 2 mil vagas de trabalho: como numerosos voos tiveram que ser cancelados, é inevitável reduzir as jornadas, comunicou. Entre outros motivos, a KLM mencionou a proibição de ingresso de passageiros da Europa nos Estados Unidos, imposta por Washington.

Também a Swiss International, subsidiária da Lufthansa, reduziu significativamente sua oferta, tirando de circulação a metade de suas frotas de curtas e longas distâncias.

Na China, as autoridades registaram apenas 11 novos casos de covid-19. Segundo a Comissão Nacional de Saúde em Pequim, a maioria deles teria sido trazida do exterior: enquanto quatro dos pacientes são da cidade de Wuhan, os demais sete vieram de outros países.

Deutsche Welle | AV/afp, rtr, sid

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