Hopke Hoeksetra |
Bom dia. Sem preâmbulos trazemos
ao PG o Expresso Curto pela pena (teclado?) de Filipe Garcia. Permitam que
façamos um reparo acerca das declarações do ministro das finanças holandês… É a
tal coisa que vai batendo certa ou que deu sempre certa: “holandeses, malteses
e fascistas muitas vezes”. Evidentemente que esse é o dito, o que nem sempre é
certo. Há exceções sobre esses cidadãos europeus a viverem abaixo da linha de
água, mas que não são peixinhos.
Salvé, bons holandeses e antifascistas!
Agora por isso: quase na hora do
almoço vamos lá a uma boa pescadinha de rabo na boca. Só depois virá à mesa (de
casa) um expresso curto para ajudar a travar a sesta. Grandes vidas é essa
coisa de ficarmos em casa. Será que nos estamos a aburguesar? Não, vamos pagar
mais duro que ferraduras esta pausa proporcionada pelo covid-19. Os gajos da “massa”
vão vingar-se em grande. “Miséria e fome não vos faltará”, diz o deus deles, o
cifrão.
Bom dia para todos, sem covid nem
números.
Sigam para o Curto. Está a valer.
PG
Eles andam aí, e na UE não faltam |
Bom dia, este é o seu Expresso
Curto
A “repugnante” desunião europeia
Filipe Garcia | Expresso
Em tempo de guerra não se mudam
generais, dizia há dias o primeiro-ministro. Ontem foi dia de lamentar que não
se mudem ministros. Holandeses neste caso. Em tempo de crise global, em
vésperas de uma recessão económica a que ainda ninguém adivinha a dimensão e em
plena pandemia em Portugal, “repugnante” não é palavra que se queira ouvir a um
primeiro-ministro. Mas assim foi no final da reunião de ontem do Conselho
Europeu.
Wopke Hoekstra, ministro das finanças holandês, terá dito esta semana que “a comissão europeia devia investigar países como Espanha, que afirmam não ter margem orçamental para lidar com os efeitos da crise provocada pelo novo coronavírus, apesar de a zona euro estar a crescer há sete anos consecutivos”. E António Costa não gostou de ser confrontado com as declarações. "Esse discurso é repugnante. Ninguém está disponível para ouvir o ministro das Finanças holandês a dizer o que disseram em 2009, 2010, 2011. Não foi a Espanha que importou o vírus. O vírus atinge a todos por igual. Se algum país da UE acha que resolve o problema deixando o vírus à solta nos outros países, não percebeu bem o que é a UE", disse. Também não terá percebido bem o coronavírus.
E o que saiu da reunião entre chefes de governo? Pouco ou nada de conclusivo. Apenas a noção de que quatro países resistem às 'coronabonds' - Holanda, Alemanha, Finlândia e Áustria – e que, eventualmente, mais do que nunca, a desunião entre países europeus pode resultar num desfecho, tragicamente “repugnante”.
Por cá, em novo Conselho de Ministros, o Governo aprovou mais medidas de apoio a empresas e famílias afetadas pela pandemia. Vão de novas regras para o lay off por parte de empresas em dificuldades, à suspensão de créditos à habitação para famílias que tenham sofrido abruptas quebras no rendimento mensal, até ao alargamento da justificação das faltas ao trabalho. Ao detalhe, pode conhecer as medidas AQUI.
Wopke Hoekstra, ministro das finanças holandês, terá dito esta semana que “a comissão europeia devia investigar países como Espanha, que afirmam não ter margem orçamental para lidar com os efeitos da crise provocada pelo novo coronavírus, apesar de a zona euro estar a crescer há sete anos consecutivos”. E António Costa não gostou de ser confrontado com as declarações. "Esse discurso é repugnante. Ninguém está disponível para ouvir o ministro das Finanças holandês a dizer o que disseram em 2009, 2010, 2011. Não foi a Espanha que importou o vírus. O vírus atinge a todos por igual. Se algum país da UE acha que resolve o problema deixando o vírus à solta nos outros países, não percebeu bem o que é a UE", disse. Também não terá percebido bem o coronavírus.
E o que saiu da reunião entre chefes de governo? Pouco ou nada de conclusivo. Apenas a noção de que quatro países resistem às 'coronabonds' - Holanda, Alemanha, Finlândia e Áustria – e que, eventualmente, mais do que nunca, a desunião entre países europeus pode resultar num desfecho, tragicamente “repugnante”.
Por cá, em novo Conselho de Ministros, o Governo aprovou mais medidas de apoio a empresas e famílias afetadas pela pandemia. Vão de novas regras para o lay off por parte de empresas em dificuldades, à suspensão de créditos à habitação para famílias que tenham sofrido abruptas quebras no rendimento mensal, até ao alargamento da justificação das faltas ao trabalho. Ao detalhe, pode conhecer as medidas AQUI.
E não perca,
. Mercado
selvagem desvia encomenda portuguesa de material contra a covid-19, sobre
como Portugal foi ultrapassado na compra de material médico.
. A reportagem em Parada do Monte, aldeia no concelho de Melgaço com 350 habitantes, três casos positivos acima dos 80 anos, e que há dois dias tem a própria cerca sanitária instalada: 'Bonjour, messieurs'. O lugarejo cercado onde o vírus aterrou a falar francês.
. O aparente impacto da resposta no controlo da pandemia faz da pergunta uma das mais colocadas por estes dias: Portugal reagiu atempadamente à chegada da covid-19? Portugal aplicou as medidas de isolamento social mais cedo? Não é certo. Uma resposta dada com base em dados analisados pela Escola Nacional de Saúde Pública.
Olhares que valem a pena.
É conhecida a frase que diz que uma imagem vale por mil palavras e outras há em que até o silêncio se ouve. Acontece quando o repórter fotográfico é bom, capaz de contar uma história com um disparo apenas. Espreite “A Lisboa dos 'tuk tuk' e das excursões é hoje a Lisboa do Silêncio”, do António Pedro Ferreira. Não vê Lisboa calada como nunca?
O estudo do ICS
. A reportagem em Parada do Monte, aldeia no concelho de Melgaço com 350 habitantes, três casos positivos acima dos 80 anos, e que há dois dias tem a própria cerca sanitária instalada: 'Bonjour, messieurs'. O lugarejo cercado onde o vírus aterrou a falar francês.
. O aparente impacto da resposta no controlo da pandemia faz da pergunta uma das mais colocadas por estes dias: Portugal reagiu atempadamente à chegada da covid-19? Portugal aplicou as medidas de isolamento social mais cedo? Não é certo. Uma resposta dada com base em dados analisados pela Escola Nacional de Saúde Pública.
Olhares que valem a pena.
É conhecida a frase que diz que uma imagem vale por mil palavras e outras há em que até o silêncio se ouve. Acontece quando o repórter fotográfico é bom, capaz de contar uma história com um disparo apenas. Espreite “A Lisboa dos 'tuk tuk' e das excursões é hoje a Lisboa do Silêncio”, do António Pedro Ferreira. Não vê Lisboa calada como nunca?
O estudo do ICS
Rui Costa Lopes, Rita Gouveia,
Pedro Magalhães e Pedro Adão e Silva, através do Instituto Ciências Sociais da
Universidade de Lisboa, lançaram um estudo para começar a perceber os impactos
da pandemia de covid-19 na vida dos portugueses. O apelo é que para que se
responda e partilhe o questionário – disponível AQUI –
de forma a conseguir, dizem, “informação útil para o desenvolvimento de
política pública adequada ao momento”. Uma partilha que pode valer a pena.
A Frase
“Temos de manter o suporte básico de vida para as empresas”, Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital.
Na Tribuna?
Mesmo com relvados e bancadas vazias os clubes estão longe de estar parados. Por aqui, pode ler como se mantêm ativos os departamentos de olheiros e como os clubes de futebol nacionais se preparam para a quebra de receitas que se avizinha. E os ordenados dos craques quem paga?
… e na Blitz
“Temos de manter o suporte básico de vida para as empresas”, Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital.
Na Tribuna?
Mesmo com relvados e bancadas vazias os clubes estão longe de estar parados. Por aqui, pode ler como se mantêm ativos os departamentos de olheiros e como os clubes de futebol nacionais se preparam para a quebra de receitas que se avizinha. E os ordenados dos craques quem paga?
… e na Blitz
Outra época que se preparava para
arrancar, outra de calendário incerto. Sobre os festivais, o
ponto da situação do Rock in Rio ao NOS Alive. Pela Blitz ainda tem a
conversa do Luís Guerra e da Lia Pereira com Miguel
Araújo no último Posto Emissor.
O que ando a ler
O que ando a ler
Na verdade, nada além de notícias
sobre a pandemia, sobre como nasceu, onde já está, o que tem funcionado e o que
pode vir a funcionar no seu combate. Ainda tenho lido sobre os líderes
internacionais e a forma com estão a combater a pandemia. Algumas das notícias,
confesso, parecem mentira. E quando se lê que, no Brasil, Jair Bolsonaro quer
acabar com o isolamento social, reabrir escolas e comércio? “O brasileiro tem
que ser estudado, não pega nada. Vê o cara pulando em esgoto, sai, mergulha e
não acontece nada”, disse entretanto o Presidente brasileiro. Podia ser
anedota, até teria graça não fosse Jair Bolsonaro responsável por uma população
superior a 200 milhões. Assim é antes, como lhe chamava ontem em editorial o
Estadão, “uma
ameaça à saúde pública”. Do mundo, acrescento eu.
O que ando a ouvir
O que ando a ouvir
Também nas escolhas musicais a
pandemia se intrometeu. E o dilema apresentou-se: é mesmo de Paul Simon - em Me
and Julio down by the Schoolyard, quando se despede de Rosie, “The Queen of
Corona” - a única rima com toque de pandemia? De resto, por estes dias, foram
editados dois discos que merecem ser ouvidos: Rejoice, de Tony Allen e Hugh
Masekela, e 3.15.20, de Childish Gambino. Estão na lista, fica a sugestão.
Entretanto, pelo Expresso continuaremos ao ritmo da pandemia. AQUI, toda a informação de que precisa e amanhã lá estaremos nas bancas com tiragem reforçada e prontos para lhe entregar o jornal em casa.
Tenha um bom dia
Entretanto, pelo Expresso continuaremos ao ritmo da pandemia. AQUI, toda a informação de que precisa e amanhã lá estaremos nas bancas com tiragem reforçada e prontos para lhe entregar o jornal em casa.
Tenha um bom dia
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