Estado de emergência aprovado
O decreto do Presidente da
República, que impõe um estado de emergência durante pelo menos 15 dias, foi
aprovado com a abstenção de PCP, PEV, Iniciativa Liberal e da deputada Joaine
Katar Moreira, e com os votos a favor dos restantes partidos.
Debate vai continuar
Fernando Negrão anunciou que,
devido ao facto de o Governo querer fazer alterações a algumas medidas que
propôs, os trabalhos fazem um intervalo de 15 minutos e retomam às 19h10.
Ministra da Presidência agradece
aos partidos
Mariana Vieira da SIlva, ministra
da Presidência, agradeceu a vontade de os partidos "continuarem a
colaborar" com o Governo através da apresentação de várias propostas.
Também disse que o governo vai continuar a estudar medidas e sublinhou que não
vai propor nada que não possa cumprir.
André Ventura também vota ao lado
do Governo
O deputado do Chega disse que
"podemos dispensar o visto prévio" à fiscalização pelo Tribunal de
Contas.
Acrescentou que "não podemos
permitir despedimentos, mas também temos de ter o maior pacote financeiro da
nossa historia" e que "vamos precisar de um orçamento
retificativo".
Joacine pede "olhos bem
abertos" durante estado de emergência
A deputada não inscrita falou
sobretudo sobre o estado de emergência. "O que mais me inquieta é a
suspensão do direito de resistência: Não há democracia sem direito de
resistência. Portanto, mantenhamo-nos de olhos bem abertos e façamos um esforço
nacional para que o nosso enfoque seja combater a pandemia", disse.
Iniciativa Liberal também
vota a favor
João Cotrim Figueiredo, da
Iniciativa Liberal, revelou que vota a favor da isenção da fiscalização pelo
Tribunal de Contas. Quanto Às restantes propostas do Governo, irá votá-las
"caso a caso".
Sem concretizar, também se
insurgiu contra partidos que, na sua opinião, se têm aproveitado
"escandalosamente" do surto de Covid-19.
João Paulo Correia (PS) fala em
"equilíbrio entre urgência e ponderação"
João Paulo Correia, do PS,
enunciou as medidas aprovadas pelo Governo no dia 13, dizendo que estas
correspondem a um "equilíbrio entre a urgência e a ponderação".
Dizendo ouviu propostas
"contraditórias" por parte da oposição, atribuindo essa situação ao
facto de ter havido pouco tempo para debater e propondo uma nova sessão
plenária para breve.
PAN lembra grupos vulneráveis
Bebiana Cunha, do PAN, denunciou
as empresas que têm pressionado os trabalhadores a tirarem férias e apontou a
necessidade de proteger setores mais vulneráveis como idosos, sem abrigo ou
vítimas de violência doméstica.
"Também a banca tem, agora,
o dever de retribuir aos portugueses", concluiu.
CDS também apoia isenção de
fiscalização
Telmo Correia, líder parlamentar
do CDS, diz que a proposta de isenção de fiscalização por parte do Tribunal de
contas "faz todo o sentido e damos o nosso acordo".
O CDS, prosseguiu,
"terá sempre uma posição patriótica"; exigindo apenas em troca
"determinação" por parte do Governo.
Quanto a outras medidas recentes
por parte do Executivo, considerou que “vão no sentido certo, mas algumas sao
tardias” e continuam a ser “insuficientes”.
António Filipe (PCP): "Não
deve haver despedimentos"
O deputado do PCP disse que o
partido vai apresentar propostas para "que nada falte aos trabalhadores e
às empresas que vão ver os rendimentos afetados".
António Filipe sublinhou que
"não deve haver trabalhadores despedidos neste quadro" e que é
preciso garantir o direito dos portugueses ao acesso à água, ao gás ou às
comunicações, "proteger os arrendatários" ou garantir o abastecimento
alimentar. "É preciso que a solidariedade não falte",
concluiu.
BE insiste no fim dos despejos
Pedro Filipe Soares, do BE, diz
que estes são momentos para implementar medidas de "proteção ao
emprego" e "garantir direitos fundamentais como o direito à
habitação".
Nesse sentido, os bloquistas
propõem medidas como a suspensão dos despejos, a garantia de que nenhum
português fica sem acesso à água, gás e eletricidade ou a possibilidade de
requisição de equipamentos de privados para combater o Covid-19.
PSD vota a favor do diploma do
Governo
"O Governo tem todo o nosso
apoio" para implementar as medidas que sejam necessárias, disse o deputado
social-democrata Afonso Oliveira.
No entanto, disse não ter visto
nenhuma medida de apoio ao comércio. "Nenhum setor pode ficar de
fora", considerou.
O deputado do PSD terminou
dizendo que, numa altura de crise, "é muito mais o que nos une do que
aquilo que nos separa".
Leia o decreto na íntegra AQUI – em JN
João Vasconcelos e Sousa | Jornal
de Notícias |Imagem: Gerardo Santos / Global Imagens - com inscrição por PG
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