Na opinião de Joaquim Jorge, “há
outros assuntos bem mais importantes” que, com o Covid-19, “estão a passar para
segundo plano”.
“Nestes dias de epidemia e
psicose do coronavírus, em que me vem à ideia a epidemia da peste ou, mais
recentemente, o ébola, que foram muito mais letais […] há um sentimento de
alarme que a comunicação social alimenta. Há razões para alguma
inquietação e necessidade de estar alerta mas não há razão nenhuma para entrar
em pânico e a histeria propaga-se muito mais depressa que o vírus”, começa por
dizer o fundador do Clube dos Pensadores para, de seguida, passar ao ‘ataque’ à
corrupção.
“Há outros assuntos bem mais
importantes que estão a passar para segundo plano. A corrupção em Portugal é
uma espécie de vírus do comportamento muito contagioso. Infelizmente muitos
portugueses estão com esta enfermidade. Como diz António Barreto, ‘a
política atualmente é tóxica’”, afirma Joaquim Jorge, antes de
recordar alguns casos que têm marcado a atualidade.
“Há corrupção nos banqueiros,
empresários, dirigentes do futebol, escritórios de advogados, sociedades de consultadoria e
auditoria, departamentos governamentais, autarquias. Os casos sucedem-se."
"Agora também é na Justiça,
mas não é por punir os responsáveis e apurar os destinos dos seus rendimentos.
A justiça no seu funcionamento interno. Nem os juízes escapam a esta ideia que
se está a generalizar que, ‘poucos escapam’, isto é, ‘um “forrobodó’”, atira.
É o caso, diz o também biólogo,
do Tribunal da Relação de Lisboa. O que tem vindo “a lume é aterrador,
tenebroso e tétrico! Sorteios falsificados, sentenças pagas e veredictos
manipulados. A corrupção em Portugal também é um vírus que corrói a nossa
sociedade e hipoteca o futuro do país”, conclui Joaquim Jorge.
Notícias ao Minuto | Imagem: ©
Joaquim Jorge
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