quarta-feira, 11 de março de 2020

Coronavírus | A inconsciência e a irresponsabilidade que abunda em Portugal


Portugal está em vésperas de atingir o aumento de contagiados com coronavírus, os profissionais de saúde sabem isso e pela justificada falta de confiança nos poderes de decisão a nível da saúde pública, dos governos e de outras multidisciplinas associadas, muitos portugueses também o sabem.

Testemunhos sobre a inconsciência e irresponsabilidade que abunda em Portugal nas reações a tempo contra a contaminação pelo coronavírus parte acima de tudo de alguns cidadãos que sabendo da existência do surto noutros países não tiveram o menor cuidado em evitar deslocar-se ao estrangeiro para férias de carnaval e/ou outras atividades prazenteiras, empresariais ou coloquiais, envolvendo-se em amalgamas de prováveis contaminados.

O governo português e as autoridades de saúde pública têm igualmente responsabilidades no aumento do surto viral no país. Ainda agora estão a discutir se devem de fechar escolas e outros potenciais locais suscetiveis à contaminação em massa.

Mercê de inconsciência e irresponsabilidade temos na atualidade, tempo em que já devíamos dispor de defesas e ações contra a disseminação, notícias preocupantes sobre o atavismo existente no combate à disseminação do vírus. É isso que trazemos a seguir em títulos encontrados na comunicação social e que nem deviam existir. A falta de entrosamento e a desorganização muito bem organizada são calcanhar de aquiles e vantagem para a disseminação do coronavírus.

A seguir, do Jornal de Notícias, exemplos de atavismo, desorganização, não consideração dos casos assintomáticos e gula empresarial de agência de viagens... Inconsciência e irresponsabilidade sobretudo. 


Há seis novos casos de doentes infetados com o novo coronavírus no Hospital de São João, confirmados durante o dia de ontem, que não estão contabilizados no balanço oficial. O JN apurou que resultados posteriores ao balanço feito pela ministra da Saúde, Marta Temido, ao final da tarde, engrossam o número de casos e de focos na Região Norte.


Uma médica do hospital da Misericórdia de Lousada permaneceu seis horas fechada num consultório com uma paciente suspeita de estar infetada pelo Covid-19, sem resposta da Linha de Apoio ao Médico. Ao JN, a profissional de saúde relatou a situação em que ficaram, sem acesso a casa de banho e sem poderem comer ou beber.


Uma jovem de 17 anos, transferida do Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, está a alarmar as autoridades locais de saúde, por não ter relação com outros focos de infeção. Admite-se que a jovem tenha contraído o vírus junto de colegas que estiveram, pela altura do Carnaval, em Milão, mas que não manifestaram, até agora, quaisquer sintomas da doença.


Pais de cerca de dez mil alunos que pagaram viagens de finalistas a Espanha pediram esta terça-feira a intervenção do Governo, após a agência XTravel se recusar a cancelar as deslocações, na sequência da epidemia de Covid-19.

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