Documento enganador não contém
provas de ligação entre COVID-19 e laboratório, diz mídia australiana
Sydney, 26 mai (Xinhua) -- Um
documento do Departamento de Estado dos EUA, que foi usado por alguns jornais
australianos para vincular a COVID-19
a um laboratório, não contém provas sólidas, mas sim baseando-se
em informações publicamente disponíveis, noticiou a Australian Broadcasting
Corporation (ABC) na terça-feira.
O documento apareceu na mídia de
propriedade da News Corp Australia no início deste mês e foi presumido como
inteligência de alto nível de governo ocidental.
A embaixada dos EUA em Canberra
realizou reuniões com autoridades australianas para esclarecer o documento como
um pró-memória, destinado apenas ao uso nos bastidores, de acordo com a ABC.
"Um pró-memória é um
documento diplomático que pretende ter um status essencialmente não oficial,
quase negável e usado basicamente para gerar discussões com governos
estrangeiros. Ele não tem grande peso ou credibilidade", disse à ABC Rory
Medcalf, chefe da Faculdade de Segurança Nacional da Universidade Nacional da
Austrália.
A ABC citou vários altos
funcionários do governo australiano que pediram anonimato mas confirmaram a
verdadeira natureza do documento, dizendo que ele era amplamente distribuído
pelo Departamento de Estado dos EUA.
Outras áreas da mídia
australiana, bem como líderes políticos, estão entre os que criticam o uso do
documento para criar conteúdo enganoso e lançar calúnias infundadas contra o
tratamento do surto da COVID-19 pela China e sua origem.
Xinhua
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