Macau, 21 mai 2020 (Lusa) --
Macau registou uma perda de 99,7% no número de visitantes em abril, quando
comparado com igual período do ano passado, informaram hoje as autoridades.
"Uma diminuição
significativa" em termos anuais, que se traduziu na entrada de apenas
11.041 visitantes, salientou a Direção dos Serviços de Estatística e Censos
(DSEC) em comunicado.
A mesma entidade indicou que há
também a registar "uma queda de 94,8%, em termos mensais, dado que as
medidas de quarentena à entrada em Macau foram ainda mais reforçadas em finais
de março".
Em abril, o número de turistas
(6.383) e de excursionistas (4.658) baixaram mais de 99%, em relação a período
homólogo de 2019.
Já o período médio de permanência
dos visitantes foi de 7,3 dias, "tendo subido notavelmente 6,2 dias".
Para isso contribuiu
decisivamente o aumento do período médio de permanência dos turistas (21,1
dias), em resultado da quarentena obrigatória de 14 dias imposta pelas
autoridades.
"Contudo, o período médio de
permanência dos excursionistas (0,1 dias) diminuiu 0,1 dias", pode ler-se
na mesma nota da DSEC.
O número de visitantes da China
continental foi de 10.500 (95,1% do total), tendo baixado 99,6%.
A esmagadora maioria entrou por
via terrestre, já que as ligações marítimas já se encontravam suspensas, e em
todo um mês apenas 61 visitantes chegaram a Macau de avião.
Em relação aos números do
quadrimestre, a DSEC adiantou que entraram em Macau pouco mais de 3,2 milhões
de visitantes, menos 76,6% em relação a igual período do ano passado.
Macau foi dos primeiros
territórios a identificar casos de infeção com a covid-19, antes do final de
janeiro. O território registou uma primeira vaga de dez casos, a partir
janeiro, e outra de 35 a
partir de março.
Macau está sem registar novos
casos desde 09 de abril. E atualmente não tem qualquer caso ativo, depois do
último paciente ter recebido alta hospitalar a 19 de abril.
A nível global, a pandemia de
covid-19 já provocou cerca de 327 mil mortos e infetou quase cinco milhões de
pessoas em 196 países e territórios.
A doença é transmitida por um
novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro
da China.
Depois de a Europa ter sucedido à
China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora
a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.
Para combater a pandemia, os
governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da
população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num
"grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à
diminuição dos novos contágios.
JMC // MIM
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