quinta-feira, 21 de maio de 2020

PM timorense congratula população por "civismo" perante tensão política no país


Díli, 21 mai 2020 (Lusa) -- O primeiro-ministro timorense, Taur Matan Ruak, congratulou hoje a população do país pelo grande "civismo" que mostrou perante a crise política em Timor-Leste, incluindo a tensão que se viveu no Parlamento Nacional.

"Quero congratular toda a população. Fico muito contente com o comportamento de todos, incluindo os jovens, face aos acontecimentos", afirmou hoje Taur Matan Ruak aos jornalistas depois da reunião semanal com o Presidente timorense.

"Sinto orgulho em nome do executivo. Temos cidadãos muito esclarecidos, que mostraram grande civismo. Parabéns e continuem a dar o vosso contributo, trabalhando para melhorar as condições da nação", afirmou.

Taur Matan Ruak reagiu assim a perguntas sobre a tensão no Parlamento Nacional de Timor-Leste na segunda e terça-feira, com agressões entre deputados, mesas derrubadas, gritos, empurrões e a intervenção de agentes policiais.

Imagens dos incidentes no Parlamento Nacional tornaram-se virais nas redes sociais no país, suscitando lamentações de "tristeza" e "vergonha" de muitos cidadãos timorenses, mas sem que se tenham registado quaisquer incidentes de segurança.


Os dois dias de tensão terminaram com a destituição de Arão Noé Amaral como presidente do Parlamento Nacional e da eleição de Aniceto Guterres Lopes como seu sucessor, por uma maioria de 40 dos 65 deputados.

Taur Matan Ruak congratulou o Parlamento Nacional "por ultrapassar as diferenças e divergências que existem", afirmando que é essencial retomar a normalidade da atividade parlamentar, especialmente por questões orçamentais.

"Apelo para que o parlamento restabeleça a normalidade, para se poder iniciar o processo orçamental. Nenhuma nação pode funcionar com base nos duodécimos, precisamos de reativar a economia para responder às necessidades da população", afirmou.

Recorde-se que a tensão política e a rotura da coligação que inicialmente apoiou o atual Governo, levou ao chumbo do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2020, deixando o país em duodécimos desde 01 de janeiro.

O primeiro-ministro explicou hoje que o Governo vai debater hoje em Conselho de Ministros o calendário orçamental para 2020 e 2021.

ASP//MIM

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