CGTP exige proibição dos
despedimentos e pagamento integral a trabalhadores em lay-off
Isabel Camarinha vai mais longe e
pede que sejam também revertidos os despedimentos realizados desde o início da
pandemia.
Numa Alameda mais vazia do que o
habitual para um 1.º de Maio, a secretária-geral da CGTP exige a
"proibição dos despedimentos", bem como o pagamento a 100% a todos os
trabalhadores abrangidos pelo regime de lay-off.
"Exigimos uma resposta
imediata à ofensiva em marcha", frisa, durante o discurso a propósito das
comemorações do Dia do Trabalhador na Alameda, em Lisboa.
Isabel Camarinha vai mais longe e
pede que sejam também revertidos os despedimentos realizados desde o início da
pandemia, garantindo que "os trabalhadores não querem caridade", mas
sim "exigem os seus postos de trabalho e a totalidade das suas
retribuições".
Quanto ao regresso dos
trabalhadores ao local de trabalho, a CGTP exige"a proteção de todos os trabalhadores",
referindo-se à higienização dos postos de trabalho e à disponibilização de
equipamentos de proteção individual.
Segundo a secretária-geral da
CGTP, está-se a assistir ao "aproveitamento que alguns fazem do vírus para
acentuar a exploração", criando ainda mais precariedade laboral,
considerando que "a luta ganha ainda mais atualidade nesta fase da vida
nacional, em que está em marcha uma ampla campanha ideológica que pretende
incutir que os direitos dos trabalhadores são inimigos da recuperação económica
do país".
A líder da CGTP considerou que é
precisamente com avanços nos direitos laborais, proteção do emprego e aumentos
dos rendimentos que a recuperação será mais rápida e sólida.
"Não estamos condenados a
anos e anos de sacrifícios, a uma recuperação lenta, a um processo doloroso que
implicará mais austeridade, como é repetido insistentemente por muitos e admitido
pontualmente por outros", afirmou.
Sara Beatriz Monteiro | TSF |
Imagens: 1 – em Visão; 2 – em TSF
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