#Escrito e publicado em português do Brasil
Depois que as relações entre os
EUA e a China se deterioraram nos últimos anos, Washington tem destacado cada
vez mais forças militares à região, continuando a política de missões de
"liberdade de navegação".
O grupo de ataque do porta-aviões
USS Ronald Reagan realizou exercícios no mar do Sul da China na
sexta-feira (14), incluindo exercícios de voo e treinamento de defesa
antiaérea, anunciou em comunicado a Marinha dos EUA.
"O treinamento integrado
incluiu operações ar-ar, exercícios de busca e resgate de combate e exercícios
de defesa antiaérea para aumentar a capacidade da força conjunta para responder
a contingências regionais e manter a prontidão de combate", disse a
Marinha.
Honrando o Compromisso com os
Aliados e Parceiros Regionais, o Grupo de Ataque do Porta-Aviões USS Ronald
Reagan entrou no mar do Sul da China, [em] 14 de agosto, para conduzir
operações de defesa antiaérea marítima em apoio a um Indo-Pacífico Livre e Aberto.
A Marinha também observou que,
além das operações envolvendo o USS Ronald Reagan, suas aeronaves e navios de
apoio, os exercícios também incluíram a integração com um bombardeiro
estratégico B-1B Lancer da Força Aérea dos EUA voando desde Guam, no Pacífico, para "treinamento de Guerra
Conjunta no Mar" de maneira a aumentar "as capacidades de prontidão
conjuntas".
Contexto da ação
Os exercícios da Marinha dos EUA
foram realizados em meio a tensões entre os EUA e a China sobre uma ampla gama
de questões, desde a disputa no mar do Sul da China até o comércio, o
coronavírus, uma discussão diplomática envolvendo o fechamento de consulados em
Houston, EUA, e Chengdu, China, o aumento da influência de companhias chinesas
como Huawei e TikTok, bem como a venda de armas a Taiwan por Washington.
Na semana passada, Xu Guangyu, um
general aposentado do Exército de Libertação Popular da China (ELP) e
conselheiro da Associação de Controle de Armas e Desarmamento da China, disse
ao Global Times que se Washington continuasse a expandir seus laços com a
"autoridade secessionista" de Taiwan, "o ELP poderia tomar mais
contramedidas".
Tais medidas incluiriam
exercícios de mísseis com fogo real a leste da ilha de Taiwan e perto de Guam,
que Pequim poderia ter capacidade de atingir com o míssil balístico de alcance
intermediário Dongfeng-26 desde a China continental.
História recente da região
A China reivindica cerca de 90%
do mar do Sul da China, com Vietnã, Malásia, Brunei, Filipinas e Taiwan fazendo
também suas reivindicações. A disputa territorial gira em torno de recursos
estratégicos como navegação, pesca e recursos energéticos, e remonta ao período
imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial.
A China e o grupo de países da ASEAN
começaram a negociar um "código de conduta" para a região em 2002,
mas pouco progresso foi feito desde o início dos anos 2010 em meio às missões
de "liberdade de navegação" dos EUA em toda a área, considerada de "interesse nacional americano" pela
então secretária de Estado, Hillary Clinton.
Sputnik | Imagens: 1 - © AP Photo
/ Marinha dos EUA / Kimani J. Wint; 2 - go.usa.gov/xfFnh
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