quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Ou é ou não é, o OE. E o Barroso “patrão das vacinas” Confia?

Viva. Saúde. Irá deparar com um Curto de Silvestre, do Expresso, encabeçado pela proposta de orçamento geral do estado português em estado de sítio e de calamidade – e ainda vai ser pior… Democraticamente será pior para os plebeus, exatamente para os mais que habituais explorados e oprimidos.

Aguente-se. É a democracia Lusa, made in União Europeia. União Europeia? Democracia? Sim, mas só para alguns eleitos. Não eleitos democraticamente (porque a maioria dos povos europeus nem vota para a UE (estão-se borrifando), não acreditam na democraciazinha de que fazem uso. Como é hábito aqui dizer: pagamos e não bufamos… E lá andamos nesta lenga-lenga sustentada por uns quantos que distribuem os poderes entre si, agindo às ordens dos que têm aquilo com que se compram os melões.

Bem, mas disso já sabem. Assim como sabem mentir nas sondagens quando vos perguntam se é bom “estar” na UE. “Sim, sim”, respondem. Mas na volta não vão votar e os mesmos de sempre (com ou sem gémeos) lá estão a mamar nas tetas da vaca de uma pseudo-união às ordens dos que aplicam o esclavagismo moderno e o que mais convém aos nossos donos. Donos dos povos europeus. Bem vincado.

De cabeça obstinado-saturada aqui estamos a ratar na pele da tal União Europeia, no que tem de negativo e dá origem a discordarmos, a não confiar. Claro que possui algum arsenal positivo classificado de mal-menor. Quer a UE, quer os países que a constituem, estão repletas de males-menores – que não são suficientes para tanto alarde de ser exemplo de democracia. Nada disso. É, mais que tudo, uma réplica dos quereres dos EUA e dos grandes grupos económicos. Nos quadros da UE existem muitos agentes vendidos a esse duo que envenena a democracia, as justiças – social e a outra dos tribunais. O capital, o dinheiro, as grandes fortunas e interesses económicos são quem mandam e corrompem os poderes. Olhai Durão Barroso, como muitos outros, por lá e pelos poderes dos países da UE.

Durão Barroso

Barroso, agora nomeado “patrão” das vacinas. Como seria possível tal se não existissem grandes interesses esconsos, grandes opacidades em tal nomeação? Personagem confiável? Todos sabem que não. E logo nas vacinas? Agora? Digno de que os cidadãos europeus nele e na sua equipa confiem? Nunca. O que estão realmente a tramar com tal nomeação?

Eis a UE. Eis a opacidade e desconfiança merecida pela nomeação de um personagem comprovadamente mentiroso, trafulha, descaradamente oportunista e, pelo seus ‘feitos’ do passado, a garantir que algo de muito nebuloso o guindou àquela nomeação. Cheira a esturro. Cheira demasiado a esturro.

Aldeia da Roupa Parva em cinema

Indo avante, refira-se que o OE2021 é o principal do Curto que vai ler, depois terá servido mais da política e de outras “artes”. Saudamos a Cultura, pois então. Já agora leia em PG o constante no título Plataforma do Cinema exige adiamento da votação e demissão do secretário de Estado. Consegue imaginar privados a decidir sobre o cinema português e numa reunião para que os cineastas foram convocados terem expressar-se em inglês porque houve um secretário de estado do governo Costa que entregou a privados ingleses a tarefa de dirigir o presente e o futuro do cinema luso? Somos a Aldeia da Roupa Parva?

Um sujeito, de nome Nuno Artur Silva, patrão da Secretaria de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, é o jeitoso da confusa aliança público-privada anglófona. Coisa estranha, não sendo nada estranho que andamos a pagar “rodriguinhos” destas cabeças pensantes que nos lixam os orçamentos e as nossas sub-vidas ainda mais. Basta. Ponham o cão com dono!

Acabado. Se chegou até aqui nesta “seca” decerto que está pronto para ler o conteúdo do Curto. Finalmente.

Bom dia e protejam-se. Quantos mais novos casos de covid-19 haverão hoje? Quantos mais incluídos na morte programada de idosos com covid-19 perecerão em Portugal? E no resto do mundo? Pois é. O covid-19 está mesmo a dar jeito para a redução populacional dos cidadãos com mais idade – quase na reforma ou já reformados mas teimosos em viverem (sub-viverem). Depois de tanta exploração, de acarretarem com os efeitos de tanta desumanidade. E agora isto? Em vez de câmaras de gás, o covid-19. Pois. Teorias da conspiração…

Sugestão em Página Global: Armas de destruição macia

Siga para o Curto, vale. Bom dia.

MM | PG

Bom dia este é o seu Expresso Curto

OE, OE, OE, OE

João Silvestre | Expresso

Bom dia,

No momento em que este Expresso Curto lhe chega à caixa do correio, passam cerca de 36 horas desde que João Leão entregou a proposta de Orçamento do Estado no Parlamento. A torrente informativa foi avassaladora e o tema – a par de Cristiano Ronaldo, já lá vamos – tem dominado a agenda. Já sabemos muito sobre o documento que vai marcar as nossas vidas em 2021. Mas não sabemos tudo. E, mesmo depois de uma longuíssima conferência de imprensa e uma passagem pelo Jornal de Noite da SIC para uma entrevista, houve algumas coisas que ficaram por esclarecer com total clareza.

O elefante na sala é o mesmo que tem atormentado a política nas últimas semanas: chama-se Novo Banco e já custou muitos milhões de euros aos contribuintes. Ontem, na SIC, João Leão fugiu à questão de saber o que acontece e como irá lidar com um eventual cenário em que o Novo Banco peça mais ao Fundo de Resolução do que este está autorizado a dar. De manhã, no ministério das Finanças, foi preciso tirar a ferros a informação de que o Fundo de Resolução poderá transferir até 476 milhões de euros para o Novo Banco. Dinheiro que irá ser financiado com as suas contribuições regulares e com um empréstimo da banca para cobrir a diferença. É défice, é dívida pública mas, diz João Leão, é a banca a emprestar à banca.

O ponto mais relevante da entrevista, no entanto, foi quando garantiu estar disponível “para canalizar ainda mais apoios para a economia” se a pandemia piorar em 2021”. Leão tem recebido algumas críticas sobre ser demasiado contido no Orçamento que fez. Como o Expresso escreveu logo na noite de segunda-feira, ao sublinhar que não havia austeridade mas contenção, e voltou a fazer ontem ao sublinhar que Leão não é nem Passos nem Sócrates.

Compreende-se a preocupação de João Leão: tem uma dívida acima de 130% do PIB e, apesar de viver com juros historicamente baixos, qualquer sobressalto nos mercados financeiros pode provocar problemas. Para já. a reação foi boa. Tenha ou não a ver com o Orçamento apresentado. Ontem, o dia da apresentação do Orçamento, os juros bateram no mínimo de 12 meses.

A realidade é que a crise vai ser grave e, ao contrário do que espera o Governo, a recuperação pode não ser tão rápida como se espera. Os números avançados pelo Fundo Monetário Internacional, que realiza esta semana as suas reuniões de Outono, diz que a recessão mundial vai ser menos grave do que se esperava ainda que a retoma seja lenta. E, sobre Portugal, é mais pessimista que o Governo.

Uma das medidas emblemáticas é o apoio ao rendimento extraordinário ao rendimento que deverá abranger 170 mil pessoas. Conheça a medida em detalhe porque pode ser um dos pontos de negociação com os partidos da oposição, onde ainda não há decisões fechadas. Bloco de Esquerda e PCP, sobrem quem recaem todos os olhares nesta fase, abrem a porta a negociações mas pedem mais. Saiba o que separa PCP e Bloco das propostas do Governo. São vários os cenários parlamentares possíveis para a aprovação do documento. Para não perder pitada do que se passa confira tudo o que se passou no direto que o Expresso mantém no ar desde a manhã de segunda-feira.

E, se puder, leia alguma da opinião que tem sido publicada: “O Orçamento do jejum intermitente” do Pedro Santos Guerreiro; “Não deixe para o ano o que deve fazer agora” de Francisco Louçã; e “Com taxas e bolos se enganam os tolos” de Daniel Oliveira.

OUTRAS NOTÍCIAS

Cá dentro

Há vida para lá do Orçamento e a notícia que correu mundo foi o facto de Cristiano Ronaldo estar infetado com covid-19. O craque português está assintomático, isolado dos companheiros de seleção, mais vai ficar de fora do embate de hoje com a Suécia para a Liga das Nações. Marcelo Rebelo de Sousa já falou com Ronaldo e não há mais casos na seleção.

Os números da covid-19 em Portugal continuam a subir. Ontem houve 16 mortos, o número mais alto desde maio. Infetados foram 1208. Espreite aqui a infografia que o Expresso mantém atualizada diariamente desde que a pandemia chegou a Portugal. O Hospital de São João está quase a esgotar a capacidade de atendimento e já cancelou cirurgias. Lá fora, os números são igualmente preocupantes. E, depois da Johnson & Johnson, também a americana Eli Lilly suspendeu os ensaios da vacina por razões de segurança.

Ontem foi dia da procissão das velas, em Fátima, que decorreu sob forte contenção por causa da pandemia.

Joe Berardo transformou uma estação rodoviária na Arrábida em palácio sem ter licença de construção. A obra, revela o Público na edição de hoje, decorre há ano e meio e já mereceu um auto de contra-ordenação do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

A Polícia Judiciária fez uma operação no norte do país para combater o tráfico de armas.

António Pires de Lima é o novo presidente executivo da Brisa. O negócio de venda da concessionária de auto-estradas foi ontem fechado.

Lá fora

Em Nagorno-Karabakh, os combates continuam apesar de ter sido acordada uma trégua. Num ensaio publicado no Expresso, Fazle Chowdhury, professor da Bay Atlantic University e investigador do Global Policy Institute, em Washington, conta que a linguagem usada faz lembrar horrores históricos no Cáucaso (como o genocídio).

Nos EUA, Donald Trump está de volta aos comícios depois de mais um teste negativo de covid-19 e até diz estar capaz de beijar a multidão.

Itália fez a primeira emissão de dívida pública de taxa juro zero (cupão zero). Colocou 3,75 mil milhões a três anos com uma taxa (yield) de -0,14% uma vez que os investidores pagaram mais do que aquilo que vão receber em 2024. Um sinal de que, no mercado, se acredita que o Banco Central Europeu (BCE) irá, em breve, reforçar a sua bazuca. Numa entrevista este fim-de-semana ao Wall Street Journal, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, garantia que o banco vai deixar a inflação passar a meta de 2%. Os analistas esperam que em Dezembro possa haver novidades.

A Apple lançou o novo iPhone 12 em quatro versões: mini, normal, pro e gigante. Uma das novidades é que todos tem 5G.

Na China o valor das ações cotadas nas praças chinesas (Xangai e Shenzen) atingiu um novo recorde acima de 10 biliões de dólares (8,5 biliões de euros, aproximadamente). Bateu o anterior máximo atingido em 2015.

polícia turca prendeu 167 soldados por alegadas ligações ao clérigo Fethullah Gulen acusado pelo presidente Erdogan de ter planeado um golpe militar para o derrubar em 2016.

FRASES

“Já soube e já desejei as melhoras. Falei com a Federação, que tem sistema de testes feitos todos os dias. Os jogadores vêm de vários países, há controlo imediato. O que me foi dito é que não há mais nenhum. Foi testado mais cedo e repetido o teste, não tem sintomas rigorosamente nenhuns”, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República sobre o contágio de Cristiano Ronaldo

“Deus dá grande batalhas a grandes guerreiros e é mais uma guerra que irás vencer, filho”, Dolores Aveiro, Mãe de Ronaldo em mensagem enviada após saber da infeção com covid-19

O QUE ANDO A LER

São 1200 páginas que assustam qualquer um. Mas, para quem se interessa sobre questões económicas e políticas e, sobretudo, sobre o tema da desigualdade, a leitura devia ser obrigatória. "Capital e Ideologia", o último livro de Thomas Piketty, editado na versão portuguesa pela Temas e Debates - Círculo de Leitores, chegou-me às mãos há duas semanas e ainda só consegui cruzar as primeiras 200 páginas. Mas é o suficiente para traçar o alcance da obra que é já vista como uma das influentes do pensamento político da esquerda a nível internacional: a explicação sobre a forma como, em cada momento, a ideologia (a narrativa sobre a realidade) encontra formas de explicar a desigualdade.

A partir da análise a países como França, na transição da revolução francesa, mas também a Índia, os regimes coloniais ou as experiências comunistas, Piketty explica como a forma como os direitos de propriedade são atribuídos afetam e perpetuam as desigualdades. E como, muitas vezes, a riqueza dos ricos de hoje foi determinada por decisões tomadas séculos antes. É por isso que economista francês defende impostos sucessórios e uma dotação de capital mínima para todos.

Se quiser saber mais sobre o livro leia o texto que o Expresso publicou em dezembro do ano passado, do Jorge Nascimento Rodrigues que leu as 1200 páginas ainda na versão original em francês. E reveja a entrevista na revista E em junho, conduzida por David Wallace-Wells na New York Magazine.

Este Expresso Curto já vai longo e fica por aqui. Acompanhe toda a informação em tempo real no Expresso e na SIC. Desporto é na Tribuna e cultura na Blitz.

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