terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Negar mais vida a idosos portugueses com “ideia tonta” é fruto do nazi-fascismo

Do Expresso Curto de ontem, 30, salientamos algo que parece ser garantia de que os mais idosos vão ocupar a prioridade na vacinação quando a famigerada e imperiosamente necessária vacina contra o covid-19 estiver disponível. 

O autor do Curto de ontem, Martim Silva, deixou os pormenores que tomamos por fiáveis. Fique com eles e amaine a inquietação que o tem assaltado se, por ser idoso e para além dos 75 anos, já tinha interiorizado que alguns dos “sábios” deste país luso preparavam-se para experimentar medidas nazis deixando os cidadãos com mais de 75 anos de idade para serem vacinados por altura das calendas gregas. Que é como quem diz… talvez nunca. Curiosamente, ou talvez não, a faixa etária que mais tem sido vítima das complicações pós-civid-19.

Como para esse peditório nazi-fascista já demos sangue, suor e lágrimas (nos 13 anos de guerra colonial foi notória a devastação causada na juventude lusa) não podemos admitir a “sábios” de atitudes e/ou de raízes fascistas que ditem que ficarão para trás, que sejam excluídos. Felizmente, pelo que irá ler, assim não acontecerá. Mas… urge estar atento e confirmar se não aparecerão chicos-espertos e os tais nazi-fascistas a querer levar a deles avante.

Repare-se que a geração que suportou a guerra-colonial-fascista que culminou com o 25 de Abril de 1974 é exatamente a que está incluída na escolha dos de pouco mais de 70 anos até aos cerca de 90. Geração que pergunta com toda a legitimidade o porquê desta escolha técnica dos “sábios”. Afinal que mal lhes fizeram os agora na velhice para andarem a receber reformas de miséria e a passarem as agruras de uma Pátria Madrasta a quem deram tudo de seu. Incluindo os imensos que até deram a vida e a juventude. Além dos que libertaram Portugal do salazarismo-fascista. Foi por isso? O que de profundo moveu tal "ideia" dos "sábios-técnicos"?

Disse o PR Marcelo que a ideia dos que excluíam os mais de 75 anos de idade da prioridade de serem vacinados era “uma ideia tonta”. Não. É uma ideia salazar-fascista, uma ideia nazi, antidemocrática, sem respeito pela vida dos portugueses mais idosos, conforme o modelo de “antigamente”, nos tempos do salazar-marcelismo.

Avancemos, com a lavra de ontem de Martim Silva. Fique com isso e com um bom dia desta manhã solarenga em Lisboa. E em algumas cidades e lugares do resto do país. 

PG

Temos vacina e prioridade aceitável?

Eis a resposta, no Expresso.

“Num ano de 2020 tão marcado pela pandemia que colocou as nossas vidas de pernas para o ar, a notícia da possível chegada de uma cura é de tal modo retemperadora e regeneradora que merece toda a atenção. Os desenvolvimentos em torno da chegada de uma vacina são seguidos com detalhe.

Na última sexta-feira, na edição semanal do Expresso, noticiámos como a Direcção Geral de Saúde tinha apresentado uma proposta que fazia com que os idosos ficassem em quinto lugar das prioridades na toma da vacina. As reacções negativas não se fizeram esperar, a começar pelo próprio primeiro-ministro.

A equipa liderada por Francisco Ramos, antigo secretário de Estado da Saúde, deve ter o plano pronto nos próximos dias. Mas os detalhes vão sendo conhecidos.

na última noite ficámos a saber que nesse documento os idosos já estão mais acima na lista das prioridades.

Cinco notas a reter:

-As primeiras doses podem estar disponíveis a partir de janeiro (Pfizer) e fevereiro (Moderna).

-A vacinação deverá ser gratuita, universal e, mesmo que não obrigatória, será organizada uma campanha de sensibilização (em Inglaterra por exemplo pondera-se usar estrelas do futebol como Rashford).

-Idosos, residentes e funcionários de lares deverão ser os primeiros com acesso às vacinas, seguindo-se os profissionais de saúde, segurança e proteção civil.

-No total, a Portugal deverão chegar 22 milhões de doses sendo que será o SNS a fazer a sua gestão e administração, inicialmente, em centros de saúde.

-As vacinas da Pfizer, Astrazeneca e Moderna, as que já estão a ser avaliadas pela EMA, exigem duas doses por pessoa, com um intervalo entre 3 a 4 semanas, enquanto a da Johnson&Johnson-Janssen só deveria precisar de uma toma.

Quanto aos últimos dados da covid 19, a boa notícia é que o centro europeu que acompanha a pandemia diz que os números devem baixar fortemente ao longo do próximo mês, em Portugal e noutros países. A menos boa é que para tal é necessário que as medidas restritivas se mantenham nos próximos tempos.

Aqui ficam os números da covid 19 em Portugal nas últimas 24 horas, que parecem dar conta de um decréscimo do número de infectados – o que pode confirmar a ideia que o pico da segunda vaga da pandemia já estará a ser ultrapassado.

Se olharmos para os números agregados da última semana, verificamos que foi particularmente negra no número de mortes. Isto apesar da tendência de descida no número de novos infetados.”

Texto parcial em Expresso Curto, por Martim Silva, em 30.11.2020

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