sexta-feira, 29 de maio de 2020

China | Duas reuniões fora do normal


David Chan* | Plataforma | opinião

Na passada quinta e sexta-feira tiveram lugar as «Duas Reuniões» da Assembleia Popular Nacional e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, adiadas devido à pandemia. Apesar das sessões terem sido mais curtas do que o normal, o conteúdo não deixou de atrair a atenção do resto do mundo, especialmente tendo em conta que abordou tópicos como a redação de uma lei de segurança nacional para Hong Kong e a omissão da palavra “paz” nos conteúdos relacionados com Taiwan. Existem duas grandes questões no que diz respeito à lei de segurança nacional para Hong Kong: a primeira, sendo a própria promulgação de uma lei como esta na cidade e, a segunda, dizendo respeito à criação de agências dos órgãos de segurança nacional na região. Uma coisa é ter uma lei, outra é ter um órgão que garante que esta lei é seguida. Uma é impossível sem a outra. Mesmo com a certeza de que a promulgação de uma lei de segurança nacional em Hong Kong irá receber a oposição britânica, dos EUA e de outros países ocidentais, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, afirma que os problemas de Hong Kong são assuntos internos chineses, e por isso qualquer interferência internacional nas questões da cidade é um convite à humilhação. 
"Este ano o relatório não viu mais expressões como “um país, dois sistemas” e “Consenso de 1992” usadas em referência à questão de Taiwan"
Já o comentário do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, na parte do relatório do Governo relacionada com a questão de Taiwan foi diferente do normal. A principal mudança foi na palavra “paz”, atraindo a atenção não só de Hong Kong, Macau e Taiwan, como de todos os chineses no mundo, muitos assumindo que tal significa que a China continental está a preparar-se para uma unificação com Taiwan. 

Este ano o relatório não viu mais expressões como “um país, dois sistemas” e “Consenso de 1992” usadas em referência à questão de Taiwan. A principal mensagem deste relatório é que a posição chinesa em relação ao Governo de Taiwan não mudou, e que a unificação das duas regiões é de alta importância para o grande rejuvenescimento do povo chinês. O conceito “um país, dois sistemas” é um componente essencial da proposta chinesa para Taiwan, e por isso no passado o líder chinês afirmou que, segundo esta estratégia, Taiwan não precisará de alterar a estrutura social e forma de vida, podendo até manter as forças militares. 

O Consenso de 1992, tendo por base diálogo e consulta entre as duas regiões, irá continuar a assumir um papel relevante na recuperação e desenvolvimento de relações entre a China continental e Taiwan no futuro. No entanto, com o Partido Democrático Progressista de Taiwan a recusar-se a reconhecer tal acordo, a comunicação segundo o mesmo deixa de ser uma prioridade, e a decisão de retirar este acordo da estratégia representa apenas uma abordagem mais pragmática do governo chinês. 

*Este artigo está disponível em: 简体中文 繁體中文

EUA | George Floyd foi executado em 9 minutos e depois nós


Isabel Moreira | Expresso | opinião

O ator Will Smith escreveu nas redes sociais isto: “racism is not getting worse, it's getting filmed”.

George Floyd, um homem negro de 46 anos, culpado de nada, resistindo a nada, foi algemado por dois polícias, imobilizado no chão e executado durante 9 longos minutos através de sufocação. Um dos polícias pisou-lhe o pescoço com o joelho em modo supremacia branca, indiferente às palavras que ouvimos em vídeo feito por cidadãos que assistem à morte em direto, às palavras de George, as que ficariam a ecoar no protesto: “por favor, não consigo respirar! Dói-me o estômago! Dói-me o pescoço! Dói-me tudo! Eles vão-me matar!”. George sabe que está rodeado de gente, é por isso que diz “eles”, pede ajuda, avisa, sabe do seu destino se nada for feito, sabe da história da sua comunidade, sabe que desta vez calhou-lhe. Morre. Executado. E escrevemos que era culpado de nada e que resistiu a nada, porque sabemos que há quem tente explorar possíveis atenuantes dos executores, quando na verdade não devíamos mencionar nada.

Depois o ator Will Smith escreveu aquilo e ficamos a pensar, nós que não somos negros, no peso dessas palavras. Ficamos a pensar em quem sabe o que é crescer num país cuja história repousa, toda ela, no racismo. Ficamos a pensar na impaciência furiosa de James Badwin, que é a mesma de todas as vítimas de racismo, lá e cá, cansado da expressão “leva tempo”, porque Baldwin não aceitava que tivesse de se reconciliar com o que quer que seja. Sabia da história do racismo, da luta antirracista, do tempo dos seus antepassados e do tempo da sua vida e perguntava, furioso: quanto mais tempo querem para o vosso progresso? É uma pergunta duríssima e nós merecemos levar com ela.

- Precisamos de mais quanto tempo para o nosso próprio progresso?

Não podemos ficar horrorizados com uma execução porque ela é filmada e fecharmos os olhos ao racismo estrutural que, com dimensões diferentes, persiste nos EUA e aqui, porque para George Floyd ser executado é preciso ser percorrido um longo caminho de racismo vitorioso, o tal caminho que começa nos degraus que temos de combater à primeira amostra de cimento.

Estamos em tempos de afirmação da igualdade. Estamos em tempos de combate. Os políticos prontos a explorarem o ódio aos negros, aos ciganos, aos imigrantes, às pessoas LGBTI estão aí e sabemos quem eles são. Escolham a vossa trincheira.

Orbán, na Hungria, representa o horror para todos e todas que prezam a democracia, a liberdade e os direitos humanos. É um ditador racista, homofóbico e xenófobo. Não perderia, claro, um minuto da sua vida com George Floyd.

Para o líder do CDS, o Partido que representava a direita democrática em Portugal, é “prematuro” avaliar Orbán. De resto, Francisco Rodrigues dos Santos, capaz de se juntar ao Chega, está preocupado com o “marxismo cultural”, aquele slogan nazi para derrubar a igualdade.

- Precisamos de mais quanto tempo para o nosso próprio progresso?

EUA | Polícia que asfixiou George Floyd foi detido e está acusado de homicídio


Polícia colocou o joelho em cima do pescoço de George Floyd e pressionou-o até o asfixiar

Foi detido o polícia que asfixiou George Floyd, anunciou esta sexta-feira o Departamento de Segurança Pública do Minnesota numa breve conferência de imprensa. Pouco depois,a procuradoria de Hennepin confirmou a detenção e anunciou que lhe é imputado o crime de homicídio.

“Nunca fizemos uma acusação com este espaço temporal e apenas podemos acusar alguém quando existem provas admissíveis suficientes para avançar sem uma dúvida razoável. A acusação foi feita o mais rapidamente que nos foi possível”, disse aos jornalistas Mike Freeman, procurador de Hennepin, citado pela CNN. “É de longe a acusação mais rápida contra um polícia que alguma vez fizemos.” Derek Chauvin está acusado dos crimes de homicídio em terceiro grau e homicídio involuntário.

Poucos minutos antes do 12h (18h em Portugal continental) desta sexta-feira, Derek Chauvin foi levado por agentes do departamento criminal daquele estado norte-americano, depois de ter sido identificado como o polícia que surge nas imagens com o joelho apoiado no pescoço de George Floyd enquanto este grita “não consigo respirar”.

As notícias da detenção surgem num momento em que as ruas da cidade de Minneapolis - onde Floyd foi detido e asfixiado, acabando por morrer pouco depois - se enchem de protestantes que pedem Justiça por George Floyd.

Já esta sexta-feira, o Governador do Minnesota apelou à calma dos manifestantes para que a “justiça possa ser reposta”. Na noite desta quinta-feira, além de confrontos entre polícia e manifestantes - e que resultou até na detenção de uma equipa de reportagem da CNN -, o caos instalou-se na cidade de Minneapolis, com lojas e carros incendiados, vidros partidos, portas arrombadas. Uma esquadra da polícia foi incendiada. O caos levou a que Donald Trump enviasse a Guarda Nacional dos EUA para o local.


George Floyd morreu esta semana depois de Derek Chauvin lhe ter pressionado o pescoço com o joelho durante vários minutos. “Não consigo respirar” foram das últimas palavras que Floyd disse. Repetidamente. Quer Chauvin como os restantes agentes que estavam no local naquele momento foram despedidos, embora permaneçam com uma licença administrativa remunerada.

Expresso

Imagem: Um mural de homenagem a George Floyd, perto do local onde este morreu enquanto era detido pela polícia // STEPHEN MATUREN/ GETTY IMAGES

EUA / NY | Andrew Cuomo não é nenhum herói


Cabem-lhe culpas pela catástrofe do coronavírus em Nova York

O governador do estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, é saudado pela sua intervenção face à pandemia do coronavírus. Tem boa imprensa. Não importa que a cidade de Nova Iorque seja a zona do mundo com maior número de mortos – em parte por sua responsabilidade - nem que antes e em plena crise tenha cortado apoios a serviços de saúde pública fundamentais. Para muitos norte-americanos, Cuomo brilha por contraste com Trump. Mas um olhar atento evidencia outra coisa: que no uni-partidismo bicéfalo EUA, republicanos e democratas estão bem uns para os outros.

Andrew Cuomo pode ser o político mais popular do país. Os seus índices de aprovação atingiram máximos sem precedentes graças à sua resposta ao Covid-19. Alguns democratas discutiram-no como possível substituto para Joe Biden, dada a perceptível fraqueza de Biden como candidato. E houve até alguns infelizes tributos ao dito sex-appeal de Cuomo.

Tudo isto é bizarro, porque Cuomo deveria ser uma das mais detestadas autoridades do momento nos EUA. O ProPublica divulgou recentemente um relatório descrevendo erros catastróficos de Cuomo e do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que resultaram provavelmente em muitos milhares de desnecessários casos de coronavírus. O ProPublica oferece alguns números assustadores, contrastando o que aconteceu em Nova York com o surto na Califórnia. Em meados de Maio, só a cidade de Nova York teve quase 20.000 mortes, enquanto em San Francisco havia apenas 35, e o estado de Nova York como um todo sofreu 10 vezes mais mortes que a Califórnia.

Os fracassos federais desempenharam um papel, é claro, mas essa tragédia deveu-se, em parte, a decisões do governador. Cuomo inicialmente “reagiu com escárnio à ideia de De Blasio de fechar a cidade de Nova York”, dizendo que “era perigoso” e “servia apenas para assustar as pessoas”. Disse que “a gripe sazonal é uma preocupação mais grave”. Um porta-voz de Cuomo “recusou-se a dizer se o governador já tinha alguma vez lido o plano de pandemia do estado”. Mais tarde, Cuomo culparia a imprensa, incluindo o New York Times por não terem dito: “Cuidado, há um vírus na China que pode já estar nos Estados Unidos?” embora o Times tenha escrito quase 500 textos sobre o vírus antes de o Estado ter agido. Especialistas disseram ao ProPublica que “se Nova York tivesse imposto as suas medidas de distanciamento social extremo uma ou duas semanas antes, o número de mortos poderia ter sido reduzido em metade ou mais ainda”.

Mas o atraso não foi o único erro. Prisioneiros idosos morreram de coronavírus porque Nova York não actuou face aos seus pedidos de liberdade condicional por razões médicas. Como o Business Insider documentou:

“A testagem foi lenta. As agências de serviço social sem fins lucrativos que atendem os mais vulneráveis ​​também não conseguiram obter respostas. E especialistas médicos como o ex-director do CDC, Tom Frieden, disseram que “tantas mortes poderiam ter sido evitadas” se Nova York tivesse emitido a sua ordem de ficar em casa apenas “dias antes” do que fez. Em 19 de Março, quando as escolas de Nova York estavam já fechadas, Cuomo disse: “de muitas maneiras, o medo é mais perigoso que o vírus”.

O governador falhou em assumir a responsabilidade pelos óbvios fracassos, constantemente culpando outros e, a certa altura, dizendo até que “não cabe aos governadores lidar com pandemias”. (Efectivamente, alguns governadores simplesmente não leem os planos de pandemia de seu estado.) Mas grande parte da imprensa ignorou isso, concentrando-se na apresentação estética de Cuomo: na sua postura durante as conferências de imprensa, as suas declarações dramáticas sobre “assumir a responsabilidade” (mesmo quando ele obviamente não o tinha feito) e o seu invisível bom aspecto.

Como George Soros se tornou um inimigo da extrema direita


Corresponsável pela ascensão de Viktor Orbán, o filantropo bilionário passou a ser o "vilão perfeito" a ser construído. Cruzada de difamação contra Soros ultrapassou fronteiras da Hungria e inspira violência terrorista.

Existem poucos países em que uma teoria da conspiração é razão de Estado. A Hungria é um deles. Há cerca de cinco anos o primeiro-ministro Viktor Orbán elegeu o bilionário americano George Soros como inimigo de Estado número um: o filantropo de origem húngara, de 89 anos, seria o mentor de uma conspiração em grande escala, com o suposto fim de derrubar o premiê húngaro, dissolver os Estados nacionais da Europa e substituir suas populações por migrantes.

Entre os supostos "mercenários" e "agentes" de Soros, segundo o governo húngaro, estariam organizações não governamentais, jornalistas e cientistas, mas também a União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas (ONU).

No momento a crise do coronavírus alimenta essa campanha de perseguição. Afirma-se que Soros estaria por trás da crítica internacional às medidas autoritárias de Budapeste no contexto da pandemia. Ele seria o "grão-mestre" dos "burocratas de Bruxelas", declarou Orbán em pessoa, numa edição recente de suas entrevistas semanais à estatal Kossuth Rádió.

Chega a ser irônico Orbán ter declarado guerra justamente ao homem que impulsionou decisivamente sua ascensão. Filho de judeus e sobrevivente do Holocausto na Hungria, George Soros primeiro se exilou em Londres após a tomada de poder pelos comunistas. Em 1956, emigrou para os Estados Unidos, onde fez fortuna com especulações financeiras.

Marcado tanto pelo horror nacionalista e comunista como pela filosofia de Karl Popper da "sociedade aberta", Soros fundou em 1984 a fundação Open Society. Desde então, ela tem apoiado por todo o mundo a democracia e os direitos de liberdade e humanos, até hoje com mais de 15 bilhões de dólares, segundo seus próprios dados.

Também o jovem Viktor Orbán e seu partido Fidesz (Liga dos Jovens Democratas) se beneficiaram do engajamento filantrópico do bilionário, que patrocinou com somas generosas a legenda originalmente radical-liberal. Soros lhes possibilitou publicar o próprio jornal, financiou cursos de idiomas e escritórios do partido. Mais tarde, numerosos membros do Fidesz receberam dele bolsas para estudar no Ocidente; Orbán foi para Oxford.

Quando, após o fim do regime comunista na Hungria, em 1989, os nacionalistas passaram a difamar Soros por seu apoio às forças liberais, o Fidesz defendeu o engajamento do filantropo contra tais "ataques infames".

Orbán e companhia saudaram entusiásticos a fundação da Universidade Centro-Europeia, cofinanciada por Soros, a qual em breve se tornou a mais prestigiosa instituição de ensino superior do país. Cerca de 30 anos mais tarde, o partido de Orbán, agora nacional-conservador e populista de direita, expulsaria justamente essa universidade da Hungria.

Portugal | Asas e penas


Miguel Guedes | Jornal de Notícias | opinião

A arte de ultrapassar obstáculos ocasionais pode inscrever-se num manual sem instruções, elevada a figura de estilo de um momento, misto de superação acidental ou esporádica. Há quem assegure que existe uma esperteza padrão, aparentada do desenrascanço, tipologia chico-esperto, uma espécie de paliativo para nódoas negras eventuais só ao alcance dos sobreviventes.

Mas lidar com o regresso à vida de uma comunidade pressupõe muito mais do que a vontade individual de regressar ou um conjunto de oportunidades de retoma em versão "low-cost".

A percepção de cada um de nós sobre as decisões que são para todos funda a dimensão do regresso à normalidade e acrescenta superação. É preciso confiança. Mas não nos podem pedir superação ou confiança quando se percebe a incapacidade de ler o mundo no primeiro instinto de quem decide. Ou então, pior ainda, indiferença ou premeditação.

A administração da TAP violou grosseiramente os mais elementares deveres de bom senso e de respeito pela coesão territorial. Não pode esperar, agora, ser capaz de convencer alguém de que ainda é capaz de ler a realidade com o mínimo de equilíbrio. O processo de "confinamento à inexistência" do Aeroporto Sá Carneiro, por mais que se pretenda desmanchar o enxoval, foi mais um triste episódio do deslumbre que alguns iluminados conseguem fazer casar com a sua irresponsabilidade.

Não fosse o levantamento de toda uma região e de uma parte do país que se quer uno, seríamos todos "lesados da TAP". Era mesmo verdade que se pretendiam manter mais de 70 rotas no aeroporto Humberto Delgado e apenas três com partida do Porto. O plano para eliminação de rotas existia e, apesar das denúncias públicas, foi anunciado sem qualquer vergonha ou timidez. Reafirmo que, sendo tudo tão obviamente desproporcional, disfuncional e assimétrico, tem que esconder uma agenda.

Um "mea culpa" sem asas de voo. Após ter tido a coragem de ignorar todas as denúncias e apelos para rever o seu plano de retoma de rotas, a TAP faz marcha atrás e assegura agora querer "viabilizar o maior número de oportunidades" no intuito de "adicionar e ajustar os planos de rota anunciados" sem esquecer "todos os aeroportos nacionais onde a TAP opera". Uma ladainha calcária que só a pressão poderá desfazer e tornar realidade. A administração da TAP que agora pretende vestir asas de cordeiro, foi a mesma TAP que - há 15 dias e em carta assinada pelo COO da empresa - sugeria aos seus pilotos para pedirem a transferência definitiva para a base de Lisboa. Como aqui escrevi recentemente, a TAP quis confinar o Norte. Sabemos agora que, não contente com isso e como parte do plano, sugeriu um teste de mobilidade geográfica aos seus pilotos para efeitos de uma "aplicação mais abrangente do conceito de senioridade". Como cantava Jorge Palma na abertura de "Asas e penas", "até mais não poder ser". Dúvidas houvesse...

O autor escreve segundo a antiga ortografia

Portugal | "Isto não é uma constipação. Jovens podem transmitir a pessoas de risco"


A Direção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde realizaram a já habitual conferência de imprensa relativa à evolução da pandemia de Covid-19 em Portugal.

Está prevista para a próxima segunda-feira, dia 1 de junho, a reabertura de centros comerciais por todo o país. A medida está a ser avaliada, esta sexta-feira, em Conselho de Ministros. Relativamente ao risco de contágio nessas unidades comerciais, Graça Freitas defende que está dependente "do comportamento" das pessoas e da "capacidade de supervisão". 

De acordo com a diretora-geral da Saúde, a decisão de reabrir os shoppings, sobretudo na região de Lisboa, compete ao Conselho de Ministros, que está reunido no Palácio Nacional da Ajuda. "Não sabemos qual vai ser a decisão. O risco depende do comportamento das pessoas", até porque, "mesmo com os centros comerciais encerrados, não se consegue evitar a concentração noutros espaços e até mesmo ao ar livre. A questão é a capacidade de supervisão de acesso e do comportamento de pessoas neste espaço", disse.

Neste sentido, a responsável deixou um apelo ao "comportamento cívico", recordando que em Lisboa "tem-se assistido a concentrações para além do que seria desejável".

A diretora-geral da Saúde fez ainda um balanço da evolução da pandemia de Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), detalhando que há 4.400 doentes ativos e que, até ao momento, 5.700 infetados já recuperaram e voltaram à vida normal. Quanto ao número de mortos, "o balanço à data é que, infelizmente, 346 pessoas morreram em Lisboa desde que começou a epidemia".

Com efeito, LVT apresenta uma "situação complexa porque tem diversas causas. Temos, de facto, surtos que se concentram em várias circunstâncias", nomeadamente "seis grandes obras que empregam cerca de 130 doentes, o que não quer dizer que estes tenham contraído todos a infeção na obra". Há ainda 340 casos da doença causada pelo novo coronavírus em empresas, destacando-se aqui o surto na Azambuja.

Há ainda, prosseguiu, "focos relacionados com lares e bairros". Portanto, "a situação é multivariada, há casos isolados, há casos em ambiente familiar e surtos associados a infraestruturas, como lares, construção, empresas e bairros".
"As pessoas jovens de facto têm tendência a ter doença ligeira, mas isto não é uma constipação. Não se esqueçam que, se passarem por Covid-19, podem transmitir a pessoas de risco. Vão perpetuar a transmissão (Graça Freitas)"
Perante os casos de Covid-19 na população mais jovem que têm sido divulgados, Graça Freitas realçou que "há uma tendência para aliviar o comportamento. A única forma de evitar o contágio é evitar contacto contacto físico e aglomerados", sendo aqui de salientar a importância do uso das máscaras como medida adicional de prevenção.

"As pessoas jovens de facto têm tendência a ter doença ligeira, mas isto não é uma constipação. Não se esqueçam que, se passarem por Covid-19, podem transmitir a pessoas de risco. Vão perpetuar a transmissão". A responsável deixou assim um apelo à população jovem, para que "altere o seu comportamento", impedindo a "cadeia de transmissão onde pode ser apanhado um idoso ou um doente". 

SNS e o reforço de "cerca de três mil profissionais"

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi reforçado com cerca de três mil profissionais, entre os quais 125 médicos e mais de 900 enfermeiros, devido à pandemia da covid-19, revelou o secretário de Estado da Saúde.

"Foram contratados no âmbito ao combate à Covid-19 cerca de 3 mil profissionais de saúde (...). Estamos mais capacitados, mais preparados, com maior resposta no SNS quer para atividade Covid, quer para atividade não Covid. Temos de continuar este caminho, vamos com certeza continuar a percorre-lo", disse António Lacerda Sales.

Dificuldade de agendamento de consultas?

Sobre as dificuldades que têm sido relatadas no agendamento de consultas, agora que foi retomada a atividade assistencial, o governante reforçou que o Ministério da Saúde tem "apelado e continua a apelar para que as pessoas não tenham medo" de frequentar unidades de saúde, já que "os circuitos são seguros. Estão reunidas as condições de segurança".

Lacerda Sales vincou ainda que, "de acordo com aquilo que é o nosso sistema organizacional de capilaridade entre espaços de saúde, estamos a fazer recuperação" da atividade através de diversas formas, entre as quais a deslocação de equipas ao domicílio.

Têm ainda sido realizadas "consultas hospitalares de forma descentralizada, sem prejuízo dos planos locais ou regionais da retoma da atividade”, enfatizou.

Questionada sobre a utilização de praias fluviais, a diretora-geral da saúde revela que os princípios impostos para as praias de mar e piscinas ao ar livre se aplicam a todos os outros tipos de praias. 

Notícias ao Minuto

Covid-19. Há mais 14 mortos e 350 novos casos em Portugal


A Direção-Geral da Saúde partilhou o novo balanço epidemiológico de evolução da Covid-19 em Portugal.

Portugal regista, esta sexta-feira, 31.946 infetados pelo novo coronavírus (mais 350 que no dia anterior, um aumento de 1,11%). Já quanto ao número de óbitos, indica o boletim epidemiológico que há mais 14 mortos em 24 horas, o que perfaz um total de 1.383 e traduz uma taxa de variação de 1,02%.

O novo balanço das autoridades de saúde cifra o número total  de recuperados nos 18.911, mais 274 do que ontem.

Em relação aos casos que inspiram mais cuidados, há 529 pessoas internadas, das quais 66 estão em Unidades de Cuidados Intensivos.

Quanto à distribuição geográfica, o Norte continua a ser o mais flagelado pela pandemia, com 16.725 casos e 769 óbitos confirmados. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com 10.643 infeções e 346 óbitos.

Depois, o Centro surge com 3.728 pessoas infetadas e 237 vítimas mortais. Já no Algarve contam-se 366 casos e 15 óbitos. Por fim, no Alentejo, há registo de 259 pessoas com Covid-19 e uma vítima mortal.

Quanto às Regiões Autónomas, os Açores têm 135 casos registados e 15 óbitos. Na Madeira, contam-se 90 casos de infetados.

Desde 1 de janeiro de 2020, Portugal já registou um total de 321.290 casos suspeitos, sendo que as autoridades de saúde mantêm contactos de vigilância a 27.917 pessoas.

Estes números são divulgados no dia em que o Conselho de Ministros se reúne para avaliar as medidas da segunda fase de desconfinamento e tomar decisões relativamente à terceira fase, que prevê a reabertura do pré-escolar, dos cinemas, teatros e salas de espetáculo.

Notícias ao Minuto | Imagem: © Getty Images

Brasil | COMO VAI A QUEDA, CAPITÃO?


No dia em que pesquisa revelou rejeição recorde, ele voltou a xingar os adversários e fez manobra vulgar para seduzir Produrador-geral. Leia também: os números que demonstram a insanidade de relaxar a quarentena.

Maíra Mathias e Raquel Torres | Outras Palavras | Imagem: Aroeira

PERTO DA RUÍNA

Se o objetivo de Jair Bolsonaro ao elevar à enésima potência a caricatura que sempre foi  - os gritos, as frases de efeito, as ameaças, a escatologia, os ‘e daí?’, o discurso de que é perseguido, o cantar de galo diário junto à sua mirrada claque no Palácio da Alvorada – é manter seu um terço de apoio entre a população, então até agora a estratégia parece funcionar. Mas, fora dessa bolha, tudo está ruindo de forma acelerada. Segundo a última pesquisa do Datafolha, publicada ontem com dados de segunda e terça-feira, pela primeira vez a maior parte da população considera Bolsonaro incapaz de governar o país. São 52% dos entrevistados, contra 44% no início de abril. Para 43% dos brasileiros o governo é ruim ou péssimo, o que é um recorde: antes, o maior índice tinha sido de 38%, um mês atrás.

Quando se trata da atuação do presidente na pandemia, 50% a consideram ruim ou péssima, uma diferença de cinco pontos percentuais em relação ao dia 27 de abril, e 17 em relação a março. Fora isso, 53% das pessoas acham que o presidente é de alguma forma (muito ou pouco) responsável  pela curva de infecção. A aprovação ao Ministério da Saúde, que atingiu seu ponto máximo (76%) no começo de abril, quando o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta se opunha a Bolsonaro, caiu drasticamente. Com Nelson Teich, foi a 55%. Com o general Eduardo Pazuello, é de 45%.

Parece que um grande divisor na avaliação é o grau de adesão dos entrevistados ao isolamento social: 42% dos que dizem viver normalmente acham o presidente ótimo ou bom, enquanto só 16% dos que estão confinados concordam com isso.

Mas a derrocada não se deve só ao coronavírus, com as quase 30 mil mortes no Brasil e a crise econômica brutal que acompanha a pandemia. O vídeo da famosa reunião ministerial de 22 de abril teve seu impacto e, entre os que assistiram, o percentual dos que apontam a inadequação do presidente é 17 pontos maior do que nos outros.

Apesar de tudo, Bolsonaro continuaconseguindo ser bem avaliado por um terço da população, o que é uma constante desde o início do seu governo. Com esse, apoio é difícil que se inicie um processo de impeachment, como ressalta a professora de ciência política da USP Maria Hermínia Tavares, no Nexo. Mas a composição desse grupo, cujo percentual está hoje em exatos 33%, está longe de ser estanque. Algo que já tinha sido observado em levantamentos anteriores é a perda de confiança por parte dos mais ricos e escolarizados. A reprovação subiu dez pontos entre os que têm nível superior e seis entre os que recebem mais de cinco salários mínimos. Hoje, entre quem ganha mais de dez salários, 62% acham o presidente ruim ou péssimo. Entre os mais instruídos, 57%.

Alessandro Janoni, diretor de pesquisas do Datafolha, e Mauro Paulino, diretor-geral, apontam que o núcleo duro do bolsonarismo é, na verdade, formado por apenas 16% da população. Nesse ‘bolsonarismo raiz’ estão aquelas pessoas que confiam em absolutamente tudo o que o presidente fala e sempre o avaliam como ótimo ou bom (e provavelmente acham essas pesquisas de opinião uma bobagem…). Em sua maioria, são homens, brancos e com renda superior a dois salários mínimos, e há duas vezes mais empresários nesse estrato do que no resto da sociedade.

O resto da aprovação é mais volátil. Dos 33 pontos que Bolsonaro tem agora,11 vieram de estratos que não votaram nele e, nesse grupo, a maioria entrou com o pedido de auxílio emergencial de R$ 600. “A taxa de reprovação ao presidente nesse estrato é inferior em seis pontos percentuais à verificada entre os que não pediram o auxílio, mas o segmento está longe de ser fiel a Bolsonaro – são os que mais se dividem quanto ao impeachment e à renúncia do presidente”, escrevem Janoni e Paulino.

Daí que a possível redução ou retirada do auxílio emergencial nos próximos meses vai ter impacto não só sobre a renda e a vida das pessoas mas também, com certeza, na popularidade do governo, no futuro de Bolsonaro como presidente e, consequentemente, na estabilidade política.

Em tempo: não é só ao seu núcleo duro que Jair Bolsonaro tenta se segurar. Como temos visto diariamente, o loteamento de cargos para o Centrão tem um papel fundamental nisso. Ontem o presidente reconheceu que tem feito as negociações, minimizando o fato. “Eles (parlamentares) se sentem prestigiados, porque na ponta da linha ter indicado para terceiro ou quarto escalão é bom (…) Agora, acusação vem aí, Centrão, fisiologismo… (…) Muitas vezes o parlamentar quer dizer que é dono da obra, mas nada além disso. A intenção não é fazer besteira, se fizer paga o preço. Qualquer pessoa indicada passa por sistemas de informação nosso, a gente pesquisa a vida pregressa dessa pessoa. Se tem condições de exercer o cargo, vai exercer, sem problema nenhum. Se tinha algum mistério, está desfeito”, disse, em transmissão ao vivo em suas redes sociais. Ele ainda justificou que as conversas com o Centrão são necessárias para “derrotar” o PT nos estados.

Covid-19 | Mais de 26 mil novos casos e 1.156 mortos em 24 horas no Brasil


O Brasil registou nas últimas 24 horas 1.156 mortos e 26.417 novos infetados pelo novo coronavírus, sendo o terceiro dia consecutivo em que o país regista mais de mil óbitos, informou na quinta-feira o executivo.

Segundo o Ministério da Saúde, está ainda a ser investigada a eventual relação de 4.211 óbitos com a covid-19.

O país sul-americano totaliza agora 26.754 vítimas mortais e 438.238 casos confirmados desde o início da pandemia, registada oficialmente no país no final de fevereiro.

Na quinta-feira, o Brasil registou também o maior número diário de infetados de sempre pelo novo coronavírus (26.417).

De acordo com a tutela da Saúde, o país já registou a recuperação de 177.604 pacientes infetados e 233.880 continuam sob acompanhamento.

São Paulo continua a liderar a lista dos estados com o maior número de casos, concentrando 6.980 óbitos e 95.865 pessoas diagnosticadas com covid-19.

Segue-se o Rio de Janeiro, que conta oficialmente com 4.856 mortos e 44.886 casos confirmados.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 357 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Lusa

Leia em Notícias ao Minuto: 

Marinha da Venezuela acompanha chegada de 4º petroleiro iraniano


Faxon, o quarto petroleiro iraniano, chegou à refinaria de Guaraguao, no estado venezuelano de Anzoátegui, na noite de quinta-feira (28), acompanhado por navios da Armada da Venezuela.

A Marinha venezuelana informa em declaração no Twitter que seu navio-patrulha acompanhou o petroleiro iraniano ao seu destino.

​O 4º navio-tanque procedente do Irão, Faxon, carregado com gasolina, dignidade, solidariedade e fraternidade para o povo soberano, chegou com êxito à costa leste e foi escoltado até ao Complexo de Refino do Guaraguao

Com imagens nas redes sociais textos curtos referem-se à solidariedade iraniana:

- 28 de maio; O navio-patrulha oceânico AB. GUAIQUERI PO-11 completa com sucesso a missão confiada para acompanhar o navio mercante iraniano Faxon até porto seguro!

- Atenção; Zona de Defesa do estado de Anzoategui. O 4º navio petroleiro, Faxon, da República Islâmica do Irão, carregado de gasolina, dignidade e solidariedade, foi escoltado por nossa FANB (Força Armada Nacional Bolivariana) com sucesso total até à costa leste, até ao Complexo de Refino do Guaraguao

Na última semana, quatro navios-tanque chegaram ao país bolivariano com uma carga total de quase 1,2 milhão de barris de combustível, restando apenas a chegada do petroleiro Clavel, informou o El Nacional.

No total, cinco navios-tanque do Irã devem chegar ao país latino-americano.

Sputnik | Imagem: © Reuters / Palácio de Miraflores/Handout

Covid-19: EUA com 1.297 mortos nas últimas 24 horas


Os Estados Unidos registaram 1.297 mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 101.573 o total de óbitos no país desde o início da epidemia, indicou um balanço da Universidade Johns Hopkins.

O país contabilizou mais de 22 mil novas infeções nas últimas 24 horas, de acordo com os números contabilizados pela universidade norte-americana, sediada em Baltimore (leste), até às 20:30 de quinta-feira (01:30 de hoje em Lisboa).

Os Estados Unidos contam mais de 1,7 milhões de casos confirmados, desde final de fevereiro, altura em que se registou a primeira morte no país.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 357 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de 2,6 milhões, contra mais de dois milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 153 mil, contra mais de 175 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Lusa

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ONU apela aos EUA para fim de "mortes" de afro-americanos pela polícia


A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, condenou hoje a morte de um negro durante uma detenção nos Estados Unidos e apelou às autoridades para adotarem "medidas sérias" para pôr termo a estas "mortes" de afro-americanos.

"Esta foi a última de uma longa série de mortes de afro-americanos não armados cometidas por polícias americanos e auto-justiceiros (...). As autoridades americanas devem tomar medidas sérias para pôr termo a estas mortes e assegurar que seja feita justiça quando ocorrem", indicou Michele Bachelet em comunicado.

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu na noite de segunda-feira em Minneapolis após uma intervenção policial violenta e cujas imagens se tornaram virais.
Os quatro polícias envolvidos foram despedidos e as autoridades locais e federais estão a investigar o incidente, mas ainda não foi emitido qualquer indiciamento.

"Estou consternada por ter de acrescentar o nome de George Floyd aos de Breonna Taylor, Eric Garner, Michael Brown e muitos outros afro-americanos não armados que ao longos dos anos têm sido mortos às mãos da polícia -- assim como pessoas como Ahmaud Arbery e Trayvon Martin que foram mortos por auto-justiceiros", indicou Bachelet.

Ao condenar esta "morte", apelou às autoridades norte-americanas para terminarem com estes casos recorrentes.

"Os processos devem mudar, devem ser estabelecidos sistemas de prevenção, e acima de tudo, os polícias que recorrem ao uso excessivo da força devem ser indiciados e condenados pelos crimes cometidos", acrescentou.

Por sua vez, "o envolvimento da discriminação racial (...) nestas mortes deve ser examinada de forma aprofundada, e tratada de forma correspondente", sublinhou.

EUA | George Floyd. Manifestantes incendeiam esquadra em protesto contra morte


Manifestantes indignados com a morte de George Floyd, um afro-americano que morreu sob custódia policial, invadiram uma esquadra da polícia em Minneapolis e incendiaram o local, disseram as forças de segurança.

Um porta-voz da polícia daquela cidade do estado de Minnesota confirmou que a terceira esquadra, situada perto do local onde Floyd morreu, foi evacuada "no interesse da segurança do pessoal". O incidente deu-se pouco depois das 22:00 de quinta-feira (05:00 de hoje em Lisboa).

Num vídeo divulgado online, um grupo de pessoas entra no edifício, fazendo disparar os alarmes de incêndio e os aspersores usados no combate às chamas.

A cidade do estado do Minnesota registou ainda três dezenas de incêndios noutros locais e o saque de várias lojas, a maioria perto do local onde Floyd morreu. Num centro comercial em frente à terceira esquadra, as montras de quase todas as lojas foram estilhaçadas, com manifestantes a atirarem manequins de uma loja saqueada para dentro de um automóvel em chamas, em cenas de violência que se multiplicaram noutras partes da cidade.

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