Polícia colocou o joelho em cima
do pescoço de George Floyd e pressionou-o até o asfixiar
Foi detido o polícia que asfixiou
George Floyd, anunciou esta sexta-feira o Departamento de Segurança Pública do
Minnesota numa breve conferência de imprensa. Pouco depois,a procuradoria de
Hennepin confirmou a detenção e anunciou que lhe é imputado o crime de
homicídio.
“Nunca fizemos uma acusação com
este espaço temporal e apenas podemos acusar alguém quando existem provas
admissíveis suficientes para avançar sem uma dúvida razoável. A acusação foi
feita o mais rapidamente que nos foi possível”, disse aos jornalistas Mike
Freeman, procurador de Hennepin, citado pela CNN. “É de longe a acusação mais
rápida contra um polícia que alguma vez fizemos.” Derek Chauvin está acusado
dos crimes de homicídio em terceiro grau e homicídio involuntário.
Poucos minutos antes do 12h (18h
em Portugal continental) desta sexta-feira, Derek Chauvin foi levado por
agentes do departamento criminal daquele estado norte-americano, depois de ter
sido identificado como o polícia que surge nas imagens com o joelho apoiado no
pescoço de George Floyd enquanto este grita “não consigo respirar”.
As notícias da detenção surgem
num momento em que as ruas da cidade de Minneapolis - onde Floyd foi detido e
asfixiado, acabando por morrer pouco depois - se enchem de protestantes que
pedem Justiça por George Floyd.
Já esta sexta-feira, o Governador
do Minnesota apelou à calma dos manifestantes para que a “justiça possa ser
reposta”. Na noite desta quinta-feira, além de confrontos entre polícia e
manifestantes - e que resultou até na detenção de uma equipa de reportagem da
CNN -, o caos instalou-se na cidade de Minneapolis, com lojas e carros
incendiados, vidros partidos, portas arrombadas. Uma esquadra da polícia foi
incendiada. O caos levou a que Donald Trump enviasse a Guarda Nacional dos EUA para
o local.
George Floyd morreu esta semana
depois de Derek Chauvin lhe ter pressionado o pescoço com o joelho durante
vários minutos. “Não consigo respirar” foram das últimas palavras que Floyd
disse. Repetidamente. Quer Chauvin como os restantes agentes que estavam no
local naquele momento foram despedidos, embora permaneçam com uma licença
administrativa remunerada.
Expresso
Imagem: Um mural de homenagem a
George Floyd, perto do local onde este morreu enquanto era detido pela polícia
// STEPHEN MATUREN/ GETTY IMAGES
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