sábado, 10 de outubro de 2020

Meios de Comunicação de Massa: As fábricas do medo

Níkolas Stolpkin [*]

"Aqueles que nos governam moldam nossas mentes, definem nossos gostos e sugerem nossas ideias são em grande medida pessoas das quais nunca ouvimos falar". - Edward Bernays

O que nos poderia fazer pensar que agora (com a pandemia) o papel dos Grandes Media poderia ser diferente?

Não pode haver engano. O papel manipulador dos Meios de Comunicação de Massa (MCM) continua a ser o mesmo. E de forma alguma poderia ser diferente com a actual "pandemia".

Nunca deveríamos esquecer que os MCM são extensões naturais dos grandes interesses económicos, pelo que tudo o que ali se diz é preciso sempre vê-lo com alguma distância ou desconfiança. E, mais ainda, quando uma boa parte do que vemos é propaganda, verdadeiro "braço executor das elites económicas.

Tal como definiu o publicista e jornalista Edward Bernays, no princípio do século XX: "A propaganda é o mecanismo pelo qual se disseminam as ideias em grande escala, no sentido amplo de um projecto organizado para estender uma crença ou uma doutrina em particular".

"A propaganda moderna é a tentativa consequente e duradoura de criar ou dar forma aos acontecimentos com o objectivo de influir sobre as relações do público com uma empresa, ideia ou grupo".

Hoje | Portugal com 5 mortes e recorde de casos de covid-19, mais 1646

Portugal regista, este sábado, mais 1 646 casos de infeção por covid-19, acrescentando, ainda cinco vítimas mortais ao balanço da doença.

Portugal somou mais de mil casos de covid-19 pelo terceiro dia consecutivo. Depois dos 1278 de quinta-feira e dos 1394 de sexta-feira, este sábado foram contabilizadas mais 1 646 infeções.

Ao somar 1 646 infeções, o pior registo de sempre, o país contabiliza 85 574 infeções por coronavírus desde 2 de março, quando a doença foi oficialmente identificada em Portugal.

O Norte volta a ocupar o topo dos contágios com 920 casos, seguido de Lisboa com mais 546, o Centro tem 155, o Alentejo e o Algarve registam mais oito casos, a Madeira tem mais sete e os Açores mais dois doentes.

Segundo o boletim diário da DGS, divulgado este sábado, foram associadas mais cinco mortes à covid-19, para um acumulado nacional de 2067. Dois óbitos foram registados no Norte, outros dois em Lisboa e Vale do Tejo e um no Algarve.

As vítimas mortais são três mulheres, duas com mais de 80 anos e uma com idade entre os 70 e os 79 anos, e dois homens, um com mais de 80 anos e um com idade entre os 50 e os 59 anos.

Nas últimas 24 horas, há mais 1002 casos ativos, perfazendo um total de 30 704 doentes com covid-19. Mais 20 pessoas estão internadas nos hospitais portugueses (831 no total) e menos três doentes estão nos cuidados intensivos (122 no total).

Jornal de Notícias

IMAGEM DO DIA | “Morrerem tantos idosos devido a covid-19 dá jeito ao SNS”


“O número de mortes no lar de idosos da Santa Casa da Misericórdia de Bragança aumentou, este sábado, para oito, depois de dois utentes não terem resistido, nas últimas horas, à Covid-19. De acordo com a TVI24, o número de infetados na instituição da cidade transmontana também subiu para 141.” - em Notícias ao Minuto

As antecâmaras da morte, os lares de idosos, continuam com fornecimento abundante à ceifa da morte. Estima-se em 70 por cento das vítimas de covid-19 os que com mais idade nos têm deixado desta má vida de sobrevivência e subserviência aos poderes instituídos. O “alívio” nas pensões/reformas e de despesas nos cuidados médicos implícitos refletem-se no futuro em muitos milhões por ano de poupança.

Por se chegar a esta macabra conclusão é que os mais alerta ou menos bem informados propalam que não tem sido por acaso que os cuidados em isolar os idosos, em lares e não só, em não se dispensar um isolamento adequado e criterioso que os proteja de contaminações, não têm sido devidamente efetivos. Diz-se: “morrerem tantos idosos devido a covid-19 dá jeito ao SNS”.

Este será o verso da imagem, no reverso o adequado é “vozes de burro não chegam ao céu”. 

Teorias da conspiração. Pois.

PG

ULTIMA HORA

Mais três mortos em lar de Bragança. São já 11 as vítimas mortais

Em 24 horas, morreram cinco utentes

Nas ultimas 24 horas morreram mais cinco utentes do Lar da Misericórdia de Bragança, vítimas de Covid-19, avança a SIC Notícias este sábado. Somam-se assim 11 óbitos na instituição transmontana. - em Notícias ao Minuto

Portugal | Parlamento rejeita 850 euros de salário mínimo

Durante a discussão da proposta do PCP, esta quinta-feira, na Assembleia da República percebeu-se a falta de vontade do PS e dos partidos à direita de valorizar o salário mínimo nacional (SMN).

Os comunistas advogam que o aumento geral dos salários é «uma emergência nacional» e que, no caso do SMN, o seu aumento é «imperioso» por uma questão de justiça social e de carácter económico, já que, tal como se confirmou na anterior legislatura, «assume especial importância no aumento do poder de compra, na dinamização da economia e do mercado interno».

Ontem, durante a apresentação do projecto de resolução, a deputada comunista, Diana Ferreira, realçava que os trabalhadores que levam para casa o salário mínimo nacional (635 euros) «não vivem, sobrevivem», mesmo apesar de muitos deles trabalharem em sectores fundamentais, que «receberam aplausos nesta pandemia». 

A este respeito, o diploma recorda o último Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em 2018, onde se apurou que, em 2017, cerca de 17,3% das pessoas estavam em risco de pobreza, não sendo o seu rendimento mensal suficiente para cobrir as despesas básicas familiares. Daí concluindo que os baixos salários, e em particular o valor do SMN, «constitui uma das principais causas de pobreza».

Portugal | Embaraços nas presidenciais

Carvalho da Silva | Jornal de Notícias | opinião

Talvez nunca, como nas próximas eleições presidenciais, tenha havido um tão grande número de eleitores embaraçados, face à dimensão de imbróglios que é preciso deslindar até ao momento do voto.

Em grande medida, da Direita à Esquerda, as eleitoras e eleitores deste país, porventura a maioria, tenderá a votar mais para evitar o que considera ser o pior cenário do que para conseguir resultados verdadeiramente desejados. Exclui-se desta interpretação a clientela da banda extrema da Direita. Esta terá no ódio à democracia, na raiva acumulada, na fuga para o campo do contra tudo e contra todos e no desgosto pela "moleza" da Direita tradicional, as motivações para se mobilizar.

Vivemos uma situação de "crise", palavra que significa, como diz Luciano Manicardi, "tempos maus", tendencialmente de "maldades difusas", e vamos eleger o mais alto magistrado da nação. O presidente da República e o exercício da presidência - que depende da sua personalidade, dos valores e compromissos que assumir e, ainda, da interpretação que fizer da Constituição da República (CR) - são muito relevantes no nosso regime democrático. O contexto é, pois, bem difícil e desafia-nos a observar, atentamente, as tendências que se desenham.

À Direita haverá eleitores a votar em Marcelo Rebelo de Sousa apesar de um certo desgosto pela "complacência com a governação à Esquerda", tecla que os partidos desta área têm empolado para justificarem as suas incapacidades. Marcelo receberá votos vindos do Centro e da Esquerda em resultado do convite que António Costa e outros altos responsáveis do PS andam a fazer aos portugueses nesse sentido. Contudo, quem desta área tomar tal opção, fá-lo-á com justificada desconfiança, pois sabe que aquela pretensa complacência com a governação de Esquerda tenderá a dar lugar a conspiração ativa contra ela. Marcelo devia, mas não está em condições de fazer um forte combate à extrema-direita. Os seus objetivos são, sem surpresa, reduzir danos na área ideológica e partidária a que pertence e protegê-la, o mais possível, numa hipotética caminhada para o poder.

No espaço do PS há outros embaraços em torno da candidatura de Ana Gomes. Espera-se que ainda possam ser ultrapassados. Muitos dos seus potenciais eleitores estão receosos perante algumas contradições e apelos com excesso de ambiguidade, por exemplo, entre o legítimo imperativo do combate à corrupção e o perigo de politização da justiça. E, ainda, perante vazios de substância em questões fulcrais, como são a dignidade, a valorização concreta do trabalho e da qualidade do emprego.

Mais à Esquerda, as candidaturas de Marisa Matias (BE) e de João Ferreira (PCP) estão debaixo de uma campanha que tenta inculcar na cabeça dos seus potenciais eleitores a ideia redutora de que os seus objetivos são mera marcação de terreno partidário. É preciso desmontar tal lamentação. Estas candidaturas apresentam-se a mobilizar os eleitorados específicos mas não estão restringidas a esses espaços, e trazem para debate temas importantes e ideias claras sobre o papel do presidente, o funcionamento da instituição e os seus compromissos com a Constituição da República.

É difícil, mas não impossível, reafirmar, nestas presidenciais, a maioria social e política do país, que pertence e pode continuar a pertencer à Esquerda.

*Investigador e professor universitário

Ativistas acusam segurança do Presidente Sissoco de rapto e agressões

GUINÉ-BISSAU

Dois ativistas raptados e espancados na segunda-feira (05.10) imputam as agressões a um dos seguranças do Presidente da República da Guiné-Bissau. Os atos de violência terão ocorrido no interior do Palácio Presidencial.

Os ativistas políticos Carlos Sambú e Queba Sané denunciaram esta sexta-feira (09.05), em conferência de imprensa, que foram levados para o Palácio da Presidência da República por um dos seguranças do Presidente Umaro Sissoco Emabló, onde foram "selvaticamente espancados".

"Levaram-nos para o Palácio da República, ou melhor, o Tcherno (Bari - um dos seguranças do presidente da república] levou-nos. À espera, estavam um grupo de cinco a oito pessoas, supostamente do batalhão da Presidência", começou por contar Carlos Sambú, uma das vítimas. "Tinham fios [nas mãos] e mandaram-nos deitar no chão. Foram mais de 30 minutos de chicotadas. Eu levei 56 chicotadas, mas não chorei e achavam que eu tinha morrido", relata.

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Augusto Mário da Silva, considera grave a denúncia dos ativistas. "Nunca (...) a Presidência da República, o Palácio da República, foi utilizado para, efetivamente, torturar as pessoas. Esta é a primeira vez que eu estou a ser confrontado com uma denúncia de tamanha gravidade", diz.

Guiné-Bissau | Visita oficial de Sissoco Embaló a Lisboa

Entre aplausos e apupos, Sissoco Embaló foi a Lisboa dizer que conta com Portugal para o futuro

O Presidente da Guiné-Bissau iniciou esta quinta-feira (08.10) a sua primeira viagem oficial a Portugal com o intuito de iniciar uma parceria estratégica com o país. Analista considera visita a Lisboa "jogo político".

Umaro Sissoco Embaló chegou na quarta-feira (07.10) a Lisboa para a sua primeira visita oficial enquanto chefe de Estado guineense. Fá-lo num contexto de crise por causa do novo coronavírus, mas com o intuito de promover uma parceria estratégica mais ativa com Portugal.

Segundo o Presidente guineense, a Guiné-Bissau conta com o apoio de Portugal em todos os domínios, deixando para trás os períodos de crises cíclicas. "Nós desejamos construir com Portugal uma parceria especial e estratégica, cujos pilares pretendemos que fiquem definidos nesta visita. Sei que a ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, [Suzi Carla Barbosa], já teve um encontro com o seu homólogo português, o ministro do Estado dos Negócios Estrangeiros [Augusto Santos Silva]", referiu.

Umaro Sissoco Embaló reforçou junto do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o seu desejo em trabalhar com Portugal para a consolidação do Estado guineense. Para além de anunciar reformas profundas da administração pública, disse: "Vou falar com os empresários portugueses. A crise [política] na Guiné-Bissau ficou para trás. Há uma nova Guiné-Bissau. Convido os portugueses [no sentido] de incentivar essa parceria entre a Guiné-Bissau e Portugal", afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa assegurou a disponibilidade de Portugal em apoiar a Guiné-Bissau em todos os domínios, no plano bilateral e multilateral, apesar da atual conjuntura determinada pela pandemia da Covid-19. "Mas além da cooperação no domínio da saúde, que já se traduziu em julho e agosto numa presença portuguesa no país irmão da Guiné-Bissau, o que é facto é que há no domínio da cooperação linguística, educativa, cultural, económica, empresarial e social um mundo de iniciativas a desenvolver", sublinhou.

Movimento exige referendo sobre independência de Cabinda

O Movimento Independentista de Cabinda (MIC) pede um referendo à desanexação do enclave angolano face à escalada de tensão na região. Governo em Luanda não abre mão de Cabinda, um território rico em recursos naturais. 

A situação é tensa no enclave de Cabinda que continua a ser palco de conflitos armados entre forças do Governo e movimentos independentistas. O Executivo em Luanda insiste em descrever a província como um território em paz efetiva, mas Carlos Vemba, presidente do Movimento Independentista de Cabinda (MIC), tem outra opinião.

"É claro que Cabinda é um território em guerra. Para quem vai do Cacongo ao norte de Cabinda, [sabe] que há ataques uma vez ou outra... Já não é em grande escala como há dez ou 15 anos, mas tem havido ataques onde muitos efetivos das Forças Armadas de Angola (FAA) têm sucumbido", adverte. "Cabinda vive uma instabilidade", reitera o presidente do MIC. "Cabinda se vivesse uma estabilidade política, o Governo angolano não ousaria em enviar tropas", comenta.

Carlos Vemba acusa as tropas angolanas de invadirem campos de refugiados na República Democrática do Congo (RDC), junto à fronteira com Cabinda, e de matarem à queima roupa alguns civis. "Isto já demonstra que o território não goza de paz. Cabinda é um território sob fogo cruzado", garante.

Carlos Rosado de Carvalho barrado novamente em televisão angolana

O jornalista e economista Carlos Rosado de Carvalho voltou a ser barrado numa estação de televisão angolana, desta vez na Palanca TV, quatro dias depois de ter sido impedido de abordar o caso Edeltrudes Costa.

Nas suas contas de Facebook e do Twitter, o jornalista e economista anunciou que foi  impedido de participar num debate sobre "O ambiente de negócios em Angola", com os empresários Jorge Batista e Bartolomeu Dias, às 21:00 desta quarta-feira (07.10), para o qual tinha sido convidado.

"Fazer o quê?", escreveu Carlos Rosado de Carvalho num 'post' acompanhado pelas fotografias dos convidados, onde a sua cara aparece traçada com um "x" e a legenda "Carlos Rosado de Carvalho not".

Questionado pela Lusa, o jornalista afirmou ter sido avisado em cima da hora pela produção do programa de que "já não poderia participar", sem mais explicações.

A Palanca TV era um órgão privado ligado ao antigo ministro da Comunicação Social do ex-Presidente José Eduardo dos Santos que ficou sob controlo do Estado angolano.

Carlos Rosado de Carvalho acusou recentemente a TV Zimbo, outro órgão privado que passou para o Estado angolano, de censurar a sua participação na rubrica "Direto ao Ponto" onde pretendia abordar, no sábado (03.10) passado, as alegações relacionadas com Edeltrudes Costa.

O chefe de gabinete do presidente João Lourenço terá sido favorecido, segundo uma reportagem da TVI, em contratos com o estado angolano, tendo transferido milhões de dólares de uma empresa sua para o estrangeiro, que serviram para comprar casas e outros bens de luxo.

Caso Adalberto Costa Júnior: UNITA alerta para "plano horrendo" do MPLA


ANGOLA

A UNITA, maior partido da oposição angolana, manifestou preocupação com atos de intolerância política no país contra cidadãos críticos ao regime e ações "pouco éticas" contra o seu líder, Adalberto Costa Júnior.

Em comunicado de imprensa, a que a agência Lusa teve acesso, o Comité Permanente da Comissão Política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) refere que tomou conhecimento pela imprensa do plano do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, que visa "combater até à exaustão" o presidente do partido, Adalberto Costa Júnior.

Em causa está uma notícia divulgada pelo semanário Novo Jornal, que dá conta do referido plano, que admite a movimentação de arsenal partidário, que tem como principal alvo Adalberto Costa Júnior, com recurso à invasão da esfera privada do líder da UNITA.

A posição do partido que governa Angola consta, segundo o semanário angolano, de um estudo denominado "posicionamento estratégico do MPLA para o reforço da sua afirmação no cenário político atual face aos adversários políticos na oposição", que coloca Adalberto Costa Júnior como novo líder da oposição aos camaradas, cuja pesquisa recomenda que seja "vigiado e combatido até à exaustão".

"Face à sua gravidade, o Comité Permanente da Comissão Política alerta a opinião pública nacional e internacional para o perigo que este horrendo plano do MPLA representa para a vital estabilidade política e social em Angola", refere-se no comunicado da UNITA.

Apoio da Total no combate ao terrorismo pode potenciar ingerência francesa?

MOÇAMBIQUE

A francesa Total está a financiar as tropas de Moçambique na luta contra o terrorismo em Cabo Delgado, o que causa algum desconforto nos moçambicanos. Analistas advertem para a hipótese de ingerência do Governo em Paris.

A petrolífera francesa Total assinou, em agosto, um acordo com o Governo moçambicano para dar apoio logístico às autoridades no combate aos insurgentes armados que atacam o norte de Moçambique. O facto está a ser criticado pela sociedade civil, que acusa os governantes em Maputo de estarem a privatizar o Estado e a segurança do país, o que pode pôr em causa a soberania nacional. 

"A Total primeiro comprometeu-se a responsabilizar-se pelos salários de um batalhão de fuzileiros navais em Cabo Delgado, o que é muito importante porque uma parte dessas forças queriam entrar em greve porque não tinham recebido os seus salários... Assim, a Total assumiu a responsabilidade dos seus salários e de ajudar com a logística, com o equipamento e com a formação desse pessoal", explica André Thomashausen, académico alemão.

A ajuda da petrolífera francesa representa um alívio financeiro para as autoridades centrais. Já em julho, Moçambique procurou o apoio militar de França para dar resposta ao terrorismo em Cabo Delgado, província onde a Total detém negócios de exploração de gás. 

Segundo André Thomashausen, a França e as suas multinacionais mantêm uma relação quase "siamesa", o que significa que a atuação destas empresas se pode traduzir numa tentativa de ingerência política. Um exemplo disso é o caso do Gabão, onde Paris terá garantido a permanência dos Bongo no poder durante décadas, em troca de "facilidades" na exploração do petróleo.

Moçambique | Elias Dhlakama: "RENAMO tornou-se uma formiga"

Em entrevista à DW África, Elias Dhlakama diz que a situação na RENAMO vai de mal a pior. Confirma a sua recandidatura à presidência do partido, porque pretende que partido "volte a ser forte".

Há pouco mais de um ano e meio, Elias Dhlakama – irmão mais novo do falecido líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Afonso Dhlakama - concorreu à presidência do partido, no quarto congresso que aprovou Ossufo Momade como presidente daquela formação política.

Elias Dhlakama diz que a situação atual do partido vai de mal a pior. E reafirma em entrevista à DW África que vai recandidatar-se à liderança da RENAMO, por entender que o partido deve voltar a tornar-se forte.

Elias Dhlakama acusa a atual liderança do partido de ter afastado todos os delegados mais próximos do líder histórico, Afonso Dhlakama, assim como aqueles que apoiaram a sua candidatura no último congresso. Para este poolítico uma clara "caça às bruxas”.

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