Entrevistada no Fórum TSF, a eurodeputada bloquista criticou a "inaptidão" das autoridades europeias para enfrentarem as farmacêuticas e a recente suspensão da vacina da AstraZeneca.
Em entrevista ao Fórum da TSF desta segunda-feira, que discutiu a
estratégia europeia para a imunização contra a Covid-
Marisa recordou que logo "em janeiro começámos a perceber que as empresas não iam cumprir os contratos assinados". E que não se compreende "porque é que a UE não tomou medidas para partilha de tecnologia com outras empresas que permitiriam aumentar a produção".
Acrescentou também que "a recente suspensão sem nenhum critério cientifico que justificasse, é reveladora da inabilidade em enfrentar os bloqueios da própria União Europeia" que, ao não ser "capaz de enfrentar as farmacêuticas quando é necessário, seja para a produção, seja para romper as patentes, depois faz o jogo das farmacêuticas com coisas que são demasiado sérias" e que, inclusive, "afetou fortemente a credibilidade das vacinas enquanto tratamento seguro e que poderá agora vir a pagar muito caro". Recorde-se que a AstraZeneca foi retomada esta segunda-feira, depois de uma suspensão na semana passada que obrigou 120 mil pessoas a adiarem a vacinação.
Sobre a existência de outras vacinas, a eurodeputada considera haver "um preconceito" com elas e diz que "não estamos em condições de fazer seleção entre vacinas, sobretudo quando elas demonstram ser eficazes no combate a esta pandemia". "Não há razão para que a estratégia da UE não mude" e "não há razão para bloquear o acesso a essas vacinas", defende Marisa.
Por outro lado, "o facto de ser uma estratégia comum não dispensa os países de terem estratégias próprias, sobretudo quando a Europa se bloqueia" na gestão do processo de vacinação, concluiu.
Esquerda.net | Imagem: Marisa Matias. Foto Ana Mendes
Sem comentários:
Enviar um comentário