Os ataques prosseguiram esta madrugada e manhã, destruindo infra-estruturas e provocando dezenas de vítimas. Na Cisjordânia, as forças israelitas prenderam mais de 40 palestinianos e mataram dois jovens.
O número de vítimas mortais civis dos ataques aéreos israelitas contra o enclave costeiro cercado subiu para 48, incluindo 14 crianças e três mulheres, revelou o Ministério palestiniano da Saúde numa actualização às 13h (hora local), acrescentando que 304 pessoas ficaram feridas desde o início dos ataques, na segunda-feira.
De acordo com a agência WAFA, a aviação israelita levou a cabo mais de 40 ataques contra vários pontos na Faixa de Gaza esta manhã, a que se juntam outros cem antes, destruindo edifícios, fábricas e residências.
A PressTV refere que dois comandantes do Hamas foram mortos nos ataques desta manhã, em que a aviação israelita voltou a bombardear, pelo terceiro dia consecutivo, as sedes da Polícia e das forças de segurança em Gaza, bem como a Universidade Islâmica de Gaza.
O Exército israelita afirmou que os comandantes eram oficiais dos serviços de inteligência do Hamas e que os ataques eram uma resposta às «centenas de mísseis» lançados a partir de Gaza nas 24 horas anteriores, acrescentando – revela a PressTV – que se trata do seu «maior ataque desde 2014».
Entretanto, as Brigadas al-Quds, ala militar do movimento Jihad Islâmica, anunciaram que tinham lançado esta manhã 100 rockets para as cidades israelitas de Telavive, Ashkelon, Be’er Sheva e Sderot, noticiou o Palestine Today.
Também como resposta ao bombardeamento continuado de alvos civis na Faixa de Gaza, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, do Hamas, dispararam mais de 300 mísseis, esta quarta-feira, para território israelita, informa a PressTV.
A mesma fonte revela que, desde segunda-feira à noite, na sequência da brutal intervenção das forças israelitas no complexo da Mesquita de al-Aqsa, grupos da resistência palestiniana lançaram mais de mil rockets para território israelita. As autoridades israelitas confirmaram cinco mortes como consequência destas acções.
Pelo menos cem israelitas ficaram feridos, segundo a imprensa hebraica. O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, afirmou que Israel é responsável pelas consequências das atrocidades na Mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém, cujas chamas «alastraram a Gaza», informa a PressTV.
O dirigente político disse ainda que representantes do Catar, do Egipto e das Nações Unidas tinham estado em contacto com o Hamas, apelando à calma, mas sublinhou que se Israel «quiser escalar o conflito, a resistência está pronta, se eles quiserem parar, a resistência está pronta».
Por seu lado, o ministro israelita da Defesa, Benny Gantz, avisou que «isto é apenas o princípio» dos ataques de Israel, noticia a PressTV.
Mais de 40 detenções na Cisjordânia ocupada
As forças de ocupação israelitas efectuaram raides, esta madrugada, em vários pontos da Margem Ocidental ocupada, tendo detido mais de 40 palestinianos, na sua maioria ex-presos, segundo revelou a Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos.
As detenções tiveram lugar nos distritos de Hebron (al-Khalil), Nablus, Tulkarem, Tubas e Qalqilia, revela a agência WAFA.
A mesma fonte indica que dois jovens palestinianos foram mortos a tiro esta manhã por soldados israelitas. Rashid Muhammad Abu Arreh, de 16 anos, foi atingido com disparos no pescoço e no peito, e teve morte imediata, na sequência de confrontos entre residentes de Tubas e as forças de ocupação.
No campo de refugiados de Fawwar, a sul de Hebron, soldados israelitas mataram Hussein Titi, de 26 anos, durante um raide em que efectuaram detenções, noticia a WAFA.
Imagem: A aviação israelita levou a cabo centenas de ataques sobre o enclave cercado de Gaza Créditos/ Al Jazeera
Leia em AbrilAbril:
Repressão israelita na Cisjordânia e bombardeamentos sobre Gaza
Sem comentários:
Enviar um comentário