segunda-feira, 19 de julho de 2021

Eleições em STP: Carlos Vila Nova e Posser da Costa disputam segunda volta

Carlos Vila Nova e Guilherme Posser da Costa passaram à segunda volta das presidenciais em São Tomé e Príncipe, que deverá realizar-se a 8 de agosto, após o pleito de domingo (18.07). Delfim Neves vai impugnar sufrágio.

Segundo os resultados provisórios, anunciados esta segunda-feira (19.07) pela Comissão Eleitoral Nacional (CEN), Carlos Vila Nova, apoiado pela Ação Democrática Independente (ADI, oposição) foi o candidato mais votado, com 39,47% (32.022 votos), seguido de Guilherme Posser da Costa (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata, no poder), com 20,75% (16.829 votos).

Os dados foram hoje anunciados pelo presidente da CEN, Fernando Maquengo, na sede deste organismo, na capital são-tomense, numa declaração em que se limitou a indicar os resultados de cada um dos 19 candidatos às presidenciais deste domingo, sem direito a perguntas da imprensa.

Em terceiro lugar ficou Delfim Neves, presidente da Assembleia Nacional e apoiado pelo Partido da Convergência Democrática (no poder), com 16,88% (13.691 votos), que já anunciou que vai contestar os resultados por "fraude massiva”.

Delfim Neves vai impugnar sufrágio

O candidato às eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe Delfim Neves, que dados preliminares colocam em terceiro lugar após a votação de domingo, afirmou esta segunda-feira que houve "fraude massiva” e que vai contestar os resultados.

"Houve fraude massiva. Vamos contestar os resultados. O que estamos a fazer num primeiro momento é solicitar a recontagem dos votos [nas mesas] onde não estamos representados”, disse hoje Delfim Neves, em conferência de imprensa na sede de candidatura, na capital são-tomense.

Em causa estão as mesas onde a candidatura de Delfim Neves não estava representada - por lei, cada mesa pode ter até cinco representantes, um por candidatura. Uma vez que nesta eleição havia 19 candidatos, a sua candidatura apenas teve representantes em 84 das cerca de 300 mesas.

"A contestação é profunda. Não é aceitável em país nenhum, nem na Europa, China, um lugar qualquer, o candidato que fez a melhor campanha, durante três meses, atendeu todas as necessidades e passou a sua mensagem, a que o povo aderiu. (…) De repente passa para terceiro lugar e com votos residuais. Ao menos que sejam votos que sejam aceitáveis”, sustentou.

Deutsche Welle | Lusa

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