quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Laivos nazis do racismo à portuguesa

Num trabalho de Joana Gorjão Henriques, em 2017, no Público, rebuscámos os conteúdos que em baixo publicamos de forma reduzida, com o convite aos interessados em ler sobre o “Racismo à Portuguesa”. Muitos outros conteúdos existem, de outros autores e de outras publicações em Portugal. O racismo existe. Existem imensos portugueses racistas. Existem imensos portugueses fascistas… e cada vez há mais a “sair da casca de laivos nazis”. Isso mesmo é muito visível no CDS e PSD e do conhecimento público. Mas quase todos parecem assobiar para o lado… E até admitirem (votarem) na existência de um Chega categoricamente nazi-fascista-racista. Atentatório das liberdades democráticas e constitucionais. Aproveitando-se delas para singrar e avançar no ataque a políticas de respeito a Direitos Humanos e democráticos. Tal qual a prática do hediondo Hitler e de outros racistas-nazi-fascistas do presente e da história universal.

Redação PG

RACISMO À PORTUGUESA

Como se manifestam as desigualdades raciais em Portugal? Abordamos diversas áreas, da habitação, ao emprego ou à educação. Falámos com procuradores, advogados, professores, activistas, investigadores, artistas, cerca de 50 pessoas de diversas áreas. Analisámos estatísticas, recolhemos testemunhos de quem se sente vítima de diversas formas de racismo. Esta é segunda parte da série Racismo em Português.

A justiça em Portugal é “mais dura” para os negros

Um em cada 73 cidadãos dos PALOP está preso. É dez vezes mais do que a proporção que existe para os portugueses. Magistrados e outros agentes do sistema judicial reconhecem que há duas justiças, uma para negros e outra para brancos. Esta é a primeira reportagem da série Racismo à Portuguesa

Ler mais

Há uma preferência “óbvia” dos senhorios em arrendarem casa a brancos

A segregação aumentou na área de Lisboa. Arrendar casa também está mais caro. O PÚBLICO fez um exercício de “testing”: três dos cinco supostos senhorios não trataram clientes de forma igual.

Ler mais

“Quero a oportunidade de provar que posso fazer igual aos brancos”

Em dez anos, 20% das queixas à Comissão contra a Discriminação Racial foram sobre situações laborais. Em circunstâncias iguais no emprego, há preferência pelos brancos, mostram estudos. Amélia Costa Injai só foi chamada a entrevista de emprego por não saberem que era negra

Ler mais

Dos afrodescendentes espera-se que não passem "da escolaridade obrigatória”

Uma sala de aula com filas atrás para os negros e à frente para os brancos. Uma professora com dificuldade em acreditar que a aluna merecia mesmo 18. “Obviamente que somos muito mais analisados, avaliados e escrutinados”

Ler mais

As várias faces do activismo negro

Estamos num momento histórico do activismo anti-racismo? Da violência policial à educação, do feminismo aos media, eis a diversidade do movimento. Penúltimo capítulo da série Racismo à Portuguesa

Ler mais

“Há muito mais famílias que tiveram escravos.” Mas não se fala disso

Francisco Sousa considera-se “afro-beneficiário”. A sua família teve pessoas escravizadas. Choca-o não se falar sobre esse passado. O antropólogo António Tomás diz que falta fazer este debate. Portugal ainda está “em negação”, diz a artista Grada Kilomba. Capítulo final da série Racismo à Portuguesa.

Ler mais

SOS Racismo repudia petições que exigem deportação de Mamadou Ba

O SOS Racismo repudiou hoje o conteúdo das petições que exigem a deportação do ativista antirracismo Mamadou Ba após comentários depreciativos sobre o falecido militar condecorado Marcelino da Mata, uma delas com mais de 15 mil assinaturas.

Em comunicado, a associação sublinha que as posições de Mamadou Ba, "assentes no pleno exercício de uma democracia plural, têm sido alvo frequente de ataques que excedem o contraditório legítimo, para se instalarem no insulto, no ataque difamatório quando não da ameaça pessoal".

Quase 15.000 pessoas aderiram, desde domingo, a uma petição pública virtual que exige a deportação do ativista antirracismo Mamadou Ba devido a comentários depreciativos sobre o falecido militar condecorado Marcelino da Mata.

Covid-19: Impacto em África tem sido "consideravelmente subestimado

A ausência de dados sobre a covid-19 em África "fomentou a opinião generalizada" de que o vírus teve pouco impacto, mas um estudo realizado em Lusaka sugere que o impacto da doença foi "consideravelmente subestimado".

A investigação observacional foi liderada pela Universidade de Boston (EUA) e publicada no British Medical Journal (BMJ).

O estudo baseia-se nos resultados de testes PCR de 364 mortos na morgue do Hospital Universitário de Lusaka, capital da Zâmbia, entre junho e setembro de 2020, realizados nas 48 horas seguintes à morte.

Os resultados indicam que as mortes por covid-19 representaram entre 15% a 20% de todas as amostras, "muitas mais do que sugerem os relatórios oficiais, e contradizem a opinião generalizada de que a doença saltou grande parte de África e teve pouco impacto", revela a revista.

Além disso, as mortes ocorreram "numa faixa etária mais ampla do que a declarada noutros locais e concentraram-se em pessoas com idade inferior a 65 anos, incluindo um número inesperadamente elevado de mortes em crianças".

DOS "BRINDES" QUE A EUROPA NOS DÁ! - I

Martinho Júnior, Luanda 

PARTICULARMENTE DESDE A DESTRUIÇÃO DA LÍBIA, HÁ DEZ ANOS, QUE ERA PREVISÍVEL QUE A ONDA DE CAOS, TERRORISMO E DESAGREGAÇÃO EM ÁFRICA VIESSE A CRESCER...

NA ALTURA FUI PRODUZINDO UMA SÉRIE DE TEXTOS SOBRE O "VALE DO CUANGO", QUE INCLUI CAFUNFO...

HÁ 38 ANOS, COMO INSTRUTOR DO PROCESSO 105/83, CONHECI BEM MUITOS DOS TRAFICANTES DE ENTÃO E O SEU "MODUS OPERANDI", PELO QUE PODIA AVALIAR AS TENDÊNCIAS E DESDE LOGO, APÓS A NOSSA PRISÃO A 26 DE MARÇO DE 1986, A PREVISÃO DO CRESCIMENTO EXPONENCIAL DO TRÁFICO, QUE IRIA DESEMBOCAR NA "GUERRA DOS DIAMANTES DE SANGUE"!

É EVIDENTE QUE MESMO DEPOIS DE SAVIMBI, OUTROS FENÓMENOS SE IRIAM DESENCADEAR, A PARTIR DA MESMA RAIZ E COM TODOS OS COMPONENTES DO PASSADO, INCLUINDO AQUELES QUE TANTO TÊM A VER COM LISBOA E BRUXELAS (O BRINDE ADALBERTO DA COSTA JÚNIOR)...

MJ -- Luanda, 10 de Fevereiro de 2021

IMAGEM:

O MOVIMENTO DO PROTECTORADO PORTUGUÊS LUNDA-TCHOKWE pretende não só por argumento ideológico, dividir Angola… pretende também passar à acção armada, colado a todos os factores de desestabilização que pesam sobre a África Austral, pondo em causa a paz em Angola e em toda a região!

Pangea-Risk: "Fontes no Departamento de Justiça ajudaram a revelar investigação"

Pangea-Risk garante que fontes nos departamentos de Justiça e do Tesouro dos EUA contribuíram para o seu relatório. Após publicar a alegada investigação a João Lourenço, consultora diz ser alvo de ciberataques.

A Pangea-Risk sabia que o seu último relatório seria polémico e atrairia imensa atenção, mas não poderia imaginar que o texto seria vazado dias antes da data prevista para a sua publicação. Segundo o diretor-executivo da consultora, as informações estavam sob embargo para publicação até esta quinta-feira (18.02), mas os detalhes acabaram por ser divulgados no início da semana.  

Em entrevista exclusiva à DW África, o diretor-executivo da empresa de avaliação de risco, Robert Besseling, conta detalhes sobre como a sua equipa levantou as informações sobre o que afirma ser "uma investigação das autoridades americanas sobre os negócios do Presidente João Lourenço, de familiares próximos e de seus sócios". 

Besseling responde às alegações de que a empresária Isabel dos Santos estaria por trás do relatório e comenta os motivos do aquecimento da relação entre Angola e Estados Unidos nos últimos anos. Para o analista, a evolução desta relação teria reduzido "a tração da investigação ao Presidente de Angola, que deverá ser retomada com força no Governo de Joe Biden”.   

O fundador da Pangea-Risk revela também que ataques cibernéticos à empresa se intensificaram a partir do momento em que o relatório foi divulgado. Besseling garante que sua equipe identificou que a maioria dessas investidas partiram de Angola.

Tribunal ordena a PR guineense que devolva sede à Ordem dos Advogados

O Tribunal Regional de Bissau ordenou hoje a devolução da sede à Ordem dos Advogados, que a Presidência guineense pretende assumir por questões de segurança do chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.

No despacho, a que a Lusa teve acesso, o juiz de direito Dionísio Bati, da vara cível do Tribunal Regional de Bissau, comunica a sua decisão em dar provimento a uma providência cautelar intentada pela Ordem dos Advogados contra a Presidência da República.

No despacho, Dionísio Bati decreta "a imediata restituição provisória da posse do edifício em causa à Ordem dos Advogados" da Guiné-Bissau e ainda "intima a Presidência da República a abster-se de comportamentos que possam perigar a posse da requerente sobre o referido imóvel".

O bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau, Basílio Sanca, anunciou no passado dia 8 que a sede tinha sido encerrada a cadeado por elementos da Presidência da República, um dia depois de terminar o prazo dado para que desocupasse o imóvel.

A Ordem dos Advogados tinha indicado que não ia sair do edifício que lhe foi dado pelo Estado guineense desde o ano 2000, mas efetivamente ocupado em 2011.

Forças senegalesas expulsam rebeldes de Casamansa da fronteira com a Guiné

Os militares senegaleses desencadearam, a 26 de janeiro, uma ofensiva contra o estado-maior dos separatistas do MFDC. Guerrilheiros acusam as forças da Guiné-Bissau de acordarem com os senegaleses a entrada destes em território guineense para os "caçar".

A região de Casamansa no sul de Senegal e fronteiriça da Guiné-Bissau foi pela quinta vez palco de tensão entre os rebeldes do Movimento das Forças Democratas de Casamansa (MFDC) e as Forças Armadas da República do Senegal. Sob a batuta do comandante da zona militar número cinco, o coronel Suleimane Candé, os militares senegaleses desencadearam, a 26 de janeiro, uma ofensiva contra o estado-maior dos rebeldes do MFDC na floresta de Sikum no setor de Bitupa Camaracunda. A operação levou os guerrilheiros a acusarem as Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) da Guiné-Bissau de celebrar um acordo com os senegaleses que permitiu a militares de Dacar entrar no território guineense para "caçar" os guerrilheiros do MFDC. Por seu lado, o comandante Candé fala em "boa colaboração das FARP" na execução da operação de reinstalação da população que fugira das vilas de Billas, Albondi, Nhadju, Samilique e Late Madina.

Os rebeldes lutam nas florestas de Casamansa desde 26 de dezembro de 1982, a data em que numa marcha de jovens casamansenses liderada pelo padre Augustin Diamacoune Senghor tiraram a bandeira do Senegal do edifício da administração de Ziguinchor e colocaram a bandeira branca de Casamansa. Até finais do século XIX, o território pertencia a Portugal, que o cedeu a França, potência colonial do Senegal até 1960.

Os rebeldes do MFDC perderam agora o seu estado-maior e estão em fuga. Ninguém sabe muito bem onde estão escondidos. Quem chega hoje às tabancas de Papia, Nhalon, Mangomica I, Mangomica II e Brenguilon, a dois quilómetros da fronteira da Guiné com a República do Senegal e a escassos metros do estado-maior dos rebeldes, não vê qualquer guerrilheiro. O seu estado-maior é agora irreconhecível. Sofreu um forte bombardeamento por helicópteros das forças especiais senegalesas. O incêndio que se seguiu consumiu não somente o estado-maior dos rebeldes, mas também as plantações de cajueiros dos agricultores guineenses que se encontravam na linha da fronteira. O que levou as FARP e a Brigada da Guarda Nacional , que garantem a segurança de todas as tabancas da linha da fronteira, a declarar as quintas de cajueiros e os campos de cultivo zona de risco. Proibiram a população de se deslocar em todas as zonas das plantações que estão a menos de 500 metros da fronteira. Consideram que existe um risco enorme de os agricultores guineenses pisarem uma mina que os rebeldes do MFDC enterraram nos terrenos agrícolas muitos próximos ou na linha da fronteira.

Mais lidas da semana