Num trabalho de Joana Gorjão Henriques, em
2017, no Público, rebuscámos os conteúdos que em baixo publicamos de forma
reduzida, com o convite aos interessados em ler sobre o “Racismo à Portuguesa”.
Muitos outros conteúdos existem, de outros autores e de outras publicações
Redação PG
RACISMO À PORTUGUESA
Como se manifestam as desigualdades raciais em Portugal? Abordamos diversas áreas, da habitação, ao emprego ou à educação. Falámos com procuradores, advogados, professores, activistas, investigadores, artistas, cerca de 50 pessoas de diversas áreas. Analisámos estatísticas, recolhemos testemunhos de quem se sente vítima de diversas formas de racismo. Esta é segunda parte da série Racismo em Português.
A justiça em Portugal é “mais dura” para os negros
Um em cada 73 cidadãos dos PALOP está preso. É dez vezes mais do que a proporção que existe para os portugueses. Magistrados e outros agentes do sistema judicial reconhecem que há duas justiças, uma para negros e outra para brancos. Esta é a primeira reportagem da série Racismo à Portuguesa
Há uma preferência “óbvia” dos senhorios em arrendarem casa a brancos
A segregação aumentou na área de Lisboa. Arrendar casa também está mais caro. O PÚBLICO fez um exercício de “testing”: três dos cinco supostos senhorios não trataram clientes de forma igual.
“Quero a oportunidade de provar que posso fazer igual aos brancos”
Em dez anos, 20% das queixas à Comissão contra a Discriminação Racial foram sobre situações laborais. Em circunstâncias iguais no emprego, há preferência pelos brancos, mostram estudos. Amélia Costa Injai só foi chamada a entrevista de emprego por não saberem que era negra
Dos afrodescendentes espera-se que não passem "da escolaridade obrigatória”
Uma sala de aula com filas atrás para os negros e à frente para os brancos. Uma professora com dificuldade em acreditar que a aluna merecia mesmo 18. “Obviamente que somos muito mais analisados, avaliados e escrutinados”
As várias faces do activismo negro
Estamos num momento histórico do activismo anti-racismo? Da violência policial à educação, do feminismo aos media, eis a diversidade do movimento. Penúltimo capítulo da série Racismo à Portuguesa
“Há muito mais famílias que tiveram escravos.” Mas não se fala disso
Francisco Sousa considera-se “afro-beneficiário”. A sua família teve pessoas escravizadas. Choca-o não se falar sobre esse passado. O antropólogo António Tomás diz que falta fazer este debate. Portugal ainda está “em negação”, diz a artista Grada Kilomba. Capítulo final da série Racismo à Portuguesa.
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