segunda-feira, 8 de março de 2021

Querem-nas “mansas”, mas as Bravas não desistem “até serem livres e iguais”

DIA DA MULHER

O Enxoval: tempo e espaço de reflexão, do colectivo PELE, uniu mulheres dos 14 aos 81 anos, da cidade e da serra, para um manifesto feminista sobre a luta pela igualdade de género. Neste 8 de Março, exigem que as escutem com atenção.

“Escutem-nos com atenção, somos muitas, valentes e plurais, continuaremos na luta até sermos livres e iguais.” As Bravas juntaram-se para assinalar o 8 de Março, Dia da Mulher, com um manifesto em vídeo, sobre a luta feminista. Durante um mês, escreveram, a várias mãos, palavras de luta, que ganham agora vida num poema lido por todas. “Querem-nos descomplicadas e mansas, por vezes falta-nos a coragem, mas não perdemos as esperanças”, lê-se noutra estrofe.

O manifesto foi criado no âmbito do projecto Enxoval: tempo e espaço de resistência, promovido pela PELE, estrutura artística do Porto, e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

“Muitas das mulheres mais velhas guardam ainda os objectos que fizeram parte do seu enxoval. Têm o lençol que usaram na noite de núpcias, a camisa de dormir”, começa por contextualizar Maria João Mota, membro do colectivo PELE, em declarações ao P3. A partir da memória, num espaço de partilha e intimidade, criam-se, em conjunto, objectos artísticos. “O 'enxoval' carrega uma noção conservadora do que era ser mulher. A proposta deste projeto é criar novos enxovais para mulheres do presente e do futuro, tendo as mulheres do passado como inspiração.”

Se não existisse pandemia, a vontade de Maria João Mota seria que “as bravas ocupassem as praças e os espaços públicos com os seus corpos”, uma vez que são “ocultadas nos nomes das ruas e nas estátuas das cidades”. Em confinamento, foi necessário encontrar alternativas à saída para a marcha feminista nas ruas, a 8 de Março. Por isso, o colectivo Acção 8M, da PELE, composto por mulheres dos 14 aos 81 anos, encontrou-se através das plataformas online para criar um objecto artístico para ser apresentado nesta data simbólica.

O propósito era que a criação fosse partilhada por todas, que chegasse a todas as gerações, tanto ao litoral como ao interior, “às vozes que normalmente não têm espaço de escuta”. Mesmo as mulheres que vivem nas áreas rurais, que não têm smartphones, que não sabem ler, foram chamadas a participar e integradas no processo criativo.

Além do poema, o grupo já criou a colecção de fanzines As Bravas, a partir das histórias das mulheres do nosso dia-a-dia, para contrariar a invisibilidade a que estariam destinadas. “Através da criação artística, queremos promover espaços de reflexão, discussão e criação sobre as questões de género”, explica Maria João Mota. 

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Carolina Amado | Público

As passagens racistas em Os Maias justificam nota pedagógica — investigadora

A Associação de Professores de Português (APF) considera que uma leitura da obra de de Eça de Queirós implica a análise dos preconceitos raciais do discurso narrativo e das personagens.

Uma investigadora cabo-verdiana identificou em Os Maias, de Eça de Queirós, várias passagens racistas que na sua opinião não retiram valor à obra literária, mas justificam a inclusão de “um comentário pedagógico”, para que a questão racial não seja ignorada.

“A inferioridade dos africanos e o desdenho pelo negro ou qualquer aspecto relacionado à raça negra é presente na linguagem do narrador e reforçada através de acções e pensamentos de personagens e da idealização da branquitude em crianças, homens e principalmente mulheres”, disse Vanusa Vera-Cruz Lima, em entrevista à agência Lusa.

Professora de Português na Universidade de Massachusetts Dartmouth, nos Estados Unidos, onde está a tirar o doutoramento em Estudos e Teoria Luso-Afro-Brasileiros, Vanussa Vera-Cruz Lima faz questão de sublinhar que “as passagens raciais não retiram nem adicionam o valor que esta obra representa na literatura portuguesa”, mas criam “oportunidades de ensino e instrução culturalmente responsáveis”.  

A investigadora, que leu Os Maias pela primeira vez durante o ensino secundário, em Cabo Verde, quando Eça de Queirós lhe foi apresentado como “um dos mais importantes escritores da literatura portuguesa”, voltou à obra no âmbito do programa do seu doutoramento. “Penso que é importante separarmos o romance, que é uma das maiores obras de arte da cultura portuguesa, das passagens racistas nela encontradas”, disse, acrescentando que o que está em causa na sua análise é a obra e não o autor, Eça de Queirós, pois “para tal seria preciso um estudo muito mais aprofundado, investigação profunda sobra a vida dele e seus escritos profissionais e pessoais”.

Festival da canção


Henrique Monteiro em HenriCartoon

Portugal | As banalidades do PSD

AbrilAbril | editorial

O regresso temporário de Cavaco Silva à ribalta, numa intervenção sobre «casos» e com «desgosto» relativamente ao estado da democracia, revela que o PSD não hesita em contribuir para o discurso populista.

Foi no âmbito de uma conferência da academia de formação política das mulheres sociais-democratas, realizada este sábado, que o ex-Presidente da República, Cavaco Silva, veio dizer estar preocupado com o País a viver numa «democracia amordaçada».

«Desgostoso», segundo as suas próprias palavras, sobre o facto de a muito isenta revista The Economist ter colocado Portugal na lista dos países com democracia «com falhas», não hesitou em dar ênfase a diversos «casos».

Parece assim que a sua preocupação é muito limitada, porque não consegue evitar promover ideias e o discurso que se sabe promover o populismo, o que, de facto, fragiliza a democracia.

Mas Cavaco Silva conseguiu ainda afirmar que o Serviço Nacional de Saúde está «fragilizado por decisões erradas e graves». Ora, palavras destas proferidas por um dos responsáveis pela abertura do sector da Saúde ao negócio privado, e militante destacado de um partido que deu duros golpes no financiamento do SNS, seriam elementos suficientes para dizer «estamos conversados».

Como José Saramago caracterizou, Cavaco Silva é um «génio das banalidades», que o PSD recupera sempre que precisa que uma voz «crítica». Mas esta manobra não isenta o partido das suas próprias responsabilidades nos problemas que aponta, demagogicamente, à situação do País.

Manobras de Marrocos e EUA perto da costa saarauí são “provocação”

O delegado da Frente Polisário em Espanha, Abdullah al-Arabi, classificou como «provocação» ao povo saarauí as manobras militares conjuntas realizadas por EUA e Marrocos junto à costa do Saara Ocidental.

Nos exercícios militares designados como Lightning Handshake 2021, que esta semana tiveram lugar perto das costa do Saara Ocidental, participaram a Sexta Frota dos EUA, com o porta-aviões Dwight D. Eisenhower, cinco contra-torpedeiros, bem como helicópteros e caças de EUA e de Marrocos, refere o diário de Las Palmas La Provincia.

As manobras militares conjuntas entre as Ilhas Canárias (Espanha) e Agadir (extremo Sul de Marrocos) ocorrem num contexto agitado, marcado pela guerra que a Frente Polisário declarou ao Reino de Marrocos, em Novembro último, depois de as tropas marroquinas terem violado os termos do cessar-fogo vigente. São também subsequentes à declaração de reconhecimento, pelos EUA, da soberania de Marrrocos sobre o Saara Ocidental.

Em declarações à imprensa espanhola na passada sexta-feira, o delegado da Frente Polisário em Espanha, Abdullah al-Arabi, afirmou que os exercícios militares são «uma vez mais» uma «provocação» ao povo saarauí.

«Tem [Marrocos] todo o direito de [fazer] as manobras conjuntas com o país que for», mas «tem de respeitar a lei internacional e as fronteiras dos países vizinhos e das zonas que ocupa ilegalmente», disse al-Arabi. Acrescentou que Rabat faz «propaganda» com estas manobras, «a que faz desde 13 de Novembro [quando os saarauís declararam guerra a Marrocos] e tenta esconder evidências».

CONFESSO QUE VIVI!...

Martinho Júnior, Luanda 

... Quando a Funda saiu do pesadelo há 45 anos e pôde por fim começar a sonhar!

Com a independência de Angola, a Funda passou do patamar retrógrado dum Centro de Instrução de Comandos do colonialismo português partícipe do Exercício Alcora, para um patamar ávido de libertação por via dum Centro de Instrução Internacionalista, onde pela primeira vez estiveram juntos instruendos do PLAN (SWAPO) e do UMKHONTO WE SIZWE (ANC).

De 1976, até 1991 foram 15 anos de luta intensa em toda a África Austral, mas vencido o colonialismo, o "apartheid" por fim deixou de existir!...

A Funda, contígua a Quifangondo, honrou assim o significado das batalhas de Cabinda, de Quifangondo e do Ebo, colocando uma pequena pedra nos pilares da luta de libertação que se estendeu a toda a ÁFRICA AUSTRAL!

O Grupo de Operações Especiais da Segurança do Estado-Maior Geral das FAPLA forneceu instrutores para esse campo e eu fui um deles!

Em 1976 e 1977 ainda subsistia o GOE, mas seus membros foram sendo integrados paulatinamente nas organizações dos instrumentos do poder do estado da República Popular de Angola em formação e transitoriedade, como por exemplo a Direcção de Informação e Segurança de Angola, DISA, após a formação do 1º Batalhão das Forças Especiais do Bié!

NOTAS:

01- O campo Centro de Instrução Internacionalista foi na altura clandestino e praticamente desconhecido até hoje!

02- A foto é a do esquadrão do PLAN, People´s Liberation Army of Namibia que fez treino na Funda (imagem duma formação em Ginástica Educativa, que era feita segundo programa no início de sessão diária); a foto foi-me oferecida pelo camarada Eduardo Cruzeiro, “Alex”, que chefiava os instrutores.

O MUNDO PULA E AVANÇA, COMO BOLA COLORIDA... - https://www.youtube.com/watch?v=kGvY4tqcgUQ

Martinho Júnior -- Luanda, 7 de Março de 2021

Processo da Democracia Cabo-verdiana

Os críticos à democracia representativa consideram que houve um abandono real dos ideais democráticos, nas mãos de representantes que não se preocupam de facto com a coisa pública; argumentam ainda a impossibilidade de manter um sistema autenticamente democrático frente à influência crescente da riqueza, à enorme desigualdade social, à irrefreada corrupção, à escalada da violência e à disseminação de ódio, preconceito e guerras.

Albino Sequeira | A Semana (cv) | opinião

Um Estado democrático é concebido com o objetivo de garantir certos direitos fundamentais à cidadania, geralmente divididos em direitos civis, políticos e sociais. Entre os direitos civis estão a liberdade de expressão, de imprensa, de associação e de reunião e proteção contra a prisão arbitrária.

Os direitos de votar e de ser eleito para um cargo no Governo são exemplos de direitos políticos. Já os direitos sociais são aqueles relacionados à educação, à saúde, à alimentação, à moradia, ao transporte, à segurança, ao lazer, etc.

A República de Cabo Verde foi proclamada em 5 de julho de 1975 e encerrou o Período Imperial, iniciado em 1956, com a luta contra o colonialismo e iniciando o caminho para a independência.

No dia 15 de abril de 1975, publicava-se no Boletim Oficial n.º 15 de 16, o Decreto-Lei n.º 203-A75, que prescrevia as normas a serem seguidas pelas eleições e que, desde logo, definiu o sufrágio direto e universal de Assembleia representativa do povo de Cabo Verde.

A democracia é a voz do povo, símbolo de uma nação, que resulta num sistema político controlado pelo povo, que se forma pela livre escolha de governantes pela maioria da população, por votação.

Abusos e perseguições políticas ameaçam a democracia na Guiné-Bissau - investigadora

A investigadora Clara Carvalho defendeu hoje que a democracia está em perigo na Guiné-Bissau devido às perseguições a opositores políticos, detenções arbitrárias e abusos de direitos humanos, que marcaram o primeiro ano de mandato do Presidente guineense.

"É muito claro que isto põe em perigo a democracia na Guiné-Bissau. Há claramente uma perseguição aos seus opositores e isso é extremamente negativo, é este ambiente de perseguição que se vive em Bissau e há muitos exemplos de repressão", disse à Lusa a investigadora do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, num balanço do primeiro ano de mandato de Umaro Sissoco Embaló como Presidente, em 27 de fevereiro.

Segundo Clara Carvalho, "há repressão policial, espancamentos, ameaças, as pessoas sentem receio" e estas acusações são feitas internamente pela sociedade civil, mas constam também de um relatório das Nações Unidas.

A coordenadora de desenvolvimento e de desafios societais do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE deu ainda como exemplo do clima de medo o facto de o candidato derrotado nas eleições presidenciais, Domingos Simões Pereira, estar em Portugal desde o anúncio dos resultados e de o ex-primeiro-ministro Aristides Gomes, afastado do cargo por Sissoco Embaló, ter "pedido asilo na ONU em Bissau".

Guiné Equatorial atualiza balanço de explosões para 20 mortos e 600 feridos

O Governo da Guiné Equatorial atualizou para 20 mortos e 600 feridos o balanço das explosões num quartel militar num bairro residencial da cidade de Bata, admitindo risco de novos rebentamentos.

"O balanço provisório é de 600 feridos e 20 mortos, além de várias casas vizinhas do quartel, que ficaram totalmente destruídas como consequência das ondas de choque", adiantou o Ministério da Defesa em comunicado.

De acordo com a nota, um incêndio deflagrou ontem (7.3) cerca das 14:00 locais (13:00 em Lisboa) nos paióis localizados na Unidade de Intervenção Rápida de Nkuantoma, causando a explosão das munições aí guardadas.

Anteriormente, num outro comunicado, o Presidente Teodoro Obiang Nguema, que governa este país da África Central há quase 42 anos, acusou agricultores das redondezas de terem permitido a propagação para o quartel de queimadas mal controladas, considerando que os soldados que estavam a guardar o arsenal foram "negligentes".

Casas e edifícios ao redor do quartel ficaram completamente destruídos e enormes blocos de betão foram projetados pelas ruas a centenas de metros, de acordo com imagens da estação de televisão estatal TVGE.

De acordo com o Ministério da Saúde, muitos residentes dos bairros vizinhos do quartel podem estar ainda debaixo dos escombros.

Angola | Dez anos depois, "ainda se assiste a detenções e tortura de manifestantes"

A 7 de março de 2011 começavam os protestos de rua contra a governação do ex-Presidente José Eduardo dos Santos em Angola. Uma década depois, e já com um novo executivo, o cenário não mudou, afirmam ativistas.

Os protestos de rua em Angola contra a governação do ex-Presidente José Eduardo dos Santos começaram a 7 de março de 2011, quando um grupo de jovens tentou reunir-se na Praça da Independência. Na altura, o protesto foi dispersado pela polícia. 

Volvidos dez anos, o cenário não mudou, mesmo com uma nova governação desde 2017, revelam os ativistas entrevistados pela DW África. 

"Infelizmente, e depois dos dez anos, ainda assistimos a detenções, torturas e, nos últimos anos, assassinatos em pleno exercício do direito de manifestação, como os casos de Inocêncio de Matos, a 11 de novembro de 2020, e o ocorrido em Cafunfo, no dia 30 de janeiro de 2021", diz José Gomes Hata. 

O ativista Albano Bingu-Bingu também concorda: "Depois de dez do início dos protestos de rua, a liberdade expressão e manifestação ainda é uma miragem em Angola", revela. 

Arante Kivuvu foi outros dos ativistas que, nas ruas de Luanda, exigiu por melhores políticas públicas e a destituição do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, que governou Angola por quase 40 anos. 

"Em termos de liberdade de expressão e manifestação ainda estamos muito distantes porque ainda assistimos a violência, ao ponto de envolver a morte de manifestantes. Isso mostra que o Governo liderado pelo MPLA tem dificuldade em respeitar o direito à vida que está plasmado na nossa lei magna", diz o ativista, lembrando os recentes acontecimentos de Cafunfo. 

Nos primeiros meses da chamada "nova Angola", liderada pelo Presidente João Lourenço desde 2017, as manifestações não eram reprimidas, lembra Bingu-Bingu. 

"Depois da tomada de posse do Presidente João Lourenço, havia uma abertura no que concerne à liberdade de expressão e manifestação". Mas, de um tempo a esta parte, continua o ativista, as coisas mudaram radicalmente. "Só foi uma estratégia que o Presidente usou para ter a popularidade que ele nunca teve desde a sua campanha para a presidência", diz. 

Não há dúvidas de que o 7 de março de 2011, inspirado na primavera árabe, entrou na história como o início dos protestos de rua contra o regime vigente na altura. 

Mas José Gomes Hata lembra que antes desta data, já havia movimentos políticos e estudantis que exigiam nas ruas de Luanda o respeito pelos direitos, liberdades e garantias. 

"Na verdade, os protestos de rua em Angola existem há mais tempo, estamos lembrados das manifestações convocadas pelo MEA a exigir o passe nos transportes públicos para os estudantes e manifestações desencadeadas pelo extinto partido PADEPA". 

General moçambicano nega crimes de guerra no combate a terroristas

Cabo Delgado

Bertolino Capitine disse que relatório da Amnistia Internacional trouxe "inverdades" e negou a contratação de mercenários. Foi a primeira reação oficial sobre as denúncias de abusos divulgadas na semana passada pela ONG.

O vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Moçambique, Bertolino Capitine, negou, este domingo (07.03), as acusações da Amnistia Internacional (AI) de "crimes de guerra" no combate aos terroristas em Cabo Delgado.

O militar rejeitou de forma veemente as acusações da organização, que responsabiliza as forças armadas e um grupo de segurança privado sul-africano pela morte de centenas de civis. Foi a primeira reação oficial de uma autoridade moçambicana desde que o relatório da Amnistia foi publicado, na passada terça-feira (02.03).

O General negou também as alegações da AI sobre a contratação pelo Governo da empresa militar Dyck Advisory Group (DAG) para reforçar as suas fileiras após perder "uma série de batalhas" no norte do país.

"O relatório traz algumas inverdades", disse Bertolino aos jornalistas durante uma deslocação por Cabo Delgado organizada pelo Governo à profissionais de imprensa.

"A nossa missão é defender a soberania e a integridade territorial e não podemos maltratar a comunidade", acrescentou, observando que o relatório tinha sido escrito por "pessoas que nunca estiveram [na região]".

Governo timorense aprova plano de vacinas

Primeiras doses chegam no final março

O Governo timorense prevê receber as primeiras vacinas contra a covid-19 na última semana de março, um mês mais tarde do que o previsto, iniciando o processo de vacinação apenas na segunda semana de abril

O calendário faz parte do Plano de Vacinação aprovado hoje em Conselho de Ministros que determina que a vacinação de todos os maiores de 18 anos esteja concluída até final deste ano, segundo informou o executivo.

“De acordo com o roteiro apresentado espera-se que as primeiras 33.600 doses cheguem a Timor-Leste na quarta semana de março de 2021 e que o lançamento da primeira fase de vacinação tenha início na segunda semana de abril”, referiu o Governo em comunicado.

“Prevê-se que todas as pessoas com mais de 18 anos sejam vacinadas até ao final de 2021”, detalha-se no comunicado.

A previsão inicial era de que as primeiras doses chegariam a Timor-Leste no final de fevereiro.

“A vacinação dos menores de 18 anos deverá ser realizada em 2022, mas a sua planificação está ainda dependente da recomendação técnica da Organização Mundial de Saúde”, explicou o Governo.

Vacinas superam procura em Macau, onde não houve mortes e há dinheiro para a crise

Um ano após ter sido declarada a pandemia de covid-19, Macau continua sem registar mortos ou surtos locais, tem dinheiro de lado para aguentar a crise e uma quantidade de vacinas que supera, de longe, a procura

Mais de dois meses antes da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a pandemia, a capital mundial do jogo já tinha fechado casinos e determinado fortes restrições fronteiriças, quando 114 países acumulavam um número superior a quatro mil mortos e 100 mil infetados. Um ano depois, o total de mortos cresceu para mais de 2,5 milhões e o de infetados para 115 milhões.

Nesse período, Macau impôs uma das mais longas quarentenas do mundo, passando de 14 para 21 dias. O território continua a negar a entrada a todos os que não são residentes, à exceção daqueles que tenham passaporte chinês. E em março do ano passado, Macau detetava já quase metade dos casos através da medição da temperatura corporal nos postos fronteiriços.

No total, as autoridades registaram 48 casos, não contabilizam qualquer morte, surto local ou infeções entre profissionais de saúde. E há quase um ano que não é detetado qualquer contágio local em Macau, apenas casos importados.

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