# Publicado em português do Brasil
Visita de representantes do governo Biden à Argentina, Colômbia e Uruguai mostra: Washington perde terreno na região. Teme que, nos próximos 20 anos, ela se torne braço estratégico de Rússia, China e Irã. E o descaso pelo Brasil não é acidental
Eduardo J. Vior*, em InfoBaires24 | Outras Palavras | Tradução: Ricardo Cavalcanti-Schiel
O diretor para o Hemisfério
Ocidental, Juan González, e a subsecretaria para o Hemisfério Ocidental, Julie
Chung, do Departamento de Estado [equivalente ao Ministério de Relações
Exteriores] norte-americano estão visitando, de
O governo de Biden busca reverter o distanciamento dos Estados Unidos da região, mas, em lugar de ouvir nossas demandas econômicas e sociais, prioriza os objetivos militares, diplomáticos e de segurança, quais sejam, os da competição com a China e com a Rússia.
Juan González nasceu em Cartagena de Índias, na Colômbia, há 45 anos e chegou aos Estados Unidos com 7. Hoje se apresenta como o especialista mais próximo de Biden para a região. Ele ingressou no Departamento de Estado em 2004. Durante o governo Barack Obama passou para o Conselho de Segurança Nacional e, quando terminava sua permanência lá, o então vice-presidente Biden convocou-o a trabalhar com ele sobre o tema da América Latina. A partir de então o assessora sobre o assunto.
No que respeita à Venezuela, González concorda com Biden de que Nicolás Maduro não é mais que um ditador e que Juan Guaidó deve ser respaldado, mas (ao menos de forma declaratória) não acredita em soluções violentas. Conforme suas próprias manifestações, escolheu Buenos Aires como segunda escala da visita à região, porque “os Estados Unidos precisam de um interlocutor confiável” na região.