Artur Queiroz*, Luanda
Os serviços secretos de várias potências ocidentais criaram um “consórcio de jornalistas” como capa mediática de ataques contra alvos a abater segundo os interesses desses países.
Portugal tem um pirata informático, Rui Pinto, que espezinhou o direito à inviolabilidade pessoal, tentou extorquir ou extorquiu milhões, forneceu, por encomenda, dados pessoais de pessoas e instituições que depois foram vazados nos Media.
O Expresso e a SIC fizeram desse criminoso um herói. Servem-se de dados roubados, desligados dos seus contextos, manipulados criminosamente, para atacarem pessoas e instituições a troco de dinheiro, muito dinheiro, para equilibrar os cofres do dono do grupo Impresa.
Em cima do aniversário da SIC Notícias, os órgãos de comunicação social do grupo Imprensa terão sido vítimas de um ataque informático. Se é verdade, condeno liminarmente. Se é um truque para aumentar audiências e vender jornais, não me admiro. Um jornal que faz manchetes com falsas notícias, um canal de televisão que tem como principal objectivo espreitar pelo buraco da fechadura para mostrar o que é secreto e especioso, é capaz de tudo.
Em Angola temos apoiantes entusiastas deste subproduto do jornalismo. O Sindicato dos Jornalistas, correia de transmissão do engenheiro à civil Adalberto, está nesse engano de alma.
Um dia, às sete da manhã, recebi um telefonema do director do Jornal de Angola dando-me conta que tinha havido um incêndio no sector da informática. Ele esteve com os bombeiros e a polícia desde as duas da manhã, queria que fosse trabalhar mais cedo, porque queria descansar um pouco. Quando cheguei, fui informado dos estragos. O computador central, todos os cabos e outras máquinas secundárias, toda a central, tinham ardido. Por pouco não ardeu o prédio todo e provavelmente os prédios vizinhos. Porque no andar debaixo existia um depósito com milhares de litros de combustível!
- Isto vai demorar dois ou três dias a repor, vamos ficar sem jornal nos próximos dias, disse-me o director.
A minha resposta:
- Durante anos, fiz milhares de exemplares de jornais sem internet. O jornal vai sair todos os dias!
Ele não acreditou mas foi isso que aconteceu. Falei com os editores, com as e os repórteres, com as e os técnicos da paginação electrónica e avançámos com a edição do dia. Alguns editores andaram a fazer corridas entre a Redacção e o Centro de Imprensa Aníbal de Melo. Ou maratonas até à ANGOP ida e volta. Levavam as suas “pen drive”, gravavam notícias seleccionadas, descarregavam nos seus computadores e trabalhavam as peças. O copidesque saiu da sua sala e instalou-se na Redacção. Fazíamos o nosso trabalho directamente nos computadores dos editores. As e os jovens repórteres cavavam notícias, sobretudo das editorias Política e Sociedade. Nesse dia o jornal fechou mais cedo do que nos dias normais!
Ao terceiro dia, os esforçadíssimos técnicos da informática, tinham montado uma nova central! Um esforço extraordinário que os obrigou a trabalhar dia e noite, sem descanso. A Redacção, nesses três dias, trabalhou com metade da força disponível. No primeiro dia pensámos que faltaram porque se convenceram de que não saía o jornal. Mas quando viram que estavam enganados, também não se apresentaram. Alguns tinham responsabilidades de direcção e chefia. O ataque ao computador central foi com fogo, tinham medo de se queimar!
A sala de informática ardeu completamente porque foi sabotada. Quem fez a sabotagem queria mais. O prédio é antigo, as paredes são feitas em tabique (argamassa e madeira) e as chamas deviam chegar com facilidade ao depósito de combustível. Um jovem guarda nessa noite foi substituir um colega e fez as rondas todas. Durante a segunda da madrugada, viu fumo e um forte cheiro a queimado saindo da sala de informática. Alertou imediatamente os bombeiros e a polícia. Salvou-se o prédio e provavelmente o quarteirão. Nunca soube qual foi a conclusão do inquérito policial mas sei quem pôs o fogo na sala de informática.
Este ano vamos a votos. Os piratas informáticos trabalham para quem paga mais. Rui Pinto, Rafael Marques e Ana Gomes trabalham para quem lhes paga mais. Cuidado com os incêndios e os ataques informáticos. O engenheiro à civil Adalberto já mandou partir os postos de alta tensão em várias províncias. Não custa nada pagar a bandidos para silenciarem os órgãos públicos de comunicação social. Como a UNITA e suas correias de transmissão fomentam o ódio contra as e os jornalistas dos Media do sector empresarial do Estado, depois vão dizer que o ataque aconteceu porque o povo está descontente. A juventude está furiosa!
Engenheiro à civil Adalberto da Costa Júnior e seu sinédrio de sabotadores andam a violar o princípio sagrado da separação de poderes, atacando violentamente a magistratura judicial de todas as instâncias. Um dia destes “jovens furiosos e cidadãos descontentes” vão atacar o Tribunal Constitucional e outros órgãos do Poder Judicial. Avisei.
Estou de férias, saiu-me o euromilhões. Por favor, deixem-me descansar!
* Jornalista
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