Artur Queiroz*, Luanda
O acampamento da Jamba foi criado pelos racistas da África do Sul com o apoio e financiamento da CIA e do Pentágono. Era a montra do banditismo político apadrinhado por Washington e armazém dos traficantes de droga, diamantes e marfim, acobertados pelo alto comando das forças de defesa e segurança, sul-africanas. Ali o programa de acção era a traição. As eleições faziam-se à maneira do criminoso de guerra Jonas Savimbi. Quem pensava de forma diferente era morto à paulada ou a tiro. A oposição interna morria nas mãos de Abel Chivukuvuku e outros assassinos profissionais da BRINDE, a polícia secreta do Galo Negro.
O nível cultural era rastejante. Quem fosse um degrau acima de analfabeto, morria nas mãos dos torcionários de Savimbi por saber demasiado. Dezenas de jovens angolanas passaram pelas escolas secundárias e pelas universidades. Em 1974, aderiram ao que lhes venderam sobre a UNITA. Um movimento pacífico, abrangendo todas as raças e etnias, tolerante a todas as ideologias e credos religiosos. Seguiram Jonas Savimbi até à Jamba. Como não eram analfabetas e exprimiam abertamente o que pensavam, foram todas assassinadas nas fogueiras.
Pualo Lukamba Gato, Abílio Camalata Numa, Abel Chivukuvuku, Uambu e outros sicários da UNITA descobriram uma forma expedita de votar: Iam a correr buscar lenha para as figueiras enquanto Savimbi, com os olhos injectados pelo ódio, álcool e drogas berrava: Corram, corram! Vão buscar mais lenha!
Algumas mulheres das elites femininas do Galo Negro foram atiradas para as fogueiras com os seus bebés ao colo. Ana Isabel Paulino, a esposa oficial de Jonas Savimbi, em pleno congresso do Bailundo ousou falar de paz ante os belicistas. Foi enterrada viva. Tinha concluído um curso superior em França, não podia viver. O chefe nem conseguiu completar o sexto ano do liceu. Os brancos, seus donos, fizeram dele doutor.
Jonas Savimbi teve com sua esposa Ana Isabel Paulino, cinco filhos. Em quem vão votar no dia 24 de Agosto? Nos assassinos da Mamã ou em quem salvou Angola dos criminosos de guerra, hoje capitaneados por Adalberto da Costa Júnior? Nas seitas satânicas nunca se sabe.
Ana Isabel Paulino, quando concluiu o curso em Paris, regressou à Jamba. Nessa altura era noiva de Tito Chingunji. Savimbi fez dela a primeira-dama e exibia a jovem do Katchiungo nas capitais do mundo ocidental. Em Lisboa foi recebida, com o marido, no Palácio de Belém. Mário Soares rendeu as suas homenagens ao Flecha da PIDE e ao matador às ordens dos racistas sul-africanos. Os amigos são para as ocasiões.
A senhora Savimbi era tia de Raquel Matos (Romy) que Jonas Savimbi fez sua escrava sexual. Mais tarde libertou-a ela foi para Londres fazer um curso superior. A pobre Romy casou com Tito Chingunji. O criminoso de guerra matou os dois.
Outra sobrinha da senhora Savimbi, Navimbi Matos, também foi escrava sexual de Jonas Savimbi. Teve uma filha do criminoso de guerra. Esta jovem foi queimada viva em 1981, na Jamba. O criminoso de guerra chamou a esses crimes violentíssimos o “Setembro Vermelho”. Ninguém sabe da menina de sua mãe. Será que vai votar na UNITA? Com as seitas satânicas, nunca s sabe.
Jonas Savimbi ainda fez sua escrava sexual outra sobrinha de Ana Isabel Paulino, Sandra Kalufelo com quem teve um filho, o Muangai. Estava com ele em Fevereiro de 2022, quando o criminoso de guerra teve um encontro com o braço longo da Lei e morreu. Hoje Muangai tem 20 anos. Em quem vais votar, tu que foste salvo da morte pelos valorosos combatentes das Forças Armadas Angolanas? Nos assassinos ou nos teus salvadores? Nas seitas satânicas nunca se sabe.
Um amigo de Paulo Lukamba Gato pôs a circular nas redes sociais um som no qual apela à morte de polícias e ao rapto dos familiares das forças policiais “porque vivem nos nossos bairros e é fácil”. Antes do dia 24 de Agosto “para os outros terem medo”. A UNIT A sempre foi isto: Traição, ódio, destruição e mortes. Não mudam nunca.,
Nas primeiras eleições multipartidárias, em 1992, perderam as eleições e quase destruíram Angola como Estado Soberano. Montaram a mãe de todas as traições escondendo armas e soldados em bases secretas do Cuando Cubango, quando deviam desarmar e desmilitarizar. Mataram milhares de pessoas. Escorraçaram milhões das suas terras de origem. A pobreza que hoje temos nasceu aí, não é de geração espontânea. Depois perceberam que jamais chegarão ao poder através do voto e optaram pela sabotagem, o vandalismo, o ódio e a intolerância.
Os accionistas da Sociedade Civil em consórcio com a UNITA ficam bem nessa fotografia. Viciaram-se na mentira, na extorsão, na calúnia, na vadiagem, no parasitismo político e social, no assalto ao Orçamento Geral do Estado mas fingindo que comem por conta própria. O Bloco Democrático em termos eleitorais vale zero. Mas resolveu dar nas vistas igualando o Galo Negro na traição ao Povo Angolano e no ódio ao regime democrático. Pobres diabos.
Nem são capazes de assumir que ao alinharem nas listas da UNITA enveredaram definitivamente pelo caminho da traição e foram habitar o espaço onde residem todos os leprosos morais. Aquelas listas de candidatos a deputados são verdadeiramente uma leprosaria e o mais podre é um tal Francisco Viana. O Justino Pinto de Andrade é uma espécie de semáforo sempre no vermelho. Nem um voto passará por ele!
Accionistas da Sociedade Civil, sicários da UNITA (com o regressado Abel Chivukuvuku) e os leprosos morais do Bloco Democrático pedem aos seus apoiantes e votantes que no dia 24 de Agosto votem e depois ocupam os locais onde estão instaladas as mesas e assembleia s de voto. Ocupação! Para não existirem eleições. A UNITA anunciou que vai fazer uma contagem paralela. Este truque já foi denunciado. Os batoteiros do Adalberto dizem que ganharam as eleições paralelamente. E quando saírem os resultados verdadeiros, repetem a mortandade de 1992, quando tentaram um golpe de estado depois d derrotados.
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) informou a tempo e horas que contagem paralela de votos, propalada pelos accionistas da Sociedade Civil e alguns partidos na oposição, “é absolutamente ilegal”. O comissário João Damião esclareceu que “a lei não admite contagem paralela de votos e só a CNE é tem o controlo das mais de 26.000 mesas de voto”.
O comissário João Damião recordou que nas eleições de 2017 houve reclamações de alguns partidos políticos: “Disseram ter feito contagem paralela e nessa contagem reclamavam que a CNE lhes havia atribuído menos votos. Quantas actas, esses partidos submeteram à CNE? Não passaram de 20 e muitas delas rasuradas”.
João Damião denunciou também a existência de actos de vandalismo: “Estão retirar os dísticos das assembleias de voto e colocam-nos em cemitérios e nas árvores. Depois mostram o vandalismo nas redes sociais. Mas a CNE não tem nenhuma mesa ou assembleia de voto em cemitérios, nas árvores, nas unidades militares ou policiais nem nas igrejas. No fundo são actos de malfeitores que querem descredibilizar o processo, por isso é que os órgãos de comunicação social devem denunciar essas práticas”.
E a ocupação dos lugares de voto? O presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva, exortou o Ministério Público, a aplicar os mecanismos legais a todos os cidadãos eleitores que, após votarem, permaneçam nas assembleias de voto.
A CNE considera uma violação da lei o apelo dos accionistas da Sociedade Civil e da UNITA que tem incentivado os eleitores a permanecerem nas assembleias de voto após a votação no dia 24 de Agosto.” Os agentes eleitorais devem obediência à Constituição e à Lei", disse Manuel Pereira da Silva.
O Procurador-Geral da República em exercício, Luís de Assunção Pedro da Mota Liz, apelou aos magistrados do Ministério Público que tenham como prioridade de intervenção na sua acção os crimes eleitorais: "O que se quer, no final, é ordem e estabilidade no exercício do voto". Ninguém vai ocupar os locais de voto. As autoridades não permitem e os eleitores também não. Mais uma derrota à vista.
O jornalista Alberto Colino Cafussa é associado, no portal da UNITA Club K, a uma equipa do Jornal de Angola que “diabolizou” a Oposição. Pela fé de quem sou vos digo que enquanto trabalhei na Empresa Edições Novembro nunca ninguém foi diabolizado. E o meu colega Cafussa é um grande profissional. Dos melhores com quem trabalhei. Os bons jornalistas não diabolizam ninguém. Só esconjuram a mentira com a verdade dos factos.
*Jornalista
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