sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Portugal | A VIDA CUSTA, COSTA. XUXALISMO E ROSAS DO RATO E DE SÃO BENTO

Cortes na devida ação xuxalista trazem por consequência cortes nas compras, anuncia David Dinis no Curto de Expresso. Vem atrasado, há muitos meses que já sabemos disso. Dois terços dos portugueses andam a morder o pó da miséria representado por tão baixos salários e com a carestia de vida a ser insuportável. Mais de um terço desses mesmos portugueses já sabem o que é fome e convivem com a desnutrição todos os dias. Dirão os santos padres que afinal o que o governo Costa quer proporcionar aos portugueses é o jejum à moda do cardeal Cerejeira em conluio com Oliveira Salazar, Passos Coelho, outros bons sacristas e as suas “santas políticas”.

Indiferente, opulento, garboso, Costa segue com denodo a bíblia do capitalismo selvagem, esclavagista, ultra neoliberal… E ainda a procissão vai na praça, dizem os entendidos nestas coisas de destinar milhões da população aos jejuns, às fomes de salários dignos, de políticas de trabalhos dignos, etc. Mas qual dignidade? Perguntará Costa anafado, primeiro-ministro quase vitalício a caminho de toucinho. Europeísta de alma e carteira exclama com a escova da graxa da UE na mão: “Mas qual dignidade, qual carapuça! O que temos é de ajudar a Ucrânia nazi e os Zé Lenskis corruptos, afetos a paraísos fiscais, sedentos de mísseis e de crimes de guerra!” Para Costa e para o governo xuxalista não faz sentido mitigar os efeitos da inflação. Na sua bíblia capitalista é regra que os ricos devem ganhar com a crise à custa dos milhões de pagantes, de explorados e desnutridos. Pois então. Isso é que é xuxalismo do puro! Aleluia.

Além disso existe um ministro das Finanças xuxalista que tem muita lábia e bons cargos de vencimentos chorudos... para os amigos.

Dito isso, retirado do cardápio da verdade atualizada… Abusos declarados que querem que fiquem nas sombras do pecado e da épica santa pedofilia para terminar. Desses encontra-se referência no Curto do Expresso hoje com Dinis. Abusos da igreja. Para além dos abusos do governo e das suas políticas de indiferenças na linha xuxalista há mais matéria para lerem no Curto do Expresso. Façam o favor de aceder. Convidamos.

Saúde, sorte e sujeição exemplar à falta de dinheiro para gastos, que é causa de miséria e fome. Santa inflação e indiferença xuxalista nos castigue. Siga para a prosa promocional de Dinis, sem rebuço nem um pingo do “Milagre das Rosas”. A vida e a sobrevivência custa, Costa. Não para uns quantos e sim para, pelo menos, dois terços da população portuguesa. Socialismo… Perdão. Xuxalismo, a morar no Rato e em São Bento.

Bom fim de semana. Mas como?

SG | PG


O Expresso desta semana: corte nas compras, mais abusos e o caso Medina

David Dinis | Expresso (curto)

Viva, hoje há Expresso nas bancas e venho contar-lhe o que temos para si.

A manchete é provavelmente sobre o tema que mais vai marcar as nossas vidas nos próximos meses. Conta que a inflação já obriga mais de metade dos portugueses a cortar nas compras. No texto explicamos quanto, onde e como.

Depois do que contámos na semana passada, fizemos um trabalho mais extenso sobre a crise dos abusos sexuais na Igreja. Falamos de mais casos, agora de abusos sobre seminaristas. Explicamos como o patriarca ficou isolado - e pode mesmo sair dentro de poucas semanas. Fazemos um descodificador, para lhe responder a dúvidas importantes. E ainda lembramos como estão as investigações noutros pontos do mundo.

Já agora deixo-lhe uma nota: quando ler o Duelo, que é sobre o tema, saiba que errámos num dos textos: Rita Carvalho escreve pelo "Sim", ao contrário que aparece na edição escrita. Pelo erro pedimos desculpas à autora e aos leitores (o texto está aqui, para ler sem pré-conceitos e com a nota de correção).

Em jeito de notícias, falamos do caso político da semana, para dizer que o consultor de Fernando Medina vai ficar sem fiscalização para eventuais conflitos de interesses.

Revelamos que três juntas de freguesia de Lisboa estão a ser investigadas pelo SEF por suspeitas de negócio com imigração ilegal.

Contamos como os deficientes das Forças Armadas desesperam por próteses que nunca mais lhes chegam - numa espécie de prisão domiciliária.

E ainda avançamos que a seca em todo o país pode levar ao fecho de piscinas municipais.

No internacional, temos uma reportagem no Afeganistão dos talibãs - um ano depois da tomada de poder. Também uma peça sobre uma Somália à fome. E um bom explicador sobre as buscas a Donald Trump.

Isto, claro, é só um resumo do primeiro caderno.

No caderno de Economia, o destaque vai para a notícia que faz manchete: Supremo obriga TAP a pagar 50 milhões aos pilotos. O caso é antigo, arrastou-se nos tribunais, mas vai cair mal nas contas da empresa. Leia aqui.

Contamos-lhe também que Portugal é dos menos generosos com salários públicos - um tema sensível tendo em conta a inflação galopante destes meses. E também tendo em conta isto: Berlim já decidiu as novas regras orçamentais da UE. Quem vai cumprir?

Mais: ajudamos a escolher entre taxa fixa e variável. Damos notícia de que a ocupação do edifício da CGD pelo Governo ainda está a meio gás. Um dia o Governo muda, de sítio claro.

Temos uma entrevista com o responsável pela compra das rádios da Media Capital: “É uma excelente estreia em Portugal”.

E olhamos para a tensão em Taiwan, que ameaça 5% do PIB mundial - e pode bem atingir Portugal.

Ainda me falta falar-lhe da Revista E,

cuja capa se dedica a um tema inexplorado: os denunciantes de crimes que ficam sob proteção judicial, devido aos riscos que correm. São 29 hoje, cerca de 200 nos últimos 20 anos. Chamamos-lhe Segunda vida.

Há mais um tema sério para ler, cheio de atualidade: A pobreza que há em nós conta que a cada meia hora, ao longo de 2020 e de 2021, uma família preencheu o formulário do Banco Alimentar para pedir comida. Foram quase 100 mil pessoas, a maior parte das quais vivia até então sem precisar de ajuda.

Fora de portas, olhamos para A Nova Geopolítica, um texto de Bruno Mações sobre como as grandes potências - EUA, Rússia e China - estão a redefinir as regras que definem quem mais influencia o mundo.

Por fim, uma entrevista deliciosa ao autor nórdico Jon Fosse: “A escrita é um meio para escapar de mim mesmo”.

Às vezes precisamos disso, de sair de dentro de nós. Aqui no Expresso, tentamos ser nós próprios a cada dia que passa, sempre ao seu lado. Boas leituras, bom fim de semana.

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