sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Portugal | A FELICIDADE NÃO MORA AQUI, NEM A DECÊNCIA...

Curto do Expresso a seguir. Aborda temas de interesse e outros que nem por isso. Pelo meio estão as coisas de assim-assim. Não negamos por aqui a liberdade de expressão mas sabemos da existência de mioleiras que podem desagradar… E muito. Para isso importa saber ouvir ou ler e saber interpretar, depois analisar e perceber o lado da barricada do pensamento e da acção adequada no interesse do coletivo plebeu que tem por destino produzir mais-valia em troca de esmolas a que chamam ordenado, vencimentos, pensões de reforma (na maioria de valores abaixo do diminuto-insuficiente e de valores frequentemente roubados… Adiante.

No Curto fala-se de fogos. Grandes fogos um pouco (demais) por quase todo o país – esta Lusitânia Dormente e Quente. Fogos postos? Uns sim, outros não. Uns por interesses esconsos ativados por “encomenda”, outros por doenças a atirar para o lado das piromanias. Doentes não faltam e os descobertos com fósforos na mão já somam cerca de centena e meia (diz a Polícia Judiciária).

A propósito de fogos e de Portugal a arder não esqueçamos os portugueses prejudicados e mal pagos por via das políticos ultra-neoliberalistas (antecâmara do fascismo), adeptos das injustiças sociais, das incúrias, das corrupções, do fomento das desigualdades que nos tem transportado desde a nascença para a pobreza. Trabalhamos que nem mouros mas passamos fome… ou quase. Sim, temos fome de ser governados por honestos, por aqueles que fomentem o bem-comum e a igualdade servida com justiça, etc., etc.

Contenção neste arrazoado de palavras vai ser útil para passarmos para o Curto do Expresso de Balsemão Bilderberg. Pois então.

A propósito de por então, já agora, acrescentamos aquela frase já velhinha que que rima: “Desculpem qualquer coisinha e tanta miseriazinha”. Estamos atentos e conscientes que os usuários detentores dos poderes nos andam a enganar com práticas de mafiosos e chulos… O costume. Vossemecês sabem bem disso. Pelo menos os de mais experiência e idade. A história repete-se amiúde. Só temos de ficar atentos e rejeitar que sempre seja assim… É que passamos a vida a trocar entre o cagalhão e a merda – o que é, indiscutivelmente, a mesma coisa. Quem não sabe isso? Pois. Mas até parece que não, que não sabem. Pois. Ah, cabecinhas de arvela… Avancemos. Porque a felicidade não mora aqui. Nem a decência...

Uma nota: era muito bom que o Expresso fosse escrito na totalidade em português de Portugal. Basta de maus tratos à Língua de Camões e de abandalhamento da Língua Pátria em publicações portuguesas, em órgãos de comunicação social portugueses, TVs, Rádios, etc.

Curtam a seguir.

MM | PG

Felicidade é fogo-fátuo

Marco Grieco | Expresso (curto)

Bom dia, caro leitor/utilizador/amigo/espectador.

Passaram-se sete edições, exatos 49 dias – aproximadamente 1176 horas ou, ainda, 70.560 minutos, para os que gostam de números longos – desde que escrevi o meu anterior Expresso Curto, dando conta de (quase) tudo o que o jornal trazia naquela semana.

Desde então, o tempo andou para a frente, com a guerra na Ucrânia a marcar passo, completando agora seis meses. No mesmo período, a liberdade de expressão andou para trás, ferindo quase de morte o escritor Salman Rushdie.

Já o fogo, esse andou para cima, subindo a Serra da Estrela para acabar com 25.319 hectares de floresta, perto de 30% do Parque Natural. Ano após ano, neste tema andamos sempre de lado, como os caranguejos, sem encontrar o caminho para uma solução definitiva.

Neste prazo temporal vagamente rigoroso – já que a rotação da terra, na verdade, dura exatamente 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9 centésimos –, boas notícias foram fogo-fátuo, mas também as há: na Tribuna os nossos medalhados Pimenta e Pichardo, na Marinha, o novo navio cheio de robôs do Almirante Gouveia e Melo…

Para esfriar a cabeça – ou queimar os miolos – não deixe de aproveitar a terceira edição dos Jogos Sortidos, no interior da Revista do Expresso.

E (quase) tudo o fogo levou

Com uma nova onda de calor a chegar ao interior centro e norte e os ventos de leste a começarem a soprar nos próximos dias, é cedo para dar como extinto o grande incêndio que devastou durante 12 dias cerca de 25.319 hectares na serra da Estrela, consumindo mais de um quarto do Parque Natural.

Críticas e impressões

Alexandra Leitão, ex-ministra, presidente da Comissão Parlamentar para a Transparência, apesar de tecer elogios a António Costa, mostra-se contra uma a estratégia em relação ao Chega, diz que gostava de ver um Executivo “mais à esquerda”, elogia Pedro Nuno Santos e critica a decisão do Governo de não aumentar os funcionários públicos.

4368 horas de angústia (sem fim à vista)

A artilharia continua a voar de um lado para o outro, mas nenhum dos poderes beligerantes atingiu os seus objetivos. No balanço de seis meses de invasão russa na Ucrânia, analistas apontam impasse como o cenário mais provável até ao fim do ano.

Dinheiro sujo

O líder do partido do Presidente da Guiné-Bissau fez depósitos no valor de quase €2 milhões em Portugal. O Ministério Público arquivou, em 2021, um inquérito-crime por falta de resposta das autoridades guineenses. O “senhor” Camará já havia sido investigado por tráfico de droga.

E ainda…

. IGF encontrou indícios de crime no caso dos ‘russos de Setúbal’

. 200 anos de Independência: “Onde foi que o Brasil se ferrou?”

. Tribuna. Os treinos de Fernando Pimenta e as medalhas do nosso atletismo

O tubo sai da gaveta?

Se avançar mesmo, novo gasoduto ibérico deverá custar €300 milhões. O Governo, a REN e a Agência do Ambiente estão a estudar o redesenho da terceira interligação de gás com Espanha. O Executivo espera comparticipação europeia para financiar o projeto.

Efeitos da guerra

Inflação, juros a subir, crise na energia e quebras no fornecimento de matérias-primas tornam cenário de recessão cada vez mais provável. Os seis meses de guerra tramaram a economia mundial.

Novo aeroporto…

… em Santarém! Um grupo de investidores privados está a estudar uma localização alternativa para o futuro aeroporto. Obra não precisaria de dinheiro público e poderia arrancar com investimento inferior a €1000 milhões.

E ainda…

‘Buraco’ do Fundo de Resolução diminui pela primeira vez em 2021

. Contribuições para a Segurança Social batem recordes

. Entrevista a João de Mello, presidente da Bondalti: “Somos quem mais sabe
de hidrogénio em Portugal”

Deusas da gula

Na mitologia, as divindades são mulheres de grande reverência e veneração. Na cozinha nacional, também. Do Minho ao Algarve, e desde o litoral ao interior, há um Olimpo feminino que o Expresso foi descobrir.

O futuro da TV

Vai arrancar uma batalha épica no campo da ficção e, não menos importante, no dos relatórios e contas dos gigantes da indústria do entretenimento. De um lado, a HBO Max, com “House of the Dragon”, do outro a Amazon Prime Video, com “O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder”.

Angola, e agora?

Trinta anos depois das primeiras eleições, os angolanos vão às urnas sem uma indicação clara de quem vai ganhar. Ensombrados, de novo, por um elevado índice de desconfiança, vão participar naquelas que serão, porventura, as mais disputadas eleições na história democrática do país desde 1992.

E ainda…

Ilya Samoïlenko, o jovem comandante ucraniano em Mariupol, por Bernard-Henri Lévy

. Entrevista a Daniel Blaufuks, o fotógrafo que “tem necessidade de escrever”

. Fisga: a família tradicional está em mudança

“Nope”, terceiro filme de Jordan Peele, é uma crónica da “nova” América

A todos um ótimo fim de semana.

Nos vemos (vemo-nos pt) pelo Expresso.

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