quarta-feira, 12 de outubro de 2022

ESTAMOS QUILHADOS!

Bom dia. A seguir vai poder ler o Curto do Expresso, resultado do jogo de palavras da jornalista eloquente Isabel Leiria, lá do burgo do tio Balsemão, Impresa, Expresso, SIC e outros filhotes. Um império, uma Fábrica de Ideias e Distorções à medida dos guiões Bilderberg e afins. Muitos, parece que a maioria, vão atrás disso pela larga avenida dos parolos e idiotas. Mas é assim. A inundação de lavagens ao cérebro é o que cada vez mais nos ataca. E lá vamos na onda. Faz parte, excepto aos que são diferentes, desassossegados e põem em causa tudo, todos e eles próprios. Adiante.

O Curto refere a guerra. Aquela em que os EUA mandataram os seus lacaios europeus com cargos de monta na UE antes e depois de passarem a procuração à Ucrânia para se abespinhar contra a Rússia com os seus magotes de nazi-fascistas assassinos. Depois do golpe de Estado foi um acelerar de ataques à Rússia e às populações. A história é longa e muito divulgada se souberem procurar nos sítios certos. Está por aí na net tudo que podemos aprender, esclarecer ou recordar. Certo é que por arrasto a Europa também acabou por ser levada para uma guerra que a está a destruir e a gerar mortes horrendas, fome e miséria. Com a escalada tudo vai ser ainda pior por cá, pela Europa. Olhando para os EUA vimos que estão a ganhar do bom e do melhor com esta tal guerra contra a Rússia e a Europa sem excepções. São os povos europeus que sabem bem que é assim. A palavra de ordem é sofrer em prol da hegemonia dos EUA. Assim, a Europa não é mais nem menos que uma flagrante colónia dos EUA. Depois de tanta mortandade, destruição e desgraça que tal a UE exigir que as questões sejam resolvidas diplomaticamente e sem mais interferências e venenos dos EUA? Proposta ingénua? Talvez. Afinal os execráveis senhores das guerras e dos roubos aos povos existem e ocupam altos cargos  de ambos os lados do Oceano Atlântico, nos EUA, na UE, no Reino Unido. Por isso mesmo tudo isto pode vir a redundar no nuclear. Fica claro que não é nem a Rússia nem a China que são inimigos do Ocidente mas sim os EUA e os lacaios que na Europa os servem no objetivo de os elevar a completamente donos do mundo, do planeta e, se possível, do cosmos e de outros planetas. Felizmente que acertadamente existem terráqueos que acreditam que os EUA nessa parte se vão dar muito mal... E todos nós neste planeta Terra também. Dai tempo ao tempo.

Avancemos porque se faz tarde. 

No Curto vêm aí temas como o OE 2023. Assim se vê como o PS usa o S de Saqueador dos que trabalham e não de Socialista. A famigerada inflação é palavra de ordem, o FMI também aqui consta e os cúmplices dos ladrões-mor (que ladrões são) içam os chicotes do esclavagismo para desancar a ralé produtiva e fazê-la viajar aos trabalhos e sobrevivência forçada, desumana.

No Curto o título inclui que ainda está por vir o pior. Pois está. Se os povos continuarem a deixar-se manipular. Tempo de frontalmente se saber dizer e pôr em prática: abram os olhos mulas!

Avancemos. O Curto já a seguir. Por falta de melhor pergunte-se: o que é que eles e elas andam a aprender nas universidades? Desumanidades? Contemplações doentias dos seus próprios umbigos? O quê?

Estamos quilhados!

MM | PG

Guerra, inflação, China. O pior pode ainda “estar por vir” 

Isabel Leiria | Expresso (curto)

Bom dia,

Ainda a proposta do Orçamento do Estado estava a ser digerida e as contas aos ganhos e perdas de rendimentos a serem feitas, quando o FMI apresentou as suas mais recentes projeções para 2023, com um cenário mais pessimista para Portugal do que o apresentado na véspera pelo Governo. A inflação em Portugal deve baixar, mas ficar nos 4,7% no próximo ano (o ministro das Finanças acredita num valor de 4%), e o crescimento abranda para 0,7%, abaixo dos 1,3% inscritos no cenário-base do OE.

O problema é que todas estas projeções são feitas num momento de enorme instabilidade, construídas em cima de variáveis igualmente incertas. O preço do petróleo vai ficar dentro do previsto? As taxas de juro Euribor vão continuar a subir muito? A economia mundial vai refrear ainda mais? E a procura interna? O país crescerá no próximo ano sim, provavelmente até acima da média da zona euro. Mas isto confiando que tudo o que puder correr mal, não corra, como analisa aqui o editor de Economia do Expresso.

Fundo Monetário Internacional afasta, por agora, a previsão de uma nova recessão global em 2023, mas não doura o cenário e admite que “o pior está por vir”. A inflação que está a fazer disparar os custos de vida, o abrandamento do crescimento económico da China, que afeta todo o mundo, e a guerra na Ucrânia são para esta organização os três principais fatores que estão a condicionar o desempenho da economia mundial, com impacto nos mais vulneráveis.

E as notícias que têm chegado nos últimos dias da Ucrânia não permitem qualquer otimismo, com a guerra a parecer mais próxima de escalar do que cessar. Várias cidades do país continuaram ontem a ser bombardeadas, com as Nações Unidas a considerarem que esta nova onda de ataques com mísseis - após a explosão no domingo da ponte que liga a Rússia à Crimeia - podem configurar novos “crimes de guerra” se tiverem visado alvos civis de forma intencional. Porque no “caos da guerra também há leis”.

Kiev já pediu mais ajuda militar para fazer face a esta vaga de ataques aéreos e a resposta dos países do G7 não demorou. Após uma reunião por videoconferência com Zelensky, os líderes dos EUA, Alemanha, Japão, França, Itália, Canadá e o Reino Unido garantiram que continuarão a fornecer “ajuda financeira, humanitária, militar, diplomática e jurídica” e que ficarão ao lado da Ucrânia “o tempo que for necessário”.

Para hoje e à margem de uma cimeira regional na capital do Cazaquistão, está previsto um encontro entre os presidentes da Turquia e da Rússia, onde poderão ser discutidas as relações entre o Ocidente e Moscovo, admitiu o Kremlin. Pode acompanhar em permanência todos os desenvolvimentos da guerra aqui.

Outras notícias

Crimes sem castigo Desde que entrou em funcionamento, no início deste ano, a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa já recebeu 424 testemunhos. Até ao momento, apenas 17, relativos a padres ainda em funções em diferentes dioceses do país, seguiram para o Ministério Público. Há ainda mais 30 em estudo para igual procedimento, mas a maior parte dos alegados crimes reportados já prescreveu, reconheceu ontem o pedopsiquiatra Pedro Strecht, durante um balanço da atividade da Comissão que coordenará até ao final do ano. Até 31 de dezembro deverá ser apresentado um relatório com as conclusões da investigação. Que não deverá ser brando perante as ações e silêncios da Igreja ao longo das últimas décadas.

Brandas e, no mínimo, infelizes foram as declarações do Presidente da República. Comentando os números apresentados pela Comissão, Marcelo disse que “400 casos não parece particularmente elevado” face aos milhares de jovens que contactaram ao longo dos anos com a Igreja e do extenso horizonte temporal em investigação. As críticas dos partidos perante a insensibilidade das declarações gravadas pelos jornalistas não tardaram. E pouco tempo depois foi publicada uma nota no site da Presidência da República, esclarecendo a expressão: “(…) este número não parece particularmente elevado face à provável triste realidade, quer em Portugal, quer pelo Mundo. (…) Vários relatos falam em números muito superiores em vários países, e infelizmente terá havido números muito superiores em Portugal”, mas que não chegaram ao conhecimento da Comissão. ”Fui mal interpretado, mas não percebo porquê", acrescentou depois em declarações à SIC Notícias.

Infração com castigo O Tribunal de Santarém confirmou a condenação de ex-gestores do BES sobre o aumento de capital que o banco realizou em 2014 e ditou uma coima de 950 mil euros ao seu antigo presidente executivo, Ricardo Salgado. Este processo de contraordenação, saído da intervenção da CMVM, ainda não tinha sido validado pelos tribunais. A defesa ainda invocou a doença de Alzheimer do ex-banqueiro para condicionar a pena, mas a juíza do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão não a considerou como atenuante. Até porque não há nada que indique que, à data dos factos, Salgado fosse afetado por esta doença e que pudesse justificar alguma falta de culpa ou responsabilidade, justificou a magistrada.

SNS O grupo de peritos encarregue de propor uma solução para as urgências de obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde recomenda o fecho do atendimento SOS em quatro unidades: Vila Franca de Xira, Barreiro, Covilhã e Castelo Branco. O documento já foi apresentado e discutido com a nova equipa da Saúde, falta agora a decisão do Ministério.

Falta de turismo Depois de quase três anos de restrições por causa da pandemia, o Japão eliminou a quota de entrada diária de turistas no país e retomou os acordos bilaterais de isenção de visto de curta duração (incluindo Portugal), na esperança de revitalizar a economia japonesa. A mudança de política percebe-se olhando para os números: em 2019, o Japão recebeu 32 milhões de turistas; em 2021, foram 246 mil.

Excesso de turismo A Assembleia Municipal do Porto aprovou segunda-feira à noite a suspensão de novos registos de Alojamento Local nas freguesias do centro histórico e do Bonfim. A oposição diz que a decisão “peca por tardia”, os proprietários contestam e garantem que o alojamento local já não é ´o “turismo de pé descalço”, nem pode ser “bode expiatório”.

Liga dos Campeões O Benfica empatou com o PSG, no Parque dos Príncipes, repetindo o resultado conseguido há uma semana no Estádio da Luz (1-1). A vitória do Macabi Haifa sobre a Juventus, o outro jogo do grupo que se realizou ontem, coloca o Benfica perto do apuramento para os oitavos. Esta quarta-feira entram em campo Sporting (defronta o Marselha em casa) e o Porto, que joga na Alemanha contra o Bayer Leverkusen. Os dois jogos realizam-se às 20h00.

Crime, disse ela A atriz Angela Lansbury, que interpretou o papel de Jessica Fletcher, a escritora e detetive amadora da popular série dos anos 80 “Crime, Disse Ela”, morreu ontem aos 96 anos. Angela Lansbury foi nomeada três vezes para melhor atriz secundária sem nunca conquistar o troféu da Academia, mas foi distinguida em 2013 com um óscar honorário pela sua carreira que se estendeu ao longo de oito décadas.

Frases

“O número mínimo de vítimas será muitíssimo maior do que as quatro centenas e os abusos compreendem todas as formas descritas na lei portuguesa.”

Pedro Strecht, presidente da comissão para a investigação de abusos sexuais sobre crianças por membros da Igreja Católica

“Não prevemos recessão. Mas para muita gente 2023 vai ser sentido como uma recessão.”

Pierre-Olivier Gourinchas, economista do Fundo Monetário Internacional, na apresentação do World Economic Outlook

“Teria sido um sucesso se a tivesse desacelerado apenas cerca de 10 minutos, mas na verdade reduziu em 32 minutos.”

Bill Nelson, administrador da NASA, confirmando que a sonda DART, que chocou intensionalmente com um asteroide a 10 milhões de quilómetros da Terra no final de setembro, conseguiu mudar a trajetória daquele corpo rochoso, naquele que foi um primeiro teste de defesa planetária

Sugestões de podcasts

Otimismo e dúvidas em tempo de guerra. O novo Orçamento de Costa, “a navegar à vista da costa”, em análise no podcast Comissão Política, com Vitor Matos, David Dinis, Rita Dinis e Eunice Lourenço

O fair play que abraçou o Casa Pia-Vizela, simulações e o dia em que Duarte Gomes teve uma garrafa apontada à garganta. Oiça o novo episódio do podcast A Culpa é do Árbitro, com Duarte Gomes e Lídia Paralta Gomes

Casillas já não é gay, Marcelo acha pouco. Esta semana há canibais, teatros e igrejas. Júlia Pinheiro, Rui Zink, Manuel Serrão e Rita Blanco protagonizam mais um delirante episódio do podcast A Noite da Má Língua

O que ando a ler

A segunda vida de Olive Kitteridge. Onze anos depois de Olive Kitteridge, a escritora norte-americana Elizabeth Strout recuperou a desconcertante, desagradável, comovente, amargurada e simultaneamente divertida personagem a que deu vida em 2008. Olive, uma professora reformada de Matemática que vive numa pacata cidade costeira do Maine, tenta encontrar um sentido para a reta final da sua vida.

Entre as amarguras do passado e episódios caricatos do quotidiano, Elizabeth Strout mantém o registo trágico-cómico do primeiro livro, que lhe valeu um prémio Pulitzer de ficção e uma adaptação da obra a uma minissérie televisiva (disponível na HBO). Recomendei-o em Expresso Curto anterior e faço-o agora novamente para o seu sucessor.

Desejo-lhe um bom resto de semana, recomendando igualmente que acompanhe toda a atualidade aqui.

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