A campanha imersa no marketing dos animais de companhia e na produção mediática da bipolarização pretende tirar espaço à discussão dos problemas do país e das reais alternativas existentes.
Depois de uma semana em que o líder do PSD, o fundador do Livre e os presidentes da Iniciativa Liberal e Chega usaram os seus animais de estimação em plena luta eleitoral, para deleite dos telejornais, a recta final da campanha eleitoral assistiu ao duelo entre o líder do PS e PSD por entrepostas mascotes.
O presidente do PSD, Rui Rio, considerou que o líder do PS «perde oportunidades de estar calado» e disse que António Costa devia seguir o «exemplo» do seu gato de estimação que «é uma figura central» desta campanha.
«Um dos elementos que tem sido notório nesta campanha, um elemento importante, é o Zé Albino [gato de Rui Rio] e eu acho que há aqui candidatos, em particular o doutor António Costa, que devia seguir o exemplo do Zé Albino, consegue ser uma figura central da campanha e não perde uma única oportunidade de estar calado, é que não perde mesmo, e o doutor António Costa, às vezes, perde oportunidades de estar calado», criticou.
Em resposta, o secretário-geral do PS, António Costa, respondeu que o gato do presidente do PSD, o Zé Albino, anda visivelmente deprimido, mas mostrou-se confiante de que isso vai passar porque Rui Rio volta para casa já no domingo.
Questionado como tem encarado as comparações entre si o gato do presidente do PSD, Rui Rio, que se chama Zé Albino, o secretário-geral do PS recusou-as, começando por observar que não tem gato, mas uma cadela e um cão.
«A última vez que vi numa foto o gato do doutor Rui Rio ele estava deprimido. E eu sou tudo menos uma pessoa deprimida. Sou uma pessoa alegre e não sou dado a depressões. Até sou acusado de ser optimista nas piores situações», respondeu.