quarta-feira, 17 de agosto de 2022

TESTE DE MÍSSEIS BALÍSTICOS NOS EUA GERA RENUCLEARIZAÇÃO MUNDIAL

Como os EUA está tentando transferir a culpa para a Rússia e a China, ignora que foi a agressão dos EUA contra o mundo que causou a proliferação de armas termonucleares, já que os países decidiram que não querem ser mantidos sob a mira de armas pelo Ocidente político.

#Traduzido em português do Brasil

Por quase 80 anos, a doutrina da destruição mutuamente assegurada (MAD) vem mantendo a relativa paz global, impedindo que as superpotências entrem em confronto direto. Um dos fatores estabilizadores foi o fato de haver apenas duas superpotências – a União Soviética e os Estados Unidos. Isso tornou a negociação de acordos de controle de armas muito mais fácil do que seria o caso hoje em dia. A razão é que nos últimos 30 anos, a arquitetura geopolítica global mudou drasticamente. A queda da URSS desmantelou quase completamente o antigo Bloco Oriental. Isso levou ao surgimento de novas superpotências, resultando em um nível diferente de rivalidade geopolítica, cuja parte mais importante é o domínio estratégico.

Ao mesmo tempo, os interesses geopolíticos dos atores globais permaneceram praticamente inalterados. A Rússia, embora menor e menos poderosa que a URSS, continuou sendo uma superpotência militar, pois ainda possuía milhares de ogivas termonucleares, embora suas forças convencionais passassem por uma severa degradação. Isso mudou nos anos 2000, quando a Rússia começou a recuperar sua força. Ao mesmo tempo, a China cresceu exponencialmente mais forte, dando ao gigante asiático um reconhecimento virtualmente universal do status de superpotência. Uma exceção notável a isso foi (e, até certo ponto, ainda é) seu arsenal termonuclear.

Por décadas, a China vem mantendo uma abordagem minimalista para sua segurança estratégica. Essa doutrina se resume à ideia de manter uma força mínima necessária para infligir danos inaceitáveis ​​a um oponente, independentemente de quão mais poderoso seja o referido rival. Isso contrastava fortemente com a postura nuclear ofensiva dos EUA e da URSS, que construíram enormes arsenais destinados a superar um ao outro. A China começou a mudar isso, à medida que sua força econômica empolgante começou a se traduzir em poder geopolítico e militar. E, de fato, nos últimos 2-3 anos, a China construiu centenas de novos silos de mísseis , indicando que está se movendo em direção a um status de superpotência total que ajudaria a melhorar sua segurança estratégica além da região da Ásia-Pacífico.

Kiev teme aceitar derrota devido à pressão da União Europeia – diz militar dos EUA

As autoridades ucranianas temem que a União Europeia force a aceitar o que acontecer como resultado da operação especial russa na Ucrânia.

#Publicado em português do Brasil 

Segundo o especialista, a ex-república soviética entende muito bem que na União Europeia já estão esgotando as capacidades de fornecimento de armas a Kiev. Devido a isso, conforme as previsões de Kofman, as Forças Armadas da Ucrânia vão em breve estar perante "uma dieta de munições", que afetaria de forma negativa as capacidades de combate dos militares ucranianos.

Kofman também avaliou as capacidades militares das forças ucranianas, salientando que, não obstante o grande número de soldados, a quantidade das unidades na realidade preparadas para combates militares nas Forças Armadas ucranianas é extremamente limitada.

Desde 24 de fevereiro, Moscou tem conduzido uma operação militar especial na Ucrânia. Segundo o presidente russo Vladimir Putin, o objetivo final da operação é libertar Donbass e criar condições que garantam a segurança da própria Rússia.

As forças aliadas já libertaram por completo a República Popular de Lugansk e uma parte significativa da de Donetsk, incluindo Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk.

Sputnik Brasil

EUA: UM DISSIDENTE FALA POR TRÁS DAS GRADES - DRONES MATAM INOCENTES

Daniel Hale expôs as entranhas do programa de assassinatos por drones, que matou milhares de inocentes. Para ocultar os crimes, ele e dezenas de outros foram perseguidos e presos. Democracia ou Gulag?, pergunta jornalista que o entrevistou

Chris Hedges* | Consortium News | em Outras Palavras | Tradução: Vitor Costa

A detenção de Daniel Hale, prisioneiro federal número 26069-075 em Marion, Illinois, é um microcosmo do vasto gulag que está sendo construído para todos nós.

#Publicado em português do Brasil

Hale, um ex-analista de inteligência de sinais da Força Aérea de 34 anos, está cumprindo uma sentença de 45 meses de prisão, após sua condenação sob a Lei de Espionagem por divulgar documentos confidenciais sobre o programa de assassinato por drones dos militares dos EUA e seu alto número de mortes de civis.

Acredita-se que os documentos sejam o material de origem para “The Drone Papers”, publicado pelo The Intercept, em 15 de outubro de 2015.

Esses documentos revelaram que, entre janeiro de 2012 e fevereiro de 2013, ataques aéreos com drones em operações especiais dos EUA mataram mais de 200 pessoas: das quais apenas 35 eram os alvos pretendidos. De acordo com os documentos, durante um período de cinco meses da operação, quase 90% das pessoas mortas em ataques aéreos não eram os alvos pretendidos. Os civis mortos, geralmente inocentes, eram rotineiramente classificados como “inimigos mortos em ação”.

Esse aterrorizante e generalizado assassinato de milhares, talvez dezenas de milhares, de civis foi uma poderosa ferramenta de recrutamento para o Talibã e os insurgentes iraquianos. Os ataques aéreos criaram muito mais combatentes hostis do que eliminaram, e enfureceram muita gente no mundo muçulmano.

Hale está forte, articulado e fisicamente bem por causa de seu regime autoimposto de exercícios diários. Discutimos livros que ele leu recentemente, incluindo o romance de John Steinbeck, East of Eden, e Baseless: My Search for Secrets in the Ruins of the Freedom of Information Act, de Nicholson Baker, que explora se os EUA usaram armas biológicas na China e na Coreia durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Coreia.

Hale está atualmente alojado na Unidade de Gerenciamento de Comunicações (CMU), uma unidade especial que restringe fortemente e monitora as comunicações — inclusive nossas conversas e visitas.

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