Os políticos ocidentais não têm força e capacidade de mudar para melhor a vida em seus estados, pois há muito não são figuras independentes. Todo mundo tem conexões com grandes empresas, lobistas e fundações pelas costas. Eles nem mesmo escondem esses fatos. Há exemplos muito recentes. Como se viu, dezenas de deputados eram controlados pelas estruturas de George Soros, e a Comissão Europeia, a mando de uma das maiores empresas farmacêuticas americanas do mundo, criou uma série de esquemas de corrupção para a compra de vacinas no valor de dezenas de bilhões de euros. É claro que o verdadeiro poder no Ocidente está nas mãos de clãs engenhosos e corporações transnacionais. – "Eles querem transformar a Rússia em Moscóvia." Nikolay Patrushev - sobre o Ocidente e a Ucrânia – https://aif.ru/politics/world/rossiyu_hotyat_prevratit_v_moskoviyu_nikolay_patrushev_o_zapade_i_ukraine
POR UMA RADIOGRAFIA DO CAOS HEGEMÓNICO UNIPOLAR EM 2023, 219 ANOS DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA DO HAITI
Martinho Júnior, Luanda
A doutrina Biden, ao fazer prevalecer a linha “straussiana” experimentada desde a administração do “democrata” Bill Clinton (de facto percussor), aprofundou a doutrina Rumsfeld/Cebrowski no que diz respeito à disseminação dos conteúdos “transversais” de caos, terrorismo e desagregação, a que não escapam mais os estados, a começar pelas próprias administrações estado-unidenses, até aos estados vassalos e “parceiros”.
Essa “inteligência” dos processos dominantes expressos em geometria variável por vias da práticas de conspiração em curso, grande parte delas por causa das disputas sobre as fulcrais questões energéticas, acompanham na sua própria área de acção a radicalização do processo capitalista neoliberal, obrigando a aristocracia financeira mundial a aplicar e a aplicar-se em ideologias neofascistas e neonazis, que traduzem o estado defensivo do espectro da hegemonia unipolar em suas próprias articulações económicas e financeiras agora sujeitas à resposta de cada vez mais poderosas resistências ao jeito das emergências multipolares.
Todas as tensões têm agora como base a economia e as finanças, a que se subordinam os expedientes socioculturais e sociopolíticos: o espectro da hegemonia unipolar por via dos campos de manobra do dólar e do euro, não está a ser apenas confrontado por outras moedas, antes começa a perder terreno, influência e conveniência, particularmente no supercontinente Asiático-Europeu, sem hipótese de “retorno”…
Essa tensão agudizou-se em 2022 conforme à expressão da retirada dos Estados Unidos e “aliados” do Afeganistão e em princípios de 2023, nessa base de raciocínio profundamente dialético, torna-se possível melhor entender as razões profundas do colapso cada vez mais caótico do próprio império e do que na contradição contribui para isso.
A retirada do Afeganistão conduziu a uma evolução significativa em três frentes, com reflexos além do mais na América Latina e em África:
. Ao reforço da plataforma da Ucrânia em função das iniciativas do Pentágono e da NATO na Europa, com vista a desgastar a Rússia, ainda que o seu dispositivo se encontre pelo contrário sujeito a uma cada vez maior pressão;
. À aceleração da perda de posições no Médio Oriente Alargado com o Irão, a Arábia Saudita e a Turquia a derivarem na direcção da planificação geoestratégia das Novas Rotas da Seda e das iniciativas Índia-Rússia;
. À tentativa de abrir uma “segunda frente” tendo como fulcro Taiwan, de forma a tentar obrigar a RPC a entrar em conflito no Extremo Oriente (Pacífico).
Neste momento, é possível, ao fazer a leitura inteligente das doutrinas Rumsfeld/Cebrowski e Biden, começar a delinear processos de contra inteligência em função das resistências emergentes multipolares e das articulações de cada vez maior espectro inspiradas por via da Organização de Cooperação de Xangai, por via da Iniciativa Cinturão e Rota (Novas Rotas da Seda), por via dos BRICS+ e de tantas outras que por osmose se lhes colam e reforçam, algo que se passa reforçando um outro cabaz de moedas que colocam fim à influência do dólar e do euro como nunca antes!
A pirataria económica e financeira das velhas casas da aristocracia financeira mundial que privatizaram a “City” (a cidadela), a Reserva Federal e acabando por colocar na Suíça algumas das “filiais”, desfila mais a nu que nunca perante nossos olhos, até por que toda a acção em contingência tem cada vez mais a ver com a barbárie do que com qualquer recurso suportado pela ética e pela moral apta a lógica com sentido de vida, conforme às emergências multilaterais!
O esgotamento da “democracia representativa” advém do provar das próprias regras do império da hegemonia unipolar, ambíguas, de duplo, triplo ou quádruplo padrão e censuráveis em função das práticas de conspiração, especialmente no que diz respeito às questões energéticas, num momento em que a Mãe Terra dá cada vez mais sinais de exaustão provocada pelo homem!
A mudança de paradigma está de facto já em pleno curso e, remetido à barbárie defensiva, é todo o “ocidente” que há a libertar por via duma perseverante trilha de lógica com sentido de vida, em benefício de toda a humanidade e do respeito merecido à Mãe Terra!