quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

DECIFRANDO O CAOS -- Martinho Júnior

Os políticos ocidentais não têm força e capacidade de mudar para melhor a vida em seus estados, pois há muito não são figuras independentes. Todo mundo tem conexões com grandes empresas, lobistas e fundações pelas costas. Eles nem mesmo escondem esses fatos. Há exemplos muito recentes. Como se viu, dezenas de deputados eram controlados pelas estruturas de George Soros, e a Comissão Europeia, a mando de uma das maiores empresas farmacêuticas americanas do mundo, criou uma série de esquemas de corrupção para a compra de vacinas no valor de dezenas de bilhões de euros. É claro que o verdadeiro poder no Ocidente está nas mãos de clãs engenhosos e corporações transnacionais. –  "Eles querem transformar a Rússia em Moscóvia." Nikolay Patrushev - sobre o Ocidente e a Ucrânia – https://aif.ru/politics/world/rossiyu_hotyat_prevratit_v_moskoviyu_nikolay_patrushev_o_zapade_i_ukraine  

POR UMA RADIOGRAFIA DO CAOS HEGEMÓNICO UNIPOLAR EM 2023, 219 ANOS DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA DO HAITI

Martinho Júnior, Luanda

A doutrina Biden, ao fazer prevalecer a linha “straussiana” experimentada desde a administração do “democrata” Bill Clinton (de facto percussor), aprofundou a doutrina Rumsfeld/Cebrowski no que diz respeito à disseminação dos conteúdos “transversais” de caos, terrorismo e desagregação, a que não escapam mais os estados, a começar pelas próprias administrações estado-unidenses, até aos estados vassalos e “parceiros”.

Essa “inteligência” dos processos dominantes expressos em geometria variável por vias da práticas de conspiração em curso, grande parte delas por causa das disputas sobre as fulcrais questões energéticas, acompanham na sua própria área de acção a radicalização do processo capitalista neoliberal, obrigando a aristocracia financeira mundial a aplicar e a aplicar-se em ideologias neofascistas e neonazis, que traduzem o estado defensivo do espectro da hegemonia unipolar em suas próprias articulações económicas e financeiras agora sujeitas à resposta de cada vez mais poderosas resistências ao jeito das emergências multipolares.

Todas as tensões têm agora como base a economia e as finanças, a que se subordinam os expedientes socioculturais e sociopolíticos: o espectro da hegemonia unipolar por via dos campos de manobra do dólar e do euro, não está a ser apenas confrontado por outras moedas, antes começa a perder terreno, influência e conveniência, particularmente no supercontinente Asiático-Europeu, sem hipótese de “retorno”… 

Essa tensão agudizou-se em 2022 conforme à expressão da retirada dos Estados Unidos e “aliados” do Afeganistão e em princípios de 2023, nessa base de raciocínio profundamente dialético, torna-se possível melhor entender as razões profundas do colapso cada vez mais caótico do próprio império e do que na contradição contribui para isso.

A retirada do Afeganistão conduziu a uma evolução significativa em três frentes, com reflexos além do mais na América Latina e em África: 

. Ao reforço da plataforma da Ucrânia em função das iniciativas do Pentágono e da NATO na Europa, com vista a desgastar a Rússia, ainda que o seu dispositivo se encontre pelo contrário sujeito a uma cada vez maior pressão;

. À aceleração da perda de posições no Médio Oriente Alargado com o Irão, a Arábia Saudita e a Turquia a derivarem na direcção da planificação geoestratégia das Novas Rotas da Seda e das iniciativas Índia-Rússia;

. À tentativa de abrir uma “segunda frente” tendo como fulcro Taiwan, de forma a tentar obrigar a RPC a entrar em conflito no Extremo Oriente (Pacífico).

Neste momento, é possível, ao fazer a leitura inteligente das doutrinas Rumsfeld/Cebrowski e Biden, começar a delinear processos de contra inteligência em função das resistências emergentes multipolares e das articulações de cada vez maior espectro inspiradas por via da Organização de Cooperação de Xangai, por via da Iniciativa Cinturão e Rota (Novas Rotas da Seda), por via dos BRICS+ e de tantas outras que por osmose se lhes colam e reforçam, algo que se passa reforçando um outro cabaz de moedas que colocam fim à influência do dólar e do euro como nunca antes!

A pirataria económica e financeira das velhas casas da aristocracia financeira mundial que privatizaram a “City” (a cidadela), a Reserva Federal e acabando por colocar na Suíça algumas das “filiais”, desfila mais a nu que nunca perante nossos olhos, até por que toda a acção em contingência tem cada vez mais a ver com a barbárie do que com qualquer recurso suportado pela ética e pela moral apta a lógica com sentido de vida, conforme às emergências multilaterais!

O esgotamento da “democracia representativa” advém do provar das próprias regras do império da hegemonia unipolar, ambíguas, de duplo, triplo ou quádruplo padrão e censuráveis em função das práticas de conspiração, especialmente no que diz respeito às questões energéticas, num momento em que a Mãe Terra dá cada vez mais sinais de exaustão provocada pelo homem!

A mudança de paradigma está de facto já em pleno curso e, remetido à barbárie defensiva, é todo o “ocidente” que há a libertar por via duma perseverante trilha de lógica com sentido de vida, em benefício de toda a humanidade e do respeito merecido à Mãe Terra!

Portugal | PELA SAÚDE DA ESCOLA PÚBLICA

Nunca a escola pública correu tantos perigos, nunca teve tantos algozes capacitados, ao virar da esquina do Parlamento, para a enfraquecer e destruir.

Miguel Guedes* | opinião

No momento em que a escola pública é alvo dos maiores ataques, pela ganância e cobiça de quem desvaloriza o seu valor fundador como semente de democracia, igualdade e progresso, é impossível não estabelecer paralelismos com os ataques ao SNS e à dificuldade que tem havido em racionalizar e garantir a progressão na carreira dos seus profissionais, em número e qualidade, valores maiores e garante de uma resposta capaz, de confiança e certezas. É a saúde da educação pública que está em causa, numa luta que promete fazer parar o país antes que ele se perca em actividades extracurriculares à História fora de aulas. Nunca a escola pública correu tantos perigos, nunca teve tantos algozes capacitados, ao virar da esquina do Parlamento, para a enfraquecer e destruir.

É ao poder político que compete dar o sinal que entende a algumas das legítimas reivindicações dos professores e comunidade escolar. Numa economia assolada pela espiral inflacionista, com a perda do poder de compra dos salários e pensões abaixo da inflacção, um mercado especulativo e disfuncional na habitação que justifica a criação (e bem) de um ministério, a subida das taxas de juro que prometem entregar casas das famílias aos bancos, com os fenómenos de demagogia e assalto ao sector público que germinam e proliferam, as legítimas greves no sector da educação devem ser proporcionais ao dano que, inevitavelmente, causarão a centenas de milhares de crianças e jovens que, após meses de covid à distância, irão mesmo ficar sem aulas, comprometendo a recuperação do seu percurso escolar e a dinâmica das famílias que, em tempo normal de trabalho, não as conseguirão reter em casa com acompanhamento.

A "municipalização" dos concursos poderá ser uma questão ultrapassável e eivada de preconceito e maus entendimentos. Mas décadas de subinvestimento nas escolas e nos seus profissionais, que culminam nos últimos anos de acrescidas dificuldades e congelamento do tempo de serviço e progressão nas carreiras, são verdades absolutas que resistem, indesmentíveis, à prova de todas as boas intenções. Uma actualização equilibrada e progressiva de vencimentos, uma avaliação de desempenho decente (que não seja autolimitada por "numerus clausus" e "ratios" completamente alheios à avaliação), uma nova equação para a "norma-travão" que, por inadequação à realidade, tem afastado docentes da vinculação e estabilidade, limitações ao excesso de burocracia e maiores garantias de respeito pelo papel dos professores nas escolas, terão de ser imperativos para a manutenção dos laços de estabilidade mínima entre aqueles que elegeram uma maioria absoluta pela ilusão de estabilidade e segurança que estes nove meses de permanente gestação executiva tudo têm feito para ilidir. Uma greve geral prolongada na educação pode ser dinamite no fim de um inverno rigoroso para o Governo. Competirá a António Costa perceber o momento.

Artigo publicado no”Jornal de Notícias” a 6 de janeiro de 2023

Esquerda.net

Miguel Guedes - Músico e jurista. Escreve com a grafia anterior ao acordo ortográfico de 1990.

Portugal | Autarca de Espinho renuncia ao mandato e a todas as funções no PS

Miguel Reis, detido no âmbito da Operação Vórtex, enviou comunicado à agência Lusa onde reitera a sua "inocência".

O presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, detido na passada terça-feira por suspeitas de corrupção, renunciou esta quinta-feira, dia 12 de janeiro, ao mandato, avançou primeiramente o Observador. De acordo com o canal de televisão, foi o advogado de Defesa do, agora, ex-autarca socialista que confirmou a sua decisão de renúncia.

Já à Lusa foi o próprio Miguel Reis, que está acusado  de corrupção envolvendo interesses imobiliários, que confirmou a sua decisão, através de um comunicado pessoal.

"Na sequência das diligências efetuadas no âmbito da Operação Vórtex, tomei, de livre e espontânea vontade, a decisão de renunciar, com efeitos imediatos, ao mandato para o qual fui eleito na Câmara Municipal de Espinho e, consequentemente, nas instituições onde, por inerência de funções, representava a autarquia. Uma renúncia que se estende às funções que exercia nos diferentes níveis de organização do Partido Socialista", escreveu.

O assim ex-presidente da câmara diz que toma a decisão "de consciência absolutamente tranquila" e acrescenta: "Reitero, de forma inequívoca, a minha inocência perante as acusações que me são imputadas e repudiando, de forma veemente, as informações e acusações falsas e sem a mínima correspondência com a realidade que foram sendo avançadas nos últimos dias, com particular repulsa pela manchete que hoje mesmo foi publicada por um órgão de comunicação social".

Portugal | PACTO DE NÃO AGRESSÃO


Henrique Monteiro | Henricartoon

Aumento do custo de vida e pobreza são os assuntos que mais preocupam portugueses

Dos portugueses inquiridos no último Eurobarómetro, 40% revelou que enfrenta algumas dificuldades atualmente e 9% disse que enfrenta bastantes dificuldades com os rendimentos atuais.

O aumento do custo de vida, como consequência da inflação exacerbada pela guerra na Ucrânia, assim como a pobreza e a exclusão social são as questões que mais preocupam os portugueses, de acordo com o último Eurobarómetro.

De acordo com o último relatório estatístico europeu, divulgado esta quinta-feira, que inquiriu 1.028 cidadãos portugueses de um total de 26.431 cidadãos pertencentes a Estados-membros da União Europeia (UE), 98% dos cidadãos nacionais identificou o aumento do custo de vida, por exemplo, através do aumento do preço de produtos alimentares e da energia como o assunto mais preocupante, uma percentagem que é em cinco pontos percentuais superior à média dos 27.

Apesar da preocupação, 47% dos inquiridos nacionais respondeu que até ao momento está a viver com algum conforto com os rendimentos de que dispõe, enquanto 40% revelou que enfrenta algumas dificuldades atualmente e 9% disse que enfrenta bastantes dificuldades com os rendimentos atuais. Em comparação com a média europeia, 46% responderam que vivem confortavelmente com os rendimentos que têm, enquanto 36% dizem passar por algumas dificuldades.

O tópico seguinte que mais preocupa a população nacional é a pobreza e a exclusão social (95%). Aqui há um hiato maior para a média europeia, já que 82% responderam que esta era uma preocupação maior.

Mas a maior disparidade surge quando a questão é sobre a possibilidade de propagação de doenças infecciosas como a covid-19 ou a varíola dos macacos. Os portugueses são mais receosos do que a média europeia, uma vez que 83% responderam que estavam "preocupados" com essa hipótese, em oposição à média da UE, que é de 62%.

Com a guerra na Ucrânia a cumprir quase um ano e sem desfecho à vista continua a pairar o receio de uma escalada nuclear do conflito, que se refletiu na maioria dos mais de 1.000 cidadãos portugueses inquiridos. 89% respondeu que receia "incidentes nucleares" e apenas 9% respondeu que essa questão não levanta preocupações. Olhando para o conjunto dos países do bloco comunitário, 74% acredita que o risco é real, enquanto 25% descarta essa possibilidade.

Questionados também sobre o estado da generalidade do país, 43% dos portugueses inquiridos considerou que está a ir "na direção errada", mas aqui os portugueses estão abaixo da média europeia, que é de 62%. 30% dos cidadãos nacionais consideram que Portugal está no caminho certo, 16% não sabem e 11% consideraram que a situação do país continua igual.

Em relação ao estado da União Europeia, a percentagem portuguesa (35%) contrasta com a europeia (51%) quando a resposta é "as coisas estão a ir na direção errada. A mesma percentagem de portugueses considera que a União Europeia está no rumo correto.

Contudo, mais de metade dos portugueses (52%, no universo da amostra de 1.028) está otimista em relação ao futuro do bloco comunitário. Neste parâmetro, a população entre os 15 e os 24 anos e entre os 40 e os 54 anos é que apresenta uma fatia maior de otimismo em relação ao futuro da UE, 52% e 61%, respetivamente.

Diário de Notícias | Lusa

Portugal | DO QUE COSTA DIZ E FAZ, O PS HÁ-DE PAGAR FATURA

Joana Petiz | Diário de Notícias | opinião

“Um governo avalia-se pela composição ou pelos resultados?", perguntou o primeiro-ministro deste país enquanto enfrentava a moção de censura da semana passada, numa patética tentativa de desculpar o vergonhoso absurdo em que se transformou a sua maioria absoluta. À frente de um governo engordado por ilustres desconhecidos que em seu nome apenas têm para mostrar a militância ativa no Partido Socialista, não houve mais explicações sobre os "casos e casinhos" que têm escandalizado o país. Nem sequer indignação por parte dos seus correligionários - honrosas exceções feitas a Alexandra Leitão e Sérgio Sousa Pinto.

Sobre a nomeação e demissão de Miguel Alves para secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro apesar de estar acusado de corrupção, não se ouviu um pio. O caso da ex-administradora da TAP que ascendeu às Finanças, para o presidente do PS, Carlos César, não passou de uma "história indesejável". E ao próprio António Costa até ouvimos defender Carla Alves - "não está acusada de nada" - antes de as contas bancárias arrestadas no âmbito de uma investigação judicial a empurrarem, ao fim de 25 horas, para a porta de saída de um governo que em nove meses foi obrigado a substituir uma dúzia de pessoas envolvidas em polémicas e casos de polícia.

O facto de vir agora o PS em peso atacar Rita Marques só prova que pouco lhe importa esclarecer ou curar o que está podre; o que é urgente é desfocar da quantidade de casos graves consecutivos que têm chegado a público. A isso mesmo assistimos no debate parlamentar de ontem.

Por exemplo, o PM foi perentório na sua certeza "a 99,9%" da ilegalidade da conduta da ex-secretária de Estado do Turismo, contratada para um grupo turístico mês e meio depois de ser expulsa do governo por contradizer o seu ministro (apesar de o ter feito em defesa de Costa, apesar de o PM não o ter feito num momento muitíssimo mais grave, quando o seu então ainda ministro veio anunciar em despacho um projeto estrutural para o país sem aval do chefe do governo e que Costa foi mesmo obrigado a revogar). Mas ele próprio violou a Lei dos Primos, criada por ele em 2019 para pôr fim ao familygate - quando o seu anterior governo se reunia quase todo à mesa de jantar familiar -, ao ter Ana Catarina Mendes e o irmão, António Mendonça Mendes, na sua direta dependência no governo. Nomeações que desvaloriza como "perfeitamente compatíveis com as regras", apesar de ambos terem assento no Conselho de Ministros.

Por outro lado, António Costa mostrou-se ontem firme na sua recente convicção de que Alexandra Reis devia ter devolvido a indemnização recebida da TAP por uma questão de "ética republicana", mas em tempos que ele quer fazer esquecer, o próprio PM pôs um amigo sem vínculo ao governo a tratar do dossier TAP - que aliás insiste agora que não nacionalizou, antes comprou (o que se traduz numa nacionalização que custou dinheiro aos contribuintes na reversão da privatização, na compra do resto da transportadora e no buraco agora público que é preciso tapar antes de... a vender a privados). Ora há quem ainda se lembre que o mesmo Diogo Lacerda Machado, o melhor amigo que António Costa acabou por nomear administrador da companhia aérea depois de negociar a reversão da privatização, acumulou esse cargo com as funções de consultor (lobista) contratado por uma das empresas do consórcio escolhido pelo governo para construir um megacentro de processamento de dados em Sines.

Voltando à pergunta original, um governo avalia-se pela consistência, pela seriedade e pela responsabilidade. Os meios para atingir os fins contam, a integridade tem valor - e ainda mais quando, como vai acontecendo nos já oito anos desta levada socialista, as grandes montanhas que se anunciam revelam normalmente parir ratos. Essa fatura há de chegar à conta de António Costa. E à caixa de correio do PS.

ANTÓNIO COSTA: O TRAFULHA E DOADOR DE PORTUGAL À EXTREMA-DIREITA

António Costa, primeiro-ministro de Portugal com sustentabilidade maioritária no Parlamento, falou ontem para os deputados e para os portugueses que ainda tiveram a paciência de o ouvir. A Assembleia da República cumpriu o seu destino de lavandaria quando Costa ali tentou limpar-se e tentou limpar alguns dos seus ministros e o seu partido detentor da maioria por votos dos que foram nas suas loas há alguns meses atrás. Lá falar falou, mas não convenceu. O que disse entrou a cem e saiu a duzentos pelos ouvidos e cérebros lusos da maioria dos portugueses que se sentem encalhados como o Tolin à beira da Praça do Comércio – Terreiro do Paço lisboeta. Encalhados porque sabem que quando ele for “despedido” e se realizarem novas eleições o PSD aliado à direita revanchista e extremista, nazifascista, irão governar novamente em detrimento dos interesses dos portugueses que os sustentam. A eles e aos interesses privados organizados em lóbis mafiosos dos mais ricos, sempre cada vez mais ricos enquanto os plebeus estão cada vez mais pobres mesmo que desencantem segundos empregos, como tantos existem. Mas nem isso os tira da pobreza envergonhada que mal dá para pagar as contas no final dos meses.

Portugal está nas mãos de trafulhas, ladrões, corruptos e de elites desonestas. Doutores da desonestidade rascas e descarados. Muitos deles sempre impunes. Uma máfia organizada que aproveita-se da desorganização e instabilidades que causa. Em Portugal e na União Europeia. No mundo.

Além de Costa e das gulas de trafulhas e outros mencionados há as greves, as lutas laborais dos trabalhadores da educação, dos professores e auxiliares da educação e vigilância dos alunos portugueses. Eles pedem RESPEITO. Qual quê, qual respeito, qual carapuça – pensa Costa para com os seus botões. E assim acontece com profissionais da saúde e tantos outros. Numa pequena frase elucidativa: todos os trabalhadores portugueses, com canudo e sem canudo estão sob as negras nuvens do desprezo, façam eles greves, contestem ou não contestem. Diferente do salazarismo fascista é só porque por enquanto ainda podemos contestar o dito desprezo, os maus-tratos e falta de respeito. É a única diferença sob a égide de um Partido Falsamente Socialista, que é governo e que para calar as imensas fomes das populações avança com esmolas esporádicas.

Com rapidez e clareza: o senhor Costa é um nojo de político que venceu eleições por tantas loas de enganos repetir, sabendo que de facto as alternativas para não vencer como venceu eram escassas ou nem existiam aos olhos dos portugueses facilmente manipuláveis e crentes em santos e santas que não existem, a não ser em formatos ilusórios e desonestos.

Bom dia. O Curto do Expresso vem a seguir. Interprete a prosa atrás como um desabafo sentido da maioria dos portugueses. Parece que sim.

Perto do almoço que talvez não chegue à sua mesa ou só em formato de migalhas, recordamos um dito histórico de Bandarra: “abram os olhos mulas”.

Siga para o Curto e não se vire contra as greves em curso nem nas futuras. Os da saúde, os professores e todos os trabalhadores portugueses merecem respeito e trabalho assente em dignidade. Há tempos Costa falou disso mas… É um charlatão que como doador está a entregar Portugal e os portugueses à direita revanchista e extremista. O tempo está a voltar para trás, como pedia Mourão a cantar.

MM | PG

EUA | O incêndio que McCarthy ateou é como o macarthismo reencarnado

Global Times | editorial

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou na terça-feira a favor de uma resolução que estabelece o Comitê Especial sobre a Competição Estratégica entre os Estados Unidos e o Partido Comunista Chinês, em uma tentativa de enfrentar as chamadas "ameaças multifacetadas" da China aos Estados Unidos da América.

Este é um incêndio que Kevin McCarthy, líder do Partido Republicano na Câmara, acendeu na China três dias depois de se tornar o presidente da Câmara. Ele acabou de experimentar a humilhação e o revés de uma "única vez no século" várias rodadas de eleições para o cargo de presidente da Câmara, e mal passou no teste ao fazer concessões abrangentes aos conservadores radicais eventualmente. Portanto, McCarthy tem uma motivação política mais forte e urgente para demonstrar e provar sua postura linha-dura e capacidade contra a China. É provável que o fogo maligno que ele acendeu floresça, mas a intenção de fazer uma manobra é evidente. 

Antes das eleições de meio de mandato do ano passado, McCarthy disse que os republicanos da Câmara criariam um comitê seleto sobre a China caso assumissem o controle da Câmara. Agora ele está imediatamente "cumprindo" a promessa. Mas essa grande carta jogada por McCarthy para atrair apoio e atenção não tem criatividade e é bem barata. Nos últimos dois anos, vários comitês, escritórios ou grupos visando a China tornaram-se quase piegas em Washington. 

Eles são basicamente criados para atender à ansiedade e até ao medo dos EUA em relação ao rápido desenvolvimento da China, que por sua vez fortaleceu e estimulou esse sentimento irracional, perturbando as relações China-EUA.

O comitê a ser estabelecido desta vez não tem jurisdição legislativa ou autoridade para tomar medidas legislativas sobre quaisquer projetos de lei ou resoluções. É responsável apenas por "investigar" e apresentar recomendações de políticas sobre os desenvolvimentos econômicos, tecnológicos e de segurança da China e sua concorrência com os EUA. 

Mas é concebível que, para se destacar entre os vários comitês e escritórios relacionados à China em Washington, e para enfatizar sua presença e "valor único", o comitê definitivamente tentará todos os meios para criar problemas do nada, ampliar questões pequenas e buscar todas as oportunidades para criar ruído nas relações China-EUA. Isso moldará ainda mais a percepção negativa da China entre o público e as elites americanas e envenenará o ambiente de cooperação entre a China e os EUA.

Declaração conjunta da UE e da OTAN 'reflete preconceito e arrogância contra a China'

A União Européia (UE) e a OTAN assinaram uma declaração conjunta na terça-feira, que aborda especificamente os chamados "desafios da China". A declaração revela o viés e a arrogância da UE e da OTAN em relação à percepção da China, à qual a China se opõe fortemente, disse um porta-voz da missão chinesa na UE no mesmo dia.

Global Times | # Traduzido em português do Brasil

A China se opõe firmemente às acusações irracionais e à mentalidade de guerra fria contra a China na declaração conjunta, disse o porta-voz chinês na terça-feira. 

Atualmente, o mundo enfrenta muitos desafios sérios, e é correto deixar de lado as obsessões geopolíticas e ideológicas e trabalhar juntos para enfrentá-los. Esperamos que a OTAN e a UE abandonem a mentalidade da Guerra Fria, baseiem suas opiniões em fatos, olhem para o desenvolvimento da China de forma racional e objetiva e façam mais para contribuir para a paz e estabilidade regional e mundial, disse o porta-voz. 

As duas organizações disseram que estão levando sua parceria "a um novo nível", de acordo com a declaração, que reflete mais uma escalada perigosa no pensamento de confronto em bloco na OTAN e na UE, disseram especialistas chineses ao Global Times.

Além de mencionar o desafio da China, a declaração conjunta fez várias referências à ameaça da Rússia à segurança regional e à determinação da OTAN e da UE em combatê-la. No entanto, os observadores veem isso mais como uma mensagem política do que uma indicação de que uma ação será tomada prontamente.

A declaração de terça-feira é a terceira declaração conjunta entre os dois lados depois de 2016 e 2018. Esta declaração é mais política do que as anteriores, disse a mídia francesa AFP, citando uma autoridade europeia.

Na declaração, a OTAN e a UE se comprometeram a “mobilizar ainda mais o conjunto combinado de instrumentos à sua disposição, sejam eles políticos, econômicos ou militares”, para perseguir objetivos comuns.

China – Macau | Turismo: DST espera atrair 10 mil visitantes de Hong Kong por dia

João Luz | Hoje Macau

Em três dias, Macau recebeu quase 110 mil visitantes, um aumento súbito que terá de ser acompanhado pela readaptação do sector que perdeu grande parte da mão-de-obra nos últimos três anos. O Governo espera atrair 10 mil turistas de Hong Kong diariamente

Entre domingo e terça-feira, entraram em Macau 109.386 visitantes, números a que o território já se vinha desabituando, apesar de contemplarem dois dias de semana.

De acordo com dados divulgados ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública, atravessaram a fronteira para o território, numa média diária, cerca de 36.500 visitantes durante o período mencionado.

Prevendo que o fluxo de turistas continue a aumentar, Governo e representantes do sector dão sinais de necessidade de ajustes para dar resposta ao retorno do elevado número de visitantes. Grande parte das agências de viagens do território estão reduzidas a metade dos recursos humanos existentes antes da pandemia, mão-de-obra que não é suficiente para responder ao aumento do volume de trabalho, indicou ontem o presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, Andy Wu.

Em declarações ao programa Fórum Macau, do canal chinês da Rádio Macau, Andy Wu acrescentou que para responder ao aumento súbito da procura, as agências turísticas terão de contratar a curto-prazo profissionais, em especial funcionários a tempo parcial. O responsável salientou também a necessidade de adaptação das próprias autoridades, dando como exemplo as dificuldades sentidas por algumas empresas de excursões cujos autocarros foram impedidos de estacionar no parque do Posto Fronteiriço de Hengqin.

Governo timorense introduz voto postal no estrangeiro para as legislativas

Timor-Leste vai introduzir o voto postal no estrangeiro para as eleições legislativas previstas para o mês de maio de modo a promover a participação democrática dos cidadãos residentes no estrangeiro.

O Conselho de Ministros de Timor-Leste aprovou esta quarta-feira uma proposta de alteração à lei das eleições para o parlamento timorense, que entre outras novidades introduz o voto postal para residentes no estrangeiro.

As alterações, explica o executivo, visam harmonizar o quadro legislativo tendo em conta mexidas na legislação antes das presidenciais de 2022.

A proposta de lei segue agora para o Parlamento Nacional com um pedido de debate com cariz de urgência.

“Assim, pretende-se introduzir novas medidas de fomento à participação democrática dos cidadãos timorenses residentes no estrangeiro, designadamente a introdução do voto postal ou o alargamento dos horários de funcionamento das estações de voto, matérias cuja regulação é, por determinação constitucional, de reserva legislativa”, explica o Governo em comunicado.

O texto da proposta de lei, a que a Lusa teve acesso, verte na lei eleitoral para o Parlamento Nacional as alterações legislativas aprovadas pelo parlamento em meados de 2021, e que se aplicaram nas presidenciais do ano passado.

As mudanças aprovadas nesta quarta-feira surgem semanas antes do previsível anúncio pelo chefe de Estado, José Ramos-Horta, da data das legislativas, apontada para a primeira metade do mês de maio.

Estado timorense gasta por dia 53 mil euros em combustível e manutenção de veículos

Estado gasta 13,3 milhões de euros só em combustível e manutenção de veículos, tendo mais de 116 milhões de euros sido dispendidos entre 2002 e 2020 na compra de 3.415 viaturas para o Estado.

O Estado timorense gastou por dia mais de 57 mil dólares (53 mil euros) em combustível e manutenção da sua frota de veículos entre 2000 e 2020, segundo dados divulgados esta quinta-feira.

Segundo dados do Ministério das Finanças de Timor-Leste, o país gastou mais de 257 milhões de dólares (239 milhões de euros) nestas despesas nesse período.

Anualmente, o Estado gasta 14,3 milhões de dólares (13,3 milhões de euros) só em combustível e manutenção, tendo mais de 125 milhões de dólares (116 milhões de euros) sido gastos entre 2002 e 2020 na compra de 3.415 viaturas para o Estado.

Os dados foram divulgados pelo ministro das Finanças, Rui Gomes, num encontro que marcou o lançamento de um novo leilão de 615 viaturas do Estado, dando continuidade a um processo que ente 2018 e 2021 permitiu ao Estado arrecadar 1,75 milhões de dólares (1,62 milhões de euros).

Moçambique | Cabo Delgado: Forças estrangeiras "numa pátria sem dono"

Amós Fernando* | Deutsche Welle

A RENAMO diz-se chocada com as imagens de supostos militares sul-africanos a queimar cadáveres. O partido vê nas imagens atos de "crimes de guerra" e diz que o Presidente Nyusi perdeu o controlo da situação no terreno.

O principal partido de oposição moçambicana acusa o Presidente da República, Filipe Nyusi, de ter perdido o controlo da situação em Cabo Delgado, deixando a soberania do país nas mãos das forças estrangeiras que combatem o terrorismo na província nortenha.

Em entrevista à DW África, o porta-voz da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), José Manteigas, diz ter ficado chocado com as imagens que circulam nas redes sociais, que mostram alegadamente tropas estrangeiras a queimar corpos de supostos terroristas numa fogueira.

Para o porta-voz, esses crimes acontecem porque "as [tropas estrangeiras] estão a se sentir numa terra sem dono. E já nos retiraram a soberania". José Manteigas acrescenta que, no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, o chefe de Estado moçambicano não parece ser mais do que "um ajudante de campo" do seu homólogo ruandês, Paul Kagame.

Angola | João Lourenço acusado de gastar "avultadas somas em viagens luxuosas"

José Adalberto | Deutsche Welle

O tamanho da delegação de João Lourenço e os jatos usados reacendeu um velho debate na sociedade civil angolana, sobre a composição e gestão das finanças, que envolvem as deslocações do Presidente ao estrangeiro.

A recente deslocação do Presidente angolano, João Lourenço, ao Brasil, para a tomada de posse do Presidente Lula da Silva, na última semana, foi considerada pela imprensa brasileira uma das mais luxuosas e numerosas representações presidenciais presentes no evento.

De acordo com a imprensa brasileira o tamanho da delegação angolana e os luxuosos aviões e jatos privados causaram estupefação e admiração, quando comparada a outras delegações, que se apresentaram com aviões modestos e delegações em menor número.

Segundo o portal Brasileiro AEROIN.NET, dentre os luxos constavam dois jatos - Bombardier Global Express com a matrícula P4-BFK - adquiridos a empresa BestFly, e uma aeronave com a chapa de matrícula D2-ANG. O portal assinala, igualmente, para um terceiro voo, no caso, o jato de maior porte do grupo - um Boeing 787-8 Dreamliner de matrícula 2-DEER.

Em entrevista à DW Africa, Guilherme Neves, presidente da Associação Mãos Livres, uma das mais acutilantes organizações da sociedade civil angolana na defesa de direitos humanos e transparência, considera ter havido exagero da presidência angolana, tanto na composição da delegação, como no número de voos usados na deslocação ao Brasil.

"Uma viagem para testemunhar tomada de posse de um Presidente, acho que, não precisaria de uma comitiva tão alargada", disse Guilherme Neves que alega que "são muitos valores" gastos pela presidência angolana.

"Devemos poupar um pouco mais. [E estes valores], talvez serviriam para tentar resolver outros problemas a nível social", afirmou Neves à DW África.

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