domingo, 5 de novembro de 2023

Washington apregoa o genocídio israelita dos palestinos como autodefesa

Duplicação diabólica… 

Podem os líderes ocidentais mostrar um mínimo de fibra moral?

Strategic Culture Foundation |Editorial | # Traduzido em português do Brasil

Num flagrante desafio à opinião mundial e ao direito internacional, o Estado israelita continua o seu massacre diário de civis em Gaza. Depois de quase quatro semanas de bombardeamentos aéreos ininterruptos, o número de mortos ultrapassou os 9.000, com milhares de desaparecidos sob os escombros.

O número real de mortos no momento em que este livro foi escrito poderia estar perto de 15.000.

A organização das Nações Unidas UNICEF descreveu esta semana Gaza como um “cemitério de crianças”. Estima-se que 400 crianças são mortas ou feridas todos os dias. Os feridos não têm como ser tratados, pois os hospitais fecham por falta de combustível e suprimentos.

Em cenas comoventes, as famílias tentam desesperadamente desenterrar crianças enterradas sob escombros de concreto. Com muita frequência, seus gritos desaparecem com uma morte agonizante.

O mundo está a testemunhar uma era de depravação cruel que está a par da barbárie da Alemanha nazi. É doentio que o regime israelita que comete estes crimes de guerra tenha a ousadia de invocar a memória do Holocausto nazi como desculpa para as suas acções. Judeus decentes e sobreviventes do Holocausto em todo o mundo estão indignados e envergonhados com a postura repugnante dos enviados israelitas usando estrelas amarelas nos seus fatos na ONU.

O duplo pensamento diabólico é possível graças à indulgência política e diplomática proporcionada pelos Estados ocidentais.

Não há outra maneira de ver os assassinatos em massa como outra coisa senão genocídio. O chefe do gabinete de direitos humanos da ONU, Craig Mokhiber, demitiu-se esta semana, indignado com o genocídio contínuo do qual, segundo ele, os Estados Unidos e a União Europeia foram cúmplices.

Radicais Contra o Nazismo -- Artur Queiroz


Artur Queiroz*, Luanda

A Federação Russa apresenta à Assembleia-Geral da ONU, todos os anos desde 2005, uma resolução contra o nazismo, racismo e xenofobia. Tem sido sempre aprovada por uma grande maioria de Estados-membros. A última foi mais uma vez aprovada, mas com 50 votos contra e 14 abstenções. Votaram contra países como os EUA, Reino Unido, Alemanha, Canadá ou Ucrânia. O documento aprovado recomenda medidas concretas na educação, no âmbito dos direitos humanos, na aprovação de legislação para eliminar a discriminação racial e impedir que voltem a repetir-se os crimes dos nazis durante a II Guerra Mundial.

Blinken foi a Israel depois do dia 7 de Outubro e em sua homenagem Israel bombardeou um hospital. O mandante do genocídio na Faixa de Gaza e na Cisjordânia deixou as suas ordens: Matem os palestinos até onde for preciso! Hoje o genocida voltou a Telavive e os seus sargentos voltaram a dar-lhe um belo presente: Bombardearam uma coluna de ambulâncias que transportava, doentes graves para o Egipto. O ataque ao hospital foi pateticamente atribuído ao HAMAS. Mas a destruição das ambulâncias e a matança de doentes foi imediatamente reivindicado para Blinken ficar feliz. A democracia israelita em grande. 

Anda no ar muita confusão, muita aldrabice e muita manipulação sobre a Palestina e Israel. O Coordenador Humanitário das Nações Unidas para o Processo de Paz no Médio Oriente, Maxwell Gaylard, declarou que Israel, como potência ocupante, “tem a responsabilidade fundamental de proteger a população civil palestina sob seu controle e garantir seu bem-estar e dignidade”.

Sim, Israel é a potência ocupante nos Territórios Ocupados da Palestina. Quais são? Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, a Faixa de Gaza, os Montes  Golã e as Fazendas de Shebaa. O que é a ocupação? Um território é considerado ocupado quando colocado sob a autoridade de um exército hostil. Depois do conflito armado internacional de 1967 entre Israel e estados vizinhos, as forças armadas israelitas passaram a exercer a sua autoridade sobre novos territórios e populações. Esses territórios estão sob ocupação beligerante israelita (Regulamentos de Haia, de 1907, e a Quarta Convenção de Genebra, de 1949).

Princípios gerais da ocupação. Constam no Direito Internacional Humanitário e baseiam-se em quatro princípios. Primeiro: Uma potência ocupante não adquire direitos soberanos sobre o território ocupado. Portanto, não pode alterar o estatuto nem características intrínsecas do território ocupado. Segundo: As normas relativas à ocupação reflectem o princípio de que a ocupação é uma situação temporária.

1.500 israelitas pedem ação do TPI contra “crimes de guerra e genocídio” em Gaza

Jessica Corbett* | Common Dreams | # Traduzido em português do Brasil

“A impunidade persistente criou as condições para a consolidação do regime israelense do apartheid, que pretende cometer limpeza étnica e genocídio da população indígena palestina”, diz a carta aberta.

Israelenses Contra o Apartheid, um grupo que representa mais de 1.500 cidadãos, instou esta semana o promotor do Tribunal Penal Internacional “a tomar medidas aceleradas contra a escalada dos crimes de guerra israelenses e o genocídio do povo palestino” em Gaza.

“Para a segurança e o futuro da região, todos os elementos do direito internacional devem ser aplicados e os crimes de guerra devem ser investigados”, declara a carta dirigida a Karim AA Khan, do TPI, salientando a sua investigação em curso sobre a Palestina e as recentes observações sobre a guerra .

A carta, datada de quinta-feira, explica que “como ativistas anticoloniais israelenses, unimos nossas vozes às vozes dos palestinos durante décadas, alertando sobre o perigoso curso de ação seguido pelo Estado israelense e repetidamente apelando à intervenção internacional”.

“A impunidade persistente criou as condições para a consolidação do regime israelense do apartheid, que pretende cometer limpeza étnica e genocídio da população indígena palestina”, continua a carta. “A deterioração aguda das condições básicas de vida que estamos agora a testemunhar poderia ter sido evitada se Israel não tivesse sido continuamente concedida impunidade pelos seus crimes em curso.”

As autoridades acreditam que militantes palestinos fizeram cerca de 240 reféns num ataque surpresa liderado pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro, que desencadeou um ataque aéreo e terrestre de retaliação das forças israelenses a Gaza. Desde o início da guerra, mais de 1.500 israelitas e 9.400 palestinianos em Gaza foram mortos, juntamente com pelo menos 133 palestinianos na Cisjordânia, onde se assistiu a um aumento da violência dos colonos israelitas.

Faixa de Gaza & Cisjordânia: A OPERAÇÃO DE GENOCÍDIO/LIMPEZA ÉTNICA CONTÍNUA

AO MINUTO: Ministro israelita suspenso; Blinken reunido com Abbas

Siga aqui em Notícias AO MINUTO todos os desenvolvimentos no conflito armado entre Israel e o Hamas, e a situação na Palestina, em particular na Faixa de Gaza.

Israel continua a intensificar os ataques na Faixa de Gaza e a noite de sábado ficou marcada por um ataque de grandes dimensões a um campo de refugiados em Maghazi, havendo a lamentar dezenas de mortos.

No mesmo dia, o porta-voz do Hamas alegou que os ataques perpetrados por Israel no pequeno enclave já causaram a morte de mais de 60 reféns. Além disso, e depois de Telavive recusar o transporte de feridos palestinianos para hospitais egípcios, o governo do Hamas suspendeu a saída de estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade de Gaza para o Egito.

Por sua vez, o presidente norte-americano, Joe Biden, assinalou progressos na obtenção de uma "pausa humanitária". Questionado pelos jornalistas sobre se havia progressos nessa matéria, Joe Biden respondeu apenas "sim".

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DESTAQUES

Israel emite novas ordens de evacuação no norte de Gaza | há 2 horas

Palestina relata dezenas de mortos em ataque a campo de refugiados | há 2 horas

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Blinken reunido com Abbas

Carmen Guilherme | há 50 minutos

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, encontra-se reunido com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, em Ramallah.

Paramédicos feridos após ataque com drone junto a ambulâncias no Líbano

Carmen Guilherme | há 35 minutos

Quatro paramédicos ficaram feridos depois de um drone israelita cair junto de duas ambulâncias que iam recolher vítimas de ataques noturnos no sul do Líbano. A informação é avançada pela AP, que cita autoridades locais.

O exército libanês e a Cruz Vermelha transportaram os paramédicos feridos para um hospital em Tiro.

ASSASSINOS DA ALTA-POLÍTICA - Mestres em Crimes de Guerra e Contra a Humanidade

Gaza | Por todos os que trabalham pela paz

Pedro Neto | TSF | opinião

"(...) trabalhamos no meio de bombardeamentos contínuos e incessantes, tentando identificar os casos mais graves em que civis e pessoas deslocadas foram mortas.

Nestas condições perigosas, somos dos únicos que ainda trabalham no terreno para documentar violações e crimes de guerra.

Durante o meu trabalho de campo, ao recolher informações sobre os crimes, encontro-me com pessoas que perderam toda a sua família, mulheres, crianças, idosos. Ao saber do horror do crime, não consigo mais escrever. Afasto-me um pouco para respirar e chorar e depois retomo o meu trabalho.

(...) não podemos tomar banho ou lavar-nos porque a água na Faixa de Gaza, seja ela potável ou para lavar a roupa, é incrivelmente escassa. (...) comemos principalmente vegetais; comemos frango duas vezes, mas sem pão porque se eu quiser comprar pão, tenho de ficar na fila pelo menos 7 ou 8 horas (...). Por favor, rezem pela nossa sobrevivência nesta guerra suja. E finalmente, colegas, esqueci de acrescentar que estou sem teto porque a minha casa foi bombardeada."

Este é o testemunho de uma profissional da Amnistia Internacional que trabalha em Gaza. Chamemos-lhe Ângela, ainda que nome fictício para a proteger. Precisamos de anjos na Terra num tempo como este.

É com os olhos embargados que lemos estas cartas.

É com os olhos embargados que sabemos que destes que trabalham pela paz e que correm risco de vida todos os dias, mais de 70 trabalhadores humanitários já perderam a vida.

A estas mortes temos de acrescentar os jornalistas. 36 já morreram: 31 palestinianos, 4 israelitas, 1 libanês.

Os civis inocentes que já perderam a vida de ambos os lados, já passam dos 10 000. Um terço, eram crianças com a vida pela frente.

Não há outra solução melhor que o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Só ele permitirá resgatar e libertar os reféns, proteger todos os civis. Só ele permitirá que a ajuda humanitária entre com segurança e chegue a quem necessita. Só um cessar-fogo permitirá falar das causas profundas deste conflito e sonhar alcançar aquilo que hoje parece ser uma ideia radical: alcançar a paz.

Imagem: Mohammed al-Masri - Reuters

"Quero as minhas pernas de volta": as crianças amputadas de Gaza

Elevado número de feridos e escassez de recursos levam médicos a amputar para prevenir eventuais complicações fatais.

Layan al-Baz chora de agonia quando passam os efeitos dos analgésicos que toma depois de as suas pernas terem sido amputadas - resultado de um ataque a Gaza numa altura em que Israel luta contra o Hamas. "Não quero uma perna falsa", diz a palestiniana, de 13 anos, à AFP, no hospital Nasser, em Khan Yunis, no Sul da Faixa de Gaza, onde conseguir membros artificiais é quase impossível de qualquer forma.

DN | AFP

EXCLUSIVO em Diário de Notícias -- aqui

Imagem: Lama al-Agha, de 14 anos. © Mahmud HAMS / AFP

Gaza | Hamas diz que ataques israelitas mataram "mais de 60" reféns

O exército israelita informou que entrou no sul a Faixa de Gaza, mantendo a ofensiva na região contra o Hamas apesar dos apelos para um cessar-fogo humanitário.

Biden assinala progressos na obtenção de pausa humanitária

O Presidente norte-americano, Joe Biden, assinalou hoje progressos na obtenção da "pausa humanitária" reclamada por Washington para o conflito entre Israel e o movimento islamita Hamas em Gaza.

Questionado pelos jornalistas sobre se havia progressos nessa matéria, Joe Biden respondeu apenas "sim", à saída de uma igreja na cidade de Delaware e levantando o polegar antes de entrar na sua viatura.

A "pausa humanitária" reclamada pelos Estados Unidos destina-se a proteger os civis e a fornecer mais ajuda à sitiada Faixa de Gaza, território palestiniano controlado desde 2007 pelo movimento islamita Hamas.

O Hamas lançou em 07 de outubro um ataque sem precedentes contra Israel, causando a morte de mais de 1.400 pessoas e fazendo 241 reféns, segundo as autoridades israelitas.

Israel tem retaliado com ataques contra Gaza, que já mataram mais de nove mil pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas, movimento classificado pelos EUA e pela União Europeia como uma organização terrorista.

Lusa

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