quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Portugal | Presidente dos Afetos está a fazer com que torçamos os narizes. A que preço?

O Expresso Curto de hoje, por Ricardo Marques - lá da chafarica do tio Balsemão - começa com geometria espacial e enleia-se no destino do fado sem fadistas porque é ele próprio, jornalista, que canta num trinado comovente que deixa perpassar ou adivinhar as exigências dos cinismos a que chamam diplomacia... Essa coisa é do piorio mas eles, políticos e associados, lá andam. Assim governam, desgovernam, põem e dispõem tramas a seus jeitos, afivelam sorrisos e falsas simpatias ou até amizades e pseudo grandes considerações e admissões, etc. e coisa de nojo. Mas o que se passa? Perguntarão. Só isso, quase nada mas muito do costume. Adiante.

Marcelo, o PR em que mais em baixo (post seguinte) concluirão que afinal é um grande mentiroso, e António Costa sem Silva (tadinho do MP que se enganou e deu algum jeito, mas já não dá, apesar de ter atingido o objetivo pretendido ou encomendado) estão juntos na Guiné-Bissau. Ladeados por um Sissoco que por lá, naquele país plataforma de droga, é PR. Simples: estão todos a comemorar 50 anos de independência e de Golpes de Estado com algumas passagens de estados vivos para habitantes de tumbas em companhia das minhocas e outros bicharocos que os comem. Parabéns e os nossos sentido pêsames. Em 50 anos a Guiné-Bissau, o seu povo, raras vezes viu/sentiu períodos e vivencias verdadeiramente democráticas e/ou de plena liberdade. É a vida. Isso também acontece no Portugal anteriormente colonizador e carrasco desse mesmo povo. Mas isso agora não importa nada. Festa é festa, apesar de também a fome e outras maleitas a ela estarem associada. Afinal os guineenses são ricos... em carências doadas pela pobreza contrastante com a riqueza de uns quantos... Pois. Isso é também o que acontece em Portugal. Por cá também há festa às vezes, sopas, gravatas e tudo - como dizia Raul Solnado.

Vamos lá ao pomo da questão para acabar com esta incerta "abertura" para o Curto anunciado:

Marcelo e Costa, sem Silva, viajaram para Bissau. Na abertura paparam logo uma jantarada, eles e mais uns trinta ou quarenta convidados. Todos menos o povinho às vezes faminto mas de barriga cheia de exploração, trabalho e agruras da subvida que a liberdade só de alguns lhes oferece por esmola. Eles e elas, as elites, são tão bonzinhos, não são?

Assim sendo e por isso mesmo o Curto trata do assunto e faz notar a viagem a dois e respetiva visita dos representantes portugueses da alta por lá. Marcelo está esfusiante. Talvez segrede a Sissoco, um golpista de primeira apanha, que aqui em Portugal aproveitou a boleia do Ministério Público e seu erro alarmista e repleto de opacidade para deitar a baixo o vigor de António Costa até ele se demitir. Persistência não faltou, mas de pantufas... Caiu o governo. Ser eleito com uma maioria fez com que todos esses eleitores do Partido Socialista também caíssem. A direita de pantufas ou de botas cardadas sonha agora conseguir vir a ser governo. Ocorre que nas eleições já marcadas para 10 de Março o Partido Socialista pode voltar a sair vencedor - nem que seja acompanhado por uma Geringonça Dois - e assim ser novamente governo... Os portugueses estão a começar a abrir os olhos. Marcelo talvez tenha de engolir dolorosamente a oportuna, para uns quantos, boleia que o Ministério Público engendrou, ou não, mas que convém ser devidamente explicada. Com verdade. Porque de mentiras e todo o tipo de falsidades já anda o Zé Povinho pagante, explorado e oprimido por uma coisa a que chamam democracia mas tudo indica não ser. Essa coisa que enche a boca de tantos falsários (ditos democráticos) é tão real quanto a transparência que também propalam...

Isto tem de mudar. Agora está aí a oportunidade para tal acontecer. A maioria dos portugueses está fartinha de mais do mesmo e de desconfiar de quase tudo e de todos que ascendem aos poderes.

Fim de conversa. Nada de coisas massacrantes. Já basta a realidade quotidiana que nos espera à porta todas as manhãs e nos acompanha sistematicamente. O Presidente dos Afetos está a fazer com que torçamos os narizes... Vamos lá ver o preço que temos de pagar por isso.

Os portugueses querem Democracia de facto e não enganos. Querem Justiça em que confiar, que os defenda justamente e os proteja. Sem trafulhices.

O Curto a seguir. Vão ler. Não dói nada, mas requer alguma pachorra. Nesta parte também, para não destoar.

Inté. Boa vida... para talvez um dia.

AV| Redação PG

Portugal | Marcelo Rebelo de Sousa, um presidente da República mentiroso

Ao contrário do que disse em 2015, Marcelo fez mesmo um parecer para Salgado: “Acabei por não apresentar conta nem ser pago”, diz o PR

De acordo com documentos encontrados numa busca realizada durante a investigação do Ministério Público ao colapso do império financeiro liderado por Salgado, o parecer foi sugerido pelo próprio banqueiro e intermediado pela namorada do presidente, Rita Amaral Cabral, então administradora não executiva do BES

Numa entrevista que deu à SIC em dezembro de 2015, quando estava na corrida para o seu primeiro mandato como presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa não podia ter sido mais claro. Era amigo de Ricardo Salgado, o banqueiro que caíra em desgraça no ano anterior, mas nunca tinha trabalhado para ele ou para o Grupo Espírito Santo (GES). “Nem um parecer, nem um estudo, nem isto, nem aquilo…

Micael Pereira, Pedro Coelho, Filipe Teles, PauloBarriga | Expresso

Imagem: José Sena Goulão

Artigo Exclusivo para subscritores do Expresso

A aguardar atualização PG

Santos Silva quer esclarecimentos de PGR e "pede desculpa" ao autarca de Sines

PORTUGAL

De ministro para deputado, Galamba volta à Assembleia da República. José Luís Carneiro assegura três apoiantes de peso: Medina, Santos Silva e José Vieira da Silva. Siga a crise política em direto na TSF.

Opção de Marcelo por eleições "é totalmente legítima, mas pode ser perigosa"

Ao contrário do que defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República entende que, se o PS indicasse um primeiro-ministro, "não se tratava de nenhuma responsabilidade do Presidente" e estaria "muito longe de ser um Governo presidencial ou que comprometesse" o Presidente.

A opção por eleições é "legítima", mas com um novo Governo "teríamos evitado perder a estabilidade política", ou seja, "um dos trunfos essenciais do país".

"O Ministério Público pode determinar o tempo dos mandatos políticos, o tempo da agenda política e o tema da agenda política. E isso é muito perigoso em democracia. Não devemos politizar a justiça, mas também não devemos judicializar a política”, defende.

Como presidente da AR, Santos Silva "pede desculpa" ao presidente da Câmara de Sines

Santos Silva diz-se "triste" com a Operação Influencer, mas "também não se conforma", e lembra a detenção do presidente da Câmara de Sines que esteve "num calabouço" durante seis dias, sem ser indiciado.

"Já alguém lhe pediu desculpa? Peço-lhe eu, porque sou presidente da Assembleia da República", atira.

Santos Silva fala ainda em “cinismo” de “algumas pessoas” que pedem uma acusação ao primeiro-ministro para que “a democracia seja preservada”. “Revolta a minha consciência”, refere, falando numa “inversão” da lógica.

TSF

Ler/Ver em TSF:

Governo lamenta morte de trêsportugueses em Gaza que aguardavam autorização para sair - Ainda durante esta quinta-feira está prevista a retirada de "dez cidadãos sinalizados por Portugal", dois dos quais portugueses. Siga em direto na TSF.

Golpe "Pantufas" afasta maioria eleita. "É a democracia", dirá Belém na direita afinada*


Santos Silva fala em "opção perigosa" de Marcelo
e quer esclarecimentos sobre Costa antes das eleições

O presidente da Assembleia da República defende que o Supremo Tribunal de Justiça deve ser "lesto" nas averiguações sobre o primeiro-ministro.

Ao contrário do que defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República entende que, se o PS indicasse um primeiro-ministro, "não se tratava de nenhuma responsabilidade do Presidente" e estaria "muito longe de ser um Governo presidencial ou que comprometesse" o Presidente da República.

A opção por eleições é "legítima", admitiu Augusto Santos Silva, em entrevista à RTP, mas com um novo Governo do PS "teríamos evitado perder a estabilidade política", ou seja, "um dos trunfos essenciais do país".

Além disso, marcar eleições antecipadas "pode ser perigoso", porque "o Ministério Público pode determinar o tempo dos mandatos políticos, o tempo da agenda política e o tema da agenda política". "Isso é muito perigoso em democracia. Não devemos politizar a justiça, mas também não devemos judicializar a política", defende.

Santos Silva pede "explicações" e "celeridade" no caso que levou à demissão de Costa

Augusto Santos Silva admite que a demissão de António Costa, tendo em conta as buscas em São Bento, "é lógica e necessária", mas admite que "há erros do Ministério Público" em vários processos, lembrando o caso que levou à demissão de Eduardo Cabrita, "que nem chegou a ser acusado".

O presidente da Assembleia da República pede "esclarecimentos públicos" à Procuradoria-Geral da República, sobre a Operação Influencer, mas também o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deve ser "lesto" nas averiguações, de preferência, antes das eleições.

"É um caso muitíssimo grave e é muito importante que se esclareça o mais depressa possível. Creio que temos o direito de pedir ao STJ que seja lesto na realização do inquérito", avisa.

E acrescenta: "Cinco meses é um período de tempo que me parece mais do que suficiente para que o inquérito seja concluído e o conjunto dos portugueses o que realmente se passou e se há alguma responsabilidade penal do primeiro-ministro".

Também os partidos devem "rever", na opinião de Santos Silva, "a tendência" de quererem afastar políticos constituídos arguidos, um padrão rejeitado por António Costa ao longo da governação, já que a constituição de arguido não é sinónimo de "suspeitas fundadas".

Como presidente da AR, Santos Silva "pede desculpa" ao presidente da Câmara de Sines

Santos Silva diz-se "triste" com a Operação Influencer, mas "também não se conforma", e lembra a detenção do presidente da Câmara de Sines que esteve "num calabouço" durante seis dias, sem ser indiciado.

"Já alguém lhe pediu desculpa? Peço-lhe eu, porque sou presidente da Assembleia da República", atira.

O presidente do Parlamento fala ainda em "cinismo" de "algumas pessoas" que pedem uma acusação ao primeiro-ministro para que "a democracia seja preservada". "Revolta a minha consciência", refere, falando numa "inversão" da lógica.

Francisco Nascimento | TSF

* Título PG

Ler/Ver em TSF:

Três apoiantes de peso para José Luís Carneiro: Fernando Medina, Santos Silva e José Vieira da Silva

De ministro para deputado. João Galamba vai voltar ao Parlamento

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