O Expresso Curto de hoje, por Ricardo Marques - lá da chafarica do tio Balsemão - começa com geometria espacial e enleia-se no destino do fado sem fadistas porque é ele próprio, jornalista, que canta num trinado comovente que deixa perpassar ou adivinhar as exigências dos cinismos a que chamam diplomacia... Essa coisa é do piorio mas eles, políticos e associados, lá andam. Assim governam, desgovernam, põem e dispõem tramas a seus jeitos, afivelam sorrisos e falsas simpatias ou até amizades e pseudo grandes considerações e admissões, etc. e coisa de nojo. Mas o que se passa? Perguntarão. Só isso, quase nada mas muito do costume. Adiante.
Marcelo, o PR em que mais em baixo (post seguinte) concluirão que afinal é um grande mentiroso, e António Costa sem Silva (tadinho do MP que se enganou e deu algum jeito, mas já não dá, apesar de ter atingido o objetivo pretendido ou encomendado) estão juntos na Guiné-Bissau. Ladeados por um Sissoco que por lá, naquele país plataforma de droga, é PR. Simples: estão todos a comemorar 50 anos de independência e de Golpes de Estado com algumas passagens de estados vivos para habitantes de tumbas em companhia das minhocas e outros bicharocos que os comem. Parabéns e os nossos sentido pêsames. Em 50 anos a Guiné-Bissau, o seu povo, raras vezes viu/sentiu períodos e vivencias verdadeiramente democráticas e/ou de plena liberdade. É a vida. Isso também acontece no Portugal anteriormente colonizador e carrasco desse mesmo povo. Mas isso agora não importa nada. Festa é festa, apesar de também a fome e outras maleitas a ela estarem associada. Afinal os guineenses são ricos... em carências doadas pela pobreza contrastante com a riqueza de uns quantos... Pois. Isso é também o que acontece em Portugal. Por cá também há festa às vezes, sopas, gravatas e tudo - como dizia Raul Solnado.
Vamos lá ao pomo da questão para acabar com esta incerta "abertura" para o Curto anunciado:
Marcelo e Costa, sem Silva, viajaram para Bissau. Na abertura paparam logo uma jantarada, eles e mais uns trinta ou quarenta convidados. Todos menos o povinho às vezes faminto mas de barriga cheia de exploração, trabalho e agruras da subvida que a liberdade só de alguns lhes oferece por esmola. Eles e elas, as elites, são tão bonzinhos, não são?
Assim sendo e por isso mesmo o Curto trata do assunto e faz notar a viagem a dois e respetiva visita dos representantes portugueses da alta por lá. Marcelo está esfusiante. Talvez segrede a Sissoco, um golpista de primeira apanha, que aqui em Portugal aproveitou a boleia do Ministério Público e seu erro alarmista e repleto de opacidade para deitar a baixo o vigor de António Costa até ele se demitir. Persistência não faltou, mas de pantufas... Caiu o governo. Ser eleito com uma maioria fez com que todos esses eleitores do Partido Socialista também caíssem. A direita de pantufas ou de botas cardadas sonha agora conseguir vir a ser governo. Ocorre que nas eleições já marcadas para 10 de Março o Partido Socialista pode voltar a sair vencedor - nem que seja acompanhado por uma Geringonça Dois - e assim ser novamente governo... Os portugueses estão a começar a abrir os olhos. Marcelo talvez tenha de engolir dolorosamente a oportuna, para uns quantos, boleia que o Ministério Público engendrou, ou não, mas que convém ser devidamente explicada. Com verdade. Porque de mentiras e todo o tipo de falsidades já anda o Zé Povinho pagante, explorado e oprimido por uma coisa a que chamam democracia mas tudo indica não ser. Essa coisa que enche a boca de tantos falsários (ditos democráticos) é tão real quanto a transparência que também propalam...
Isto tem de mudar. Agora está aí a oportunidade para tal acontecer. A maioria dos portugueses está fartinha de mais do mesmo e de desconfiar de quase tudo e de todos que ascendem aos poderes.
Fim de conversa. Nada de coisas massacrantes. Já basta a realidade quotidiana que nos espera à porta todas as manhãs e nos acompanha sistematicamente. O Presidente dos Afetos está a fazer com que torçamos os narizes... Vamos lá ver o preço que temos de pagar por isso.
Os portugueses querem Democracia de facto e não enganos. Querem Justiça em que confiar, que os defenda justamente e os proteja. Sem trafulhices.
O Curto a seguir. Vão ler. Não dói nada, mas requer alguma pachorra. Nesta parte também, para não destoar.
Inté. Boa vida... para talvez um dia.