Artur Queiroz*, Luanda
A primeira grande guerra na Humanidade acabou com a Suméria lá onde o Homem inventou a roda. Veio depois a Guerra de Troia. A bela Helena foi raptada e foi preciso resgatá-la. Dez anos depois deu a Ilíada. Séculos mais tarde Roma incendiou Cartago. África passou de paraíso a inferno. Depois de Cristo as guerras tornaram-se mais sangrentas porque os mortos ganhavam a vida eterna.
Os muçulmanos invadiram a Península Ibérica. O deus deles dava mais garantias do que o deus cristão. Os árabes introduziram técnicas nunca vistas. Contra a ciência veio a Reconquista Cristã. Só ficaram as lendas de princesas árabes e o alfabeto. Era no tempo das Cruzadas. Numa mão a cruz na outra a espada. Foi assim que os portugueses chegaram ao Reino do Congo e depois se espalharam pelo mapa de Angola. A guerra em demanda do Santo Sepulcro.
No Oriente a Dinastia Yan impôs as regras como faz hoje o estado terrorista mais perigoso do mundo. A guerra ganhou espaço planetário. Assentou arraiais desde a Península Ibérica à China. Do ocidente mais ocidental ao oriente mais oriental. O Homem tornou-se uma máquina de guerra antes do triunfo das máquinas no dealbar revolução industrial. A guerra passou a ser uma medalha de honra aio peito dos povos! Os pacifistas foram para os conventos. Copiavam as sagradas escrituras e rezavam. Quem se afastava do deus belicista era queimado nas fogueiras da Inquisição. A História regista o Sacro Império Romano Germânico. E nasceu, esplendorosa, a moral judaico-cristã. Culpa, castigo, patriarcado, virgindade.
Tomem nota. Entre 1223 e
Guerras Napoleónicas. Napoleão foi buscar a derrota final à Rússia. Guerra da Crimeia (1853-1856). Participaram a França, Império Otomano, Reino Unido da Grã Bretanha, Irlanda e Reino da Sardenha. As tropas do Império Russo esmagaram. Crimeia é Rússia desde essa data. Se não sabiam ficam a saber.