terça-feira, 5 de março de 2024

A rainha americana da UE, Von der Leyen, está reformulando o bloco para a guerra

Lily Lynch | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Pergunte à maioria dos europeus o que pensam sobre a UE e dirão que ela é implacavelmente monótona. São todos burocratas com óculos de luxo supervisionando regulamentações misteriosas sobre a curvatura dos pepinos; corredores impenetráveis ​​nos postos avançados de Luxemburgo e Estrasburgo; e uma multiplicidade de conselhos, comissões, parlamentos e tribunais – a missão precisa de cada um deles é inteiramente mistificadora para o leigo.

No entanto, esta monotonia é parte integrante do propósito da União como projecto de paz. Como observou o filósofo político Luuk van Middelaar   em  Passage to Europe , a UE deveria representar uma “fuga da história para a burocracia” – uma tentativa de trocar a “imprevisibilidade e o pathos” que há muito caracterizavam as relações entre os estados europeus por “sóbrios interesses entrelaçados”. ”. As guerras seriam substituídas por consenso, leis e regulamentos tediosos; divisões políticas e ideológicas potencialmente incendiárias seriam atenuadas por um pesado jargão técnico e compromissos. A falta de rosto resultante foi incorporada numa pergunta apócrifa atribuída a Henry Kissinger: “Para quem devo ligar se quiser ligar para a Europa?”

Mas tudo está mudando. A UE está a tornar-se menos enfadonha e menos democrática, e adquiriu uma cara: a Comissária Europeia Ursula von der Leyen, que no mês passado  confirmou  que irá candidatar-se a outro mandato de cinco anos.

A “Rainha da Europa” foi descrita como “napoleónica”, “ditatorial” e “imperiosa” pelos detratores, impressões que foram agravadas pelas suas idiossincrasias pessoais e pelo seu ar patrício e extravagante. Afinal, ela é esposa de Heiko von der Leyen, descendente de uma família aristocrática que fez fortuna com a seda. Ela também é amazona de adestramento e atua em eventos equestres, sua paixão equina herdada de seu falecido pai, Ernst Albrecht, um dos primeiros funcionários públicos da UE e um político proeminente na CDU da Alemanha. Quando o pónei de Von der Leyen foi atacado até à morte por um lobo em 2022, a Comissão anunciou  que iria diminuir o seu estatuto de proteção para permitir o abate, para horror dos conservacionistas da vida selvagem. Mãe enérgica de sete filhos, ela alegadamente dorme num quarto modesto de 25 metros quadrados no 13º andar do edifício Berlaymont da Comissão. Diz-se também que ela mantém uma disciplina ascética em outras áreas da vida, abstendo-se de álcool e carne.

No entanto, tais excentricidades não conseguem captar as transformações dentro da UE desde que ela chegou ao poder. Na verdade, o seu reinado é definido pela redramatização da política europeia – algo que continuará se ela conseguir assegurar outro mandato em Junho, o que provavelmente conseguirá.

Angola | O Dia Primeiro de Um Só Povo – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O mapa de Angola tem menos de 100 anos. Ficou concluído quando o governo de Lisboa trocou com a Bélgica o Vale do Mpozo pela Bota do Dilolo. Os belgas ganharam espaço para construir o caminho-de-ferro até aos portos de Matadi, Boma e Banana. Os portugueses receberam grande parte da Lunda que se ligou ao saliente de Cazombo. Tem a forma de uma bota. Cabinda ficou um “enclave”. Foi mais ou menos assim que os países colonialistas construíram as suas colónias. Como se África fosse deles e não tivesse gente. 

A ignorância mas também o embuste e a traição levam à falsificação da História Contemporânea de Angola. O país é apresentado como um espaço vazio. Desde 11 de Novembro de 1975 até agora nada se fez. Ou tudo está mal feito. Tremendo engano de alma.

Um Só Povo Uma Só Nação é a autêntica Constituição da República. Mas para a ignorância reinante não passa de um “slogan”. Assim negam mais facilmente as gerações que fundaram a Pátria Angolana.

Entre 11 de Novembro de 1975 e hoje os angolanos construíram mais do que todos os povos do mundo juntos. Até 2002 a construção foi feita em clima de Guerra pela Soberania Nacional e a Integridade Territorial. E os últimos dez anos desse período, insurreição do bando armado de Jonas Savimbi.

Em 1974 e 1975 houve a debandada dos portugueses e muitos quadros angolanos. Os colonialistas e a CIA até criaram pontes aéreas a partir de Luanda e do Huambo, para não ficar ninguém. Resultado catastrófico. Ficámos sem professores do ensino primário, secundário e técnico em todo o país. Os que ficaram, todos juntos não chegavam para as escolas de Luanda. Mais de 95 por cento dos professores universitários partiram. Os polos universitários, sobretudo do Huambo e Huíla, ficaram praticamente vazios.

Na Saúde o panorama era ainda mais grave. Médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde desapareceram de um dia para o outro. Os quer ficaram, todos juntos não chegavam para completar o quadro de pessoal do Hospital de São Paulo (Américo Boavida). Ficaram as Heroínas e os Heróis. Muitos passaram a viver nas unidades hospitalares. As farmácias encerraram em todo o país. Fomos salvos pelos cubanos. Um alto dirigente do Partido Comunista de Cuba, o médico Rodolfo Puente Ferro, trabalhava no Hospital de Cabinda. E aos sábados comandava as equipas de limpeza geral das instalações.

Na Justiça, catástrofe! Os poucos magistrados judiciais e funcionários que ficaram, não davam para pôr a funcionar o Tribunal da Comarca de Luanda. Até os Serviços Prisionais ficaram desertos. Pouco mais do que nada.

Pão encharcado de sangue: Sobreviventes relatam o Massacre da Farinha em Gaza

Ahmad Barakat | Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

Estas são as histórias angustiantes de sobreviventes, enquanto as forças de ocupação israelitas visavam deliberadamente milhares de palestinianos reunidos na rotunda de al-Nabulsi, na Cidade de Gaza, enquanto esperavam por camiões de ajuda.

“O que passamos foi horrível. Aventuremo-nos em busca de farinha e ajuda alimentar, mas os tanques de ocupação israelitas abriram fogo de metralhadora contra nós e bombardearam-nos, e lançaram-nos  foguetes dos seus aviões de guerra. Muitos de nós vivemos isso por puro milagre.”

É com muita tristeza e dor que Yusri al-Ghoul relata as dificuldades da procura de alimentos na Cidade de Gaza e no norte da Faixa.

A população da Cidade de Gaza mal chega hoje a 700.000 habitantes e os seus habitantes foram reduzidos a alvos da máquina de guerra israelita, que os ataca directamente com fogo e os priva de alimentos.

Há poucos dias, a ocupação cometeu um massacre contra o povo da Cidade de Gaza, no qual mais de 110 palestinianos foram assassinados e 760 outros ficaram feridos, a maioria dos quais se encontra em estado crítico, depois de terem sido atacados na rotunda al-Nabulsi, na Al-Qaeda. -Rua Rasheed, a oeste da cidade de Gaza.

O massacre ocorreu enquanto milhares de palestinos esperavam por caminhões que transportavam farinha e ajuda humanitária. Eles passaram uma noite inteira ao ar livre na esperança de conseguir alguma coisa para alimentar suas mulheres e crianças famintas e aumentar seu moral para manterem sua paciência e firmeza.

Hamas e Israel alcançam trégua de 40 dias, avançam fontes palestinianas

Fontes palestinianas, citadas pela agência EFE, adiantam que as partes chegaram a acordo sobre "pontos básicos".

O Hamas e Israel chegaram a acordo sobre os "pontos básicos" para uma trégua de 40 dias, disseram à EFE fontes palestinianas e egípcias próximas das conversações no Cairo.

Até ao momento, segundo a agência de notícias espanhola EFE, as partes chegaram a um acordo em que a trégua dura 40 dias, um período em que 40 reféns israelitas, incluindo mulheres, crianças e homens com mais de 60 anos, são libertados em troca de 404 prisioneiros palestinianos que se encontram nas prisões israelitas.

As fontes palestinianas e egípcias pediram para não serem identificadas, uma vez que as negociações ainda estão em curso na capital egípcia.

No âmbito deste acordo-quadro, foi igualmente acertado que Israel se retira, numa primeira fase, dos centros urbanos de toda a Faixa de Gaza permitindo que as pessoas deslocadas na cidade palestiniana de Rafah, no extremo sul do enclave e na fronteira com o Egito, regressem às regiões norte e central do enclave.

As mesmas fontes indicam que nestes pontos básicos acordados está também a entrada na Faixa de Gaza de pelo menos 500 camiões de ajuda humanitária por dia.

Reféns israelitas foram violados e torturados pelo Hamas, reconhece ONU

ONU diz ter informações "claras" de que reféns israelitas foram violados e torturados pelo Hamas

A organização avança que os reféns israelitas ainda estarão a ser submetidos a "violência sexual", "tortura de natureza sexual" e tratamento "cruel, desumano e degradante". Perante esta informação, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita deixou fortes críticas a Guterres.

A ONU diz ter informações “claras e convincentes” de que os reféns israelitas foram violados e torturados na sequência do ataque do Hamas, a 7 de outubro de 2023. A organização acredita que as agressões sexuais ainda continuam.

Segundo o relatório da ONU, terão sido encontradas também “informações claras e convincentes” sobre a ocorrência de “violência sexual, incluindo violação, tortura de natureza sexual e tratamento cruel, desumano e degradante contra os reféns”.

“Também temos motivos razoáveis para acreditar que essa violência pode ainda estar a ser exercida contra os que ainda se encontram em cativeiro”, disse Pramilla Patten, enviada especial da ONU.

A ONU verificou ainda que "existem motivos razoáveis para crer que ocorreram atos de violência sexual incluindo violação e violações coletivas, no âmbito do conflito, durante os ataques de 7 de outubro, em pelo menos três locais", refere ainda.

O OCIDENTE VISTO DO MUNDO - Boaventura de Sousa Santos

Em novo sintoma de crise do eurocentrismo, pesquisa global mostra um planeta dividido. Nações hegemônicas há cinco séculos já não despertam sentimentos positivos, nem suscitam esperanças. Quais os motivos? Que brechas se abrem?

Boaventura de Sousa Santos* | Outras Palavras

Entre 2011 e 2016 realizei um projeto de investigação financiado pelo Conselho Europeu de Investigação. Intitulava-se ALICE – Espelhos Estranhos, Lições imprevistas: Definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do Mundo. Nesse projeto, tentei mostrar que a Europa, depois de cinco séculos a procurar ensinar o mundo, se confrontava com um mundo que não tomava em grande conta as lições da Europa e que, em face disso, em vez de propor isolacionismo progressivo, entendia que a Europa devia disponibilizar-se a aprender com o mundo e usar essa aprendizagem para resolver alguns dos seus problemas. A guerra da Ucrânia veio mostrar que as propostas da minha investigação de pouco serviram aos políticos europeus, uma experiência que não é nova para os cientistas sociais.

Em outubro de 2022, oito meses depois da invasão da Ucrânia, um conhecido instituto da Universidade de Cambridge harmonizou e fundiu 30 inquéritos globais sobre atitudes em relação aos EUA, à China e à Rússia. Os inquéritos cobriam 137 países do mundo e 97% da população mundial, tendo sido realizados em 75 países depois da invasão da Ucrânia. O resultado principal deste estudo é que o mundo está dividido entre uma pequena minoria da população do mundo, que tem uma opinião positiva sobre os EUA e uma atitude negativa sobre a China e a Rússia (1,2 bilhão de pessoas), e uma grande maioria em que o inverso ocorre (6,3 bilhões). Embora o estudo se refira aos EUA, não é arriscado especular que, sobretudo depois da guerra na Ucrânia, a Europa seja associada aos EUA ainda mais intensamente que antes. A essa associação podemos chamar o Ocidente. Isto significa que, se tomarmos o mundo como unidade de análise, o Ocidente está mais isolado do que nunca, e isso explica que a grande maioria dos países do mundo se tenha recusado a aplicar sanções à Rússia decretadas pelos EUA e UE. É importante conhecer as razões deste fato. Vejamos algumas delas.

1. O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, S. Jaishankar, afirmou recentemente numa entrevista que “a Europa tem de deixar de pensar que os problemas da Europa são os problemas do mundo e começar a pensar que os problemas do mundo não são os problemas da Europa”. O mundo do sul global enfrenta uma série de desafios a que o Ocidente não tem dado qualquer prioridade para além da exuberância retórica, sejam eles as consequências da pandemia, os juros da dívida externa, os impactos da crise climática, a pobreza, a escassez de alimentos, a seca e os altos preços da energia. Durante a pandemia, os países do sul global insistiram em vão que as grandes empresas de produção de vacinas do norte global abrissem mão dos direitos de patente de modo a permitir a ampla e barata vacinação das suas populações. Não admira que os embaixadores da Europa e dos EUA não tenham agora qualquer credibilidade ou autoridade para exigir a estes países que apliquem sanções à Rússia. Tanto mais que, no auge da crise pandêmica, a ajuda que receberam veio sobretudo da Rússia e da China.

Portugal | Eleições | ELES COMEM TUDO...

J. Bosco | Lápis de Memória

Portugal – Eleições | Perante tantas falsas promessas “Venha o diabo e escolha”…

"Só há uma forma de mudar Portugal. É votando no PS, derrotando a AD"

O secretário-geral do PS salientou hoje a sua capacidade para dialogar com os partidos de esquerda, mas defendeu que só um voto no PS permitirá derrotar a AD.

No final do seu discurso no Pavilhão dos Olivais, em Coimbra, durante um comício do PS, Pedro Nuno Santos fez um apelo direto ao voto útil: "Eu apelo ao voto no PS para derrotar a Aliança Democrática (AD), porque é isso que está em causa".

"Todos me conhecem, sabem da capacidade que tenho para dialogarmos com partidos com que já trabalhámos no passado, só que ninguém se engane: só há uma forma de nós continuarmos a mudar Portugal, a avançarmos, é votando no PS, derrotando a direita, a AD", afirmou.

Durante o discurso, o líder do PS voltou a defender o legado dos últimos oito anos de governação, salientando que o PS mostrou que foi possível aliar contas certas e equilíbrio orçamental com o aumento dos salários, das pensões, maior crescimento económico e emprego.

"Este esforço necessário, imprescindível, inevitável pode não nos ter permitido avançar tão rápido nalgumas áreas como nós precisaríamos, mas ele era imprescindível. Entre 2015 até hoje, a governação socialista garantiu-nos o presente. Cabe-nos agora, construir o futuro", afirmou.

Portugal | O “não é não” era afinal só sensação

Fernanda Câncio | Diário de Notícias | opinião

Diz a lógica que uma dupla negação é um sim. O “não é não” de Montenegro ao Chega até não parecia. Mas os barões do PSD, com uma participação especial do vice do CDS, vieram demonstrar que - infelizmente - não há assim tanto a separar o partido pai do partido filho.   

"É muito simples, não é não. Eu nunca farei um acordo político de governação com o Chega”. 

Todos - pelo menos os todos que se interessam por estas eleições e seguem a actualidade político-partidária - por esta altura conheceremos esta afirmação categórica de Luís Montenegro, expressa pela primeira vez nestes termos em setembro de 2023 e bastas vezes repetida. Também seremos muitos a lembrar que no debate televisivo com o líder do partido de extrema-direita, a 12 de fevereiro, o presidente do PSD e candidato a primeiro-ministro pela coligação Aliança Democrática (AD) explicou os motivos do seu não: o Chega “tem muitas vezes opiniões racistas, xenófobas, populistas e excessivamente demagógicas” e “usa uma linguagem que não se compadece com os princípios do PSD”.

É claro que dizer de um partido que se caracteriza justamente por fazer do racismo e xenofobia as suas principais bandeiras, e nada mais tem senão posições populistas e demagógicas, que este tem “muitas vezes opiniões” com essas características surge desde logo como eufemístico - e deve fazer-nos questionar por que motivo quereria alguém colocar brandura na fundamentação se a intenção era afirmar uma total e irrevogável negativa em relação a possíveis entendimentos. 

Digamos que desde logo essa formulação soft contradizia a assertiva dureza da negativa. Mas podia ser apenas uma questão de estilo discursivo, uma infelicidade fraseológica. Sucede que a reta final da campanha da AD veio demonstrar que das duas uma: ou a AD tem princípios muito mais parecidos com os do Chega do que Montenegro quer admitir, ou não tem sequer princípios - e como é apanágio de quem os não tem, muda o discurso conforme o que acha que pode dar votos, nesse caso achando que pastar nos terrenos da extrema-direita dá votos. E que não se importa nada de os colher.

Porque, como é evidente, não é possível sustentar que toda a sucessão de afirmações desgraçadas de notáveis do PSD, de Passos a Menezes (a falar de “as meninas do Bloco”), passando por Durão (mais o “brasão de armas” que distingue “os verdadeiros portugueses”), pelo cabeça de lista da coligação por Santarém (a ameaçar com milícias de agricultores e a denominar de “ideologia de extrema-esquerda” as preocupações com as alterações climáticas) e por uma participação especial do vice do CDS/PP e quarto candidato da AD por Lisboa (Paulo Núncio, a defender despudoradamente que se crie o máximo de dificuldades ao direito legal das mulheres a abortar em segurança), foi apenas um acaso. Ninguém acredita que um ex-líder do PSD como Passos Coelho iria a um comício da AD agitar, com o efeito que se antecipava, uma das bandeiras fetiche de André Ventura - a ligação da imigração a uma alegada “sensação de insegurança” -, sem concertar isso com a direção da campanha.

Segredos e mentiras. O papel da OTAN na Ucrânia é tão desprezível quanto o da UE

As elites ocidentais já não se preocupam sequer em encobrir o facto de que a guerra na Ucrânia tem, na realidade, muito pouco a ver com a Ucrânia.

Martin Jay* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Jens Stoltenberg realmente disse que recentemente deu “permissão” à Ucrânia para usar caças F-16 na guerra contra a Rússia? Nesse caso, podemos adicioná-lo à lista de deslizes freudianos desajeitados e bufões que ele mesmo cometeu enquanto estava no cargo. Mas pelo menos dá-nos uma ideia de como as elites ocidentais já não se preocupam sequer em encobrir o facto de que a guerra na Ucrânia tem, na realidade, muito pouco a ver com a Ucrânia, mas é antes uma guerra muito maior travada pelo Ocidente. contra a Rússia.

No entanto, toda a questão sobre os F-16 na Ucrânia estará envolta em mentiras, linguagem ambígua e notícias falsas. A verdadeira história destes caças obsoletos vindos dos Países Baixos – alguns poderão exigir um suborno a Biden para assegurar o primeiro-ministro holandês como próximo chefe da NATO – provavelmente nunca será conhecida. Os jornalistas que queiram perguntar quem realmente pilotará estes aviões – os pilotos ucranianos ou os norte-americanos – nunca obterão uma resposta direta, mas serão enganados com os “segredos e mentiras” normais da OTAN, que são o que todos nós entendemos ser o modo normal operandi para esta chamada organização de defesa. O tempo é crítico. A Ucrânia tem o tempo mínimo de 6 meses que os pilotos ucranianos precisarão apenas para pilotá-los, após treinamento intensivo? É uma boa aposta que os veremos operacionais até o final do verão com pilotos contratados e aposentados da Força Aérea dos EUA voando com eles - provavelmente não em cenários de combate aéreo, pois não são páreo para os Su-35 mais novos que a Rússia tem - usado em ataques ar-solo. É claro que uma tal mudança de estratégia levará a Rússia a visar os aeródromos ucranianos, o que alguns analistas relatam que já está a acontecer, mas na realidade, tal como tantas decisões tomadas pela NATO, esta última é apenas a mais recente numa longa série de erros de cálculo. Estes aviões de 20 anos serão um verdadeiro prémio para a Rússia disparar dos céus como patos numa tarde de domingo. Tenha pena dos pilotos que estarão em suas cabines, pois estão em uma missão suicida.

A verdade, porém, será muito difícil de ser alcançada com os F-16. A OTAN já terá as suas notícias falsas prontas para os jornalistas suplicantes prontos a obedecer.

Perder com Rússia está a “destruir” crença dos ocidentais no seu “excepcionalismo”

Na segunda-feira, a mídia alemã informou que oficiais militares alemães estavam falando sobre planos para atacar a Rússia em conversas de vídeo não criptografadas e é possível que números não identificados simplesmente tenham se juntado à teleconferência quando ela foi interceptada.

Ian De Martino | Sputnik | # Traduzido em português do Brasil

Há “pânico sincero” entre os líderes ocidentais que são forçados a “enfrentar o facto inevitável” de que estão a perder para a Rússia, disse Mark Sleboda, analista de relações exteriores e segurança, ao programa Fault Lines da Sputnik na segunda-feira. “Isso está destruindo seus preconceitos sobre este conflito e também destruindo sua crença em seu próprio excepcionalismo e antiguidade”, disse ele aos co-anfitriões Melik Abdul e Jamarl Thomas.

Os comentários foram feitos depois de discutir os planos alemães vazados para coordenar um ataque à ponte da Crimeia ou a um depósito de munição em Krasnodar, que Sleboda disse estar “planejando um ato de guerra contra a Federação Russa”, observando que a Rússia teria “todo o direito” de responder. .

“Eles estavam tramando um ato de guerra e [os] ucranianos em tudo isso não estavam fazendo o planejamento, não estariam fazendo a implementação, a programação dos mísseis no solo. Eles estavam falando sobre que isso fosse feito por autoridades alemãs e o número [de] pessoas com sotaque americano e roupas civis”, disse ele, acrescentando “Sua maior preocupação, além de qual seria o alvo mais viável… era sua negação plausível”.

Sleboda observou que é uma questão em aberto se o chanceler alemão Olaf Scholz, que se tem manifestado publicamente contra o envio de mísseis de cruzeiro Taurus para a Ucrânia, estava a mentir ou se “ ele [não] tinha conhecimento do que os seus próprios militares estavam a fazer”.

Políticos e militares NATO/UE planeiam guerra devastadora e prolongada na Europa?*

O áudio dos oficiais alemães, o envolvimento britânico e as “conversas de reabilitação” dos opositores a Putin: guerra na Ucrânia, dia 740

Tiago Soares | Expresso

Gravação de 38 minutos em que é sugerida a presença de soldados britânicos na Ucrânia tornou-se um incidente diplomático, com Moscovo a acusar o Ocidente de estar “diretamente envolvido” no conflito. Berlim fala em “guerra de informação”, no mesmo dia em que a NATO começa um exercício militar para cimentar a presença na Escandinávia

“A Alemanha está a planear uma guerra contra a Rússia”, acusou o ex-presidente russo Dmitiri Medvedev esta segunda-feira, comentando o áudio em que oficiais alemães discutem durante 38 minutos o envio de armas para a Ucrânia e um potencial ataque de Kiev a uma ponte na Crimeia – e que foi tornado público na sexta-feira pela televisão russa.

As palavras de Medvedev foram corroboradas por Sergei Lavrov: a gravação mostra que as intenções bélicas da Europa “continuam muito elevadas”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.

Berlim anunciou uma investigação interna para apurar como o áudio foi “interceptado”, o embaixador alemão em Moscovo foi chamado a dar explicações, e o ministro da Defesa alemão garantiu que as acusações do Kremlin são “completamente absurdas” e falou em “guerra de informação”. A autenticidade do áudio foi confirmada, e a conversa terá ocorrido há cerca de duas semanas.

Situação militar nas linhas da frente em 4 de Março de 2024 (atualização do mapa)

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Foram relatados ataques russos na região de Kharkiv;

Os ataques russos destruíram o depósito de munição ucraniano em Dobropolie;

Dois civis ficaram feridos em Donetsk no último dia;

O UAV ucraniano foi abatido na região de Bryansk;

O exército russo repeliu os ataques da 43ª e 66ª infantaria mecanizada e 57ª motorizada perto de Makeyevka;

O exército russo repeliu os ataques da 43ª e 66ª infantaria mecanizada e 57ª motorizada perto de Sinkovka;

Os confrontos continuaram na aldeia de Ivanivske;

Os confrontos continuaram perto de Kleshcheyevka, Kurdyumovka;

Os confrontos continuaram em Tonenkoe;

A artilharia russa teve como alvo as 128ª Brigadas de Assalto de Montanha da AFU, 15ª Brigadas da Guarda Nacional em Rabotino, Verbovoye, Pyatikhatki;

As forças russas eliminaram 160 militares ucranianos, três veículos motorizados e um obuseiro Msta-B na área de Kupyansk;

As forças russas eliminaram 360 militares, dois veículos blindados, dois veículos motorizados, um FH-70 e um canhão Msta-B na área de Donetsk;

As forças russas eliminaram 490 militares, dois tanques de batalha, quatro veículos de infantaria, incluindo três Bradley, três veículos blindados e 12 veículos motorizados na área de Avdiivka;

As forças russas eliminaram 320 militares ucranianos, dois veículos de combate de infantaria e sete veículos motorizados na área sul de Donetsk;

As forças russas eliminaram 85 militares, três veículos motorizados, um sistema de artilharia M777, um sistema de artilharia Gvozdika na região de Kherson;

Os sistemas de defesa aérea russos abateram 81 drones ucranianos no último dia.

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