quarta-feira, 24 de abril de 2024

As fogueiras em que arde a liberdade na União Europeia!

A União Europeia demonstra todos os sintomas de uma estrutura em crise profunda.

Hugo Dionísio* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

A União Europeia demonstra todos os sintomas de uma estrutura em crise profunda. Tal como outras organizações, no passado, quanto mais tentam passar uma imagem de coesão interna, maiores as fissuras que criam, a partir da exigência, cada vez mais férrea, de cumprimento das regras que tal aparência de coesão exige.

Para conseguir afirmar o seu poder político, Bruxelas é apresentada como um poder, tão distante quanto inatingível, de tal forma superior, que tudo o que dispõe é inquestionável. Colocando-se em tal pedestal, Bruxelas arroga-se de uma sapiência e omnisciência presumida, apostando num processo de comunicação muito bem montado, assente na ideia de um poder acima de todos os outros, acima dos poderes eleitos, acima dos “governos do povo” ”: “A UE disse que…”; “a UE diz que não se pode…”; “o governo pediu à UE que…”; “a UE avisou que…”; “o governo foi obrigado, pela UE, a…” Tudo assim, sem questionamento, crítica ou reflexão. Uma espécie de extensão europeia da teoria da “única nação necessária”.

Se até certa altura, estávamos perante um poder que se impunha por si próprio, que se bastava a si próprio, cuja inatingibilidade era suficiente para desencorajar qualquer ideia contraditória, face à monumentalidade da tarefa que consistia em enfrentar, não um governo, mas “o governo dos governos todos”; Actualmente, Bruxelas deixou de se contentar com essa superioridade ontológica, passando a exigir provas inequívocas de lealdade.

Tal significa que aderir, ou não, à “realidade narrativa” apresentada pela burocracia europeia, há muito que deixou de ser um ato voluntário. A lealdade passou a ser demonstrada pelo vigor e rigor com que se interioriza uma ideologia “comunitária” – a meu ver trata-se mais de uma idolatria. Houve um momento que funcionou como um sinal para a ativação de mecanismos conformadores das opiniões, à “realidade narrativa” emanada da União. Esse momento está situado em 25/02/2022. Mesmo no Covid, embora já se sinta a mão de ferro, na circulação de informação que questiona as vacinas, métodos e políticas desenvolvidas, não auxiliamos, na Europa, à utilização corrente de meios coercivos diretos, para silenciar, condicionar ou responsabilizar quem não aderia à narrativa.

Angola | Todo o Mundo e Ninguém – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Os jovens da minha geração colocavam-se em campos diversos. Uns queriam viver tranquilos na ordem colonial. Outros sonhavam com umas férias em Portugal viajando agora e pagando depois na agência de Dona Lacas D’Orey. A esmagadora maioria não tinha qualquer direito, nem a sonhar porque eram negros. Uns tantos, amalucados, sonhavam salvar o mundo, começando por restaurar a Liberdade de Cabinda ao Cuando Cubango e do Lobito ao Luau. Sempre fui mais aventureiro do que outra coisa e por isso alinhei na equipa dos salvadores. Depois de levar porrada de criar bicho, anos a fio, década após década, continuo no mesmo lugar. Burro velho não aprende línguas.

O Teatro serviu-me de linimento para as feridas no orgulho de fracassado. Por indicação do Doutor Lucas, meu professor, mergulhei na obra de Gil Vicente. Poucas vezes o génio humano chegou tão longe. O meu “auto” favorito é Todo o Mundo e Ninguém. Apaixonei-me pelo texto. A paixão foi tão assolapada que mexi os cordelinhos para ser levado à cena no Clube da Terra Nova. Mesquita Brehm era o encenador. Ilídio Alves fazia de Todo o Mundo, um senhor muito rico. Kid Kindumba era Ninguém, um homem andrajoso, pobre. O diabo Belzebu era eu e o diabrete Dinato só aparecia em voz.

O pobre Ninguém pergunta ao ricaço Todo o Mundo: Que andas tu aí buscando? E o ricaço responde enfadado: Mil coisas ando a buscar:/delas não posso achar,/porém ando porfiando/por quão bom é porfiar.

O meu nome é Todo o Mundo/e meu tempo todo inteiro/sempre é buscar dinheiro/e sempre nisto me fundo. O pobrezinho apresenta-se: Meu nome é Ninguém e procuro a Consciência!

Aqui entra o diabo Belzebu com esta fala: Esta é boa experiência/Dinato, escreve isto bem. 

E o diabrete Dinato: Que escreverei companheiro? Belzebu: Que Ninguém busca Consciência/e Todo o Mundo Dinheiro.

Ruanda aplaude lei de deportação britânica e ONU contesta

Ruanda celebra aprovação de lei britânica que permite deportar para o país migrantes ilegais, enquanto ONU e Conselho da Europa apelam ao Reino Unido para reconsiderar, citando preocupações com direitos humanos.

Governo do Ruanda manifestou-se hoje satisfeito com a votação no parlamento britânico do polémico projeto de lei que permite a expulsão para aquele país africano dos requerentes de asilo que entraram ilegalmente no Reino Unido.

"Estamos satisfeitos que o projeto de lei tenha sido adotado pelo parlamento britânico", disse o porta-voz do Governo do Ruanda, Yolande Makolo, num comunicado enviado à Agência France Presse (AFP), acrescentando que as autoridades estão "ansiosas por acolher as pessoas realocadas no Ruanda".

Na segunda-feira, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, qualificou a aprovação da legislação que permite a deportação de migrantes ilegais para o Ruanda como uma "mudança fundamental na equação global da migração". 

"A aprovação desta legislação histórica não é apenas um passo em frente, mas uma mudança fundamental na equação global da migração", afirmou, em comunicado.

O Governo britânico anunciou estar confiante que o primeiro voo para o Ruanda possa ser efetuado dentro de 10 a 12 semanas, antecipando múltiplos recursos judiciais.

PREPARE-SE PARA A NOVA OFENSIVA RUSSA

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Na noite de 23 de abril, os ataques russos atingiram instalações militares e industriais ucranianas em todo o país. Explosões trovejaram na capital ucraniana e em áreas próximas. Segundo relatos locais, pelo menos um sistema de defesa aérea foi destruído ao sul de Kiev.

Uma nova onda de ataques russos atingiu a infra-estrutura portuária na região sul de Odessa. Os militares russos estão a atacar instalações utilizadas para o fornecimento de equipamento militar da NATO e de outros estados.

Mais alvos militares foram destruídos na região de Kherson, devastada pela guerra.

As forças aeroespaciais russas estão a atacar os militares ucranianos tanto na retaguarda estratégica como na frente. Eles asseguram o contínuo avanço russo em diferentes direções.

O avanço da defesa ucraniana na direção de Avdeevka resultou na perda de controle pelas Forças Armadas da Ucrânia sobre a aldeia estrategicamente importante de Semenovka. Uma bandeira russa já tremula no centro da aldeia, enquanto as operações de limpeza continuam no norte. Parece que nenhuma reserva militar enviada às pressas para a área poderia ajudar os militares ucranianos a salvar o controle da aldeia. Semenovka está localizada nas alturas dominantes no flanco norte da defesa ucraniana na região de Avdeevka. O controlo facilita os ataques russos ao reduto ucraniano remanescente a oeste de Avdeevka e abre caminho para um maior avanço nas alturas em direcção ao grande centro logístico ucraniano de Novogrodovka.

A fase principal da batalha pelo principal reduto ucraniano na direção de Artyomovsk, Chasov Yar, está se aproximando. Os militares russos controlam a fortaleza na parte nordeste da cidade. Por sua vez, as Forças Armadas da Ucrânia estão a equipar rapidamente novas linhas de defesa nas zonas residenciais, bem como nos arredores da cidade. Um dos principais redutos ucranianos na área é o canal Seversky Donets – Donbass, localizado a sudoeste de Chasov Yar. Os militares ucranianos destruíram as travessias do canal durante a batalha por Bakhmut. A barreira natural reforçada com infra-estruturas defensivas e campos minados visa deter os veículos pesados ​​russos.

Em meio às constantes derrotas ucranianas nas linhas de frente em diferentes direções, Kiev está novamente chorando sobre uma próxima ofensiva russa. “Rumores” sobre os próximos ataques russos nas regiões do Nordeste estão a espalhar-se cada vez mais. Os constantes ataques de precisão às infra-estruturas militares e energéticas locais forçam a restante população civil a abandonar a cidade de Kharkiv. Além disso, os militares russos teriam começado a desminar alguns corredores perto da fronteira. Os militares ucranianos destacados nas áreas de Kharkiv e Sumy estão constantemente a bombardear e a tentar ataques terrestres nas aldeias fronteiriças russas. Assim, uma possível ofensiva russa através da fronteira pode criar a zona tampão necessária destinada a proteger o território russo.

Ler/ver em South Front:

Defesa Aérea Ucraniana Esgotada

Não há descanso para o exército ucraniano, nem na frente nem na retaguarda

Nenhuma invenção ajuda a Ucrânia a alcançar vitórias

Manobras OTAN nas fronteiras russas aumentam riscos de incidentes militares - Zakharova

# Traduzido em português do Brasil

MOSCOVO, (Sputnik) - As manobras da OTAN perto das fronteiras da Rússia, programadas para começar na sexta-feira na Finlândia, aumentam os riscos de possíveis incidentes militares, disse à Sputnik a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

"A aliança continua a sua exploração militar prática de um Estado outrora neutro, um participante respeitado nas discussões sobre o fortalecimento da estabilidade e da segurança. As manobras mencionadas perto das fronteiras da Rússia aumentam os riscos de possíveis incidentes militares", disse Zakharova.

A Rússia, por sua vez, está monitorando de perto “as ações agressivas do Ocidente coletivo”, disse ela.

“Sem qualquer dúvida, serão tomadas todas as medidas necessárias de natureza política, militar e técnica para combater as ameaças à capacidade de defesa do nosso país”, disse Zakharova.

Sputnik Globe

Portugal | COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL

Cinquenta anos volvidos, Portugal prepara-se para comemorar mais um aniversário da Revolução de Abril. O sentido desta comemoração deve ser bem definido. Hoje já não se pode tratar as suas conquistas como se ainda estivessem em vigor. As principais – nacionalizações, Reforma Agrária, liberdade de imprensa, ... – foram meticulosamente destruídas. Portugal vive agora sob a ditadura do capital financeiro e o seu regime está podre. A fachada formal de democracia que subsiste apenas mascara o essencial.

Assim, as forças políticas que fizeram a Revolução de Abril deveriam hoje denunciar a perda da soberania nacional, monetária inclusive, defender o afastamento da NATO e da UE, denunciar a não aplicação de facto do que ainda resta de bom na Constituição de 1976. Mas se se acomodarem numa institucionalidade apodrecida, se fingirem que a Revolução ainda está em vigor, se se limitarem a discursos auto-congratulatórios, tais forças condenar-se-ão à irrelevância – definharão. O povo português está ansioso por rupturas, deseja-as. Cabe às forças progressistas liderá-las e encaminhá-las no bom sentido. A bandeira das rupturas não deveria ser um exclusivo da extrema-direita.

Por isso, as comemorações dos 50 anos da Revolução de Abril deveriam ter um sentido de resistência e não de comemoração de algo presente. Tal como, no tempo salazarista, os democratas faziam da comemoração da República de 1910 um ato de resistência.

Resistir.info - 18/Abr/24

Portugal | OS HOMENS DA TROIKA


Henrique Monteiro | HenriCartoon

Portugal | ESTOU A VER O FIM DO 25 DE ABRIL?

Pedro Tadeu* | Diário de Notícias | opinião

A primeira liberdade que há 50 anos o Movimento das Forças Armadas trouxe aos portugueses foi a liberdade de expressão. O que é a liberdade de expressão?  É a liberdade de dizer, a liberdade de discordar, a liberdade de criticar, a liberdade de apoiar, a liberdade de escrever, a liberdade de publicar, a liberdade de ler, a liberdade de ouvir, a liberdade de ver, a liberdade de divulgar, a liberdade de propagandear, a liberdade de ajuizar, a liberdade de duvidar, a liberdade de gracejar, a liberdade de escarnecer.

A liberdade de expressão é a liberdade da circulação das ideias, das mais parvas às mais inteligentes, das mais profundas às mais inconsequentes, das mais revolucionárias às mais reacionárias, das mais humanas às mais selvagens.

Este foi um direito que a população, concentrada frente ao Quartel do Carmo, à espera da rendição do ditador Marcello Caetano, decretou com efeitos imediatos logo nesse dia 25 de Abril de 1974 e que depois o país referendou na semana seguinte, no dia 1 de Maio, com a maior manifestação política alguma vez ocorrida neste país, celebrando-a por toda a parte com gritos comocionados: “Viva, viva a liberdade!”

Tudo o que se passou depois decorreu da utilização dessa liberdade de expressão e a sociedade portuguesa que construímos ao longo destes 50 anos, com os seus imensos defeitos e as suas evidentes virtudes, resultou da sobrevivência do debate político suportado no princípio da superioridade da liberdade de expressão: a liberdade de expressão foi a maior de todas as conquistas de Abril.

No dia 25 de Abril de 1974 eu era uma criança com 10 anos de idade, filho de uma família que não falava de política. Apesar disso, a lembrança que tenho desse dia é detalhada e permanente. A razão é esta: os adultos, todos os adultos à minha volta mudaram instantaneamente, numa transformação tão drástica, tão rápida e tão evidente que ficou impressa a tinta indelével na minha memória infantil. Porquê? Porque os adultos, de repente, falavam livremente, com desenvoltura, com atrevimento, com assertividade e, mesmo não percebendo muito bem sobre o que falavam, até uma criança como eu entendia que havia um “antes” e um “depois” daquele dia e percebia que o “depois” era emancipador e o “antes” era opressor.

Talvez seja por isso que, 50 anos depois, ao ver multiplicarem-se agressões à liberdade de expressão, algumas delas entretanto institucionalizadas ou oficiosamente aceites pelo poder político e económico, sinto cada uma delas como uma autêntica agressão pessoal.

É a liberdade de expressão que me dá o direito e o instrumento para combater e criticar todas a ideias que eu acho negativas neste mundo e é, por outro lado, a liberdade de expressão que me dá o direito de tentar convencer os outros da bondade das minhas ideias.

Mas aceitar a liberdade de expressão impede-me de proibir a manifestação das ideias dos outros, caso contrário terei de aceitar que os outros possam proibir a exposição das minhas ideias.

Quando a Alemanha proíbe e criminaliza uma conferência que o antigo ministro grego Yannis Varoufakis ia dar em Berlim sobre a questão palestiniana; quando vários artistas e académicos são penalizados, cancelados, nos EUA e na Europa Ocidental, por terem posições políticas críticas da NATO ou de Israel; quando jornalistas de países ditos democráticos são perseguidos e presos por reportarem o “lado errado” dos conflitos; quando se lançam antigos livros e filmes, clássicos, “limpos” de vocabulário ofensivo; quando a coberto da proteção contra as fake news se impediu a crítica aos confinamentos da covid-19 e aos efeitos secundários de vacinas pobremente testadas; quando se admitiu que o professor russo Vladimir Pliasso fosse despedido da Universidade de Coimbra por razões ideológicas; quando em vez de educarmos e combatermos socialmente a linguagem não-inclusiva a tentamos impor à força, pela lei; quando nenhum político tenta reverter a decisão europeia de cancelar o canal russo RT; quando vejo o Facebook censurar durante uns dias a página de um partido que é meu inimigo político, o Chega (apesar de que, talvez, esse partido gostasse de limitar a minha liberdade de expressão); quando vejo, também em Portugal, multiplicarem-se todos estes movimentos, à esquerda e à direita, de limitação da liberdade de expressão vejo, simultaneamente, a aproximação do fim de uma ideia essencial do 25 de Abril que agora celebramos, vejo o fim da liberdade de expressão, vejo o fim de uma grata memória de infância, vejo o fim de toda uma conceção social de boa parte das nossas vidas.

* Jornalista

Portugal | LUCILIA GAGO... LÚCIDA?... E OS VÍDEOS ESCOLHIDOS (TVI Player)


VER 3 VÍDEOS E ATENTAR NAS DECLARAÇÕES 

Lucília Gago foi "parca em explicações". O que a PGR fez "foi insuficiente e acaba por ser contraproducente em relação à responsabilidade da própria neste caso"

"Não me sinto responsável" pela queda do Governo: PGR quebra o silêncio

PGR rejeita críticas de "certos alvos de investigações" e garante que Ministério Público permanecerá "incólume e inquebrantável"

Dizem que foi um 'Golpe de Estado Palaciano e pela surra'. Popularmente chamam-lhe 'uma golpada'. Foi?

Pesquisa: Redação PG

Portugal | O povo é carneiro. Viva o pasto, pago a um euro a pitadinha de erva…

Bom dia. Este, a seguir, é o Curto do Expresso de hoje, laudas do artífice Cândido da Silva do famigerado veículo de comunicação do tio Balsemão Bilderberg e sabe-se lá mais o quê.

Hoje é quinta-feira, 24 de Abril. Há cinquenta anos por esta hora já havia operacionais militares disponíveis, vindos do ex-ultramar e não só, que estavam em pulgas para ouvirem tocar a reunir. Não muitos, mas uns quantos. Depois a coisa encheu-se deles e transbordou. Isto é só um reparo que parece estar sem ser de importância para a concretização e sucesso do Movimento dos Capitães que depôs o estado podre do salazar-marcelismo-fascista que assolou e massacrou a vida dos portugueses e dos cidadãos dos territórios além-mar ocupados-colonizados que em muitos casos já se haviam rebelado e lutavam com armas e dentes contra os mandantes do ‘puto’, então esta merda de país oprimido chamado Metrópole.  Portugal para as coisas oficiais-colonialfascizantes. Adiante.

Cinquenta anos é muito tempo. Dá para aprender imenso… Parece que não, concluímos ao atentarmos no estado deplorável a que este país chegou. A data histórica e heróica de 25 de Abril de 1974 está a ser arrastada violentamente pelas ruas, pelos Passos Perdidos da Assembleia da República e pelo próprio Hemiciclo Parlamentar. Os do atual governo de direita recém chegados ao governo (PSD, CDS, PPM) dão o mote. Antes, após deposto por um golpe de estado gizado pela justiça/ministério-público (a pseudo-justiça) e mais uns quantos a saber, foi o governo de maioria PS, parece que saído do caneiro da trampa, que fugiu às suas responsabilidades e governou 'à la garder' e orgulhosamente só fazendo fretes à direita e aos ricos dos mais ricos, reservando ao povoléu as migalhas sobrantes. Coisas da política e da sacanagem criminosa e oportunista que se apoderou dos bens públicos esvaziando e mandando às malvas os interesses do coletivo a que chamamos povo…

Adiante que se faz tarde.

Recomeçando. Com que então este arrazoado inicial é a abertura para o Curto do Expresso. Pois. Ora vamos lá ao Curto já aqui em baixo. A seguir, como é disposto e dito.

A começar com “Os valores de Abril”. Pois. Pois. Pois, pois.

Dito que um Carneiro, homem de Abril, militar-capitão, foi quem liderou a revolução no Porto. Obrigado capitão Carneiro. Atualmente temos carneiros a balir e em busca de mais e mais carcanhol para si próprios, família e amigos. Surpresa: só lhes toca migalhas nos roubos. São pobres, pois claro que pobres mas alegretes, os ignorantes abutrecos. Também temos carneiros sempre falidos que se metameforsearam em canídeos. São esses que uivam, uivam, mas não saem da cepa torta, da miséria e da fome que por vezes mitigam num MacDonalds da modernidade em vez de o fazerem na tasca do Jaquim comendo uns chicharros fritos ou umas febras regadas a branco fresco no valor de tostões por copo, do naco de carne e do pão. Não, agora é tudo a montes de euros para encher os cofres dos do Tio Sam Terrorista e Veneno Global. E dizem eles que a vida está melhor… Mas a comerem e beberem merda à laia da estranja ianque e anglófona repleta de colesterol. Boa. Trabalhem por dez reis mal coados, deixem-se escravizar que depois vem a libertação quando derem o peido-mestre.

Avancemos. Do Curto ‘aberto’ não pomos mais antecedentes. Já vamos longos. Além disso hoje estamos calões, no descanso. Estamos na expectativa de que surja por aí um novo 24 de Abril de pantufas que depois se transformará em calçado com cardas tipo PIDE/DGS e Polícia de Choque do Maltês. Avante fascistas da modernidade. O povo é carneiro.

Viva o pasto, pago a um euro a pitadinha de erva…

O Curto, a seguir. Para mais tarde desenjoar. E desculpem qualquer coisinha… As verdades são inconvenientes e indelicadas, não são? Pois, pois.

MM | Redação PG

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