quinta-feira, 28 de abril de 2011

Bombeiros querem criar pólos na capital para chegarem mais depressa com socorro




MSO - LUSA

Díli, 27 abr (Lusa) -- Os Bombeiros de Timor-Leste, que estão a comemorar o seu 11.º aniversário, pretendem criar dois novos pólos em Díli, para reduzir o tempo de chegada aos sinistros, anunciou hoje o diretor nacional de Proteção Civil, Domingos Pinto.

Em conferência de imprensa para anunciar o programa das comemorações do aniversário, Domingos Pinto disse que a principal crítica que é feita aos bombeiros prende-se com a demora em chegar ao local para onde são solicitados, dentro da cidade de Díli, pelo que foi elaborado um plano para uma melhor cobertura da capital.

"Só há apenas um quartel em Díli e existe um plano para montar um posto de bombeiros nas zonas leste e oeste da capital, mas a sua execução depende da capacidade financeira, recursos humanos e meios de equipamento", disse.

Além de mais duas unidades na capital, os Bombeiros de Timor-Leste pretendem alargar a rede de quartéis, que atualmente cobre os distritos de Oecusse, Díli, Aileu, Baucau, Maliana e Manufahi, com um novo quartel no Suai, no distrito de Covalima.

De acordo com aquele responsável, as críticas à demora no socorro surgem sobretudo na capital devido à intensidade do trânsito e à falta de respeito das pessoas pelos veículos prioritários.

"Os automobilistas devem conceder prioridade às viaturas de socorro em movimento, devidamente sinalizadas pelas sirenes ou luzes de emergência", apelou.

O diretor nacional de Proteção Civil de Timor-Leste exortou a comunidade em geral a apoiar e cooperar com os Bombeiros e deu vários exemplos em que é necessário que as pessoas mudem de atitude para os bombeiros prestarem um melhor serviço.

"Não se liga para a linha de emergência por brincadeira ou quando não se necessita, porque pode naquele momento alguém precisar mesmo de ajuda e põem-se vidas em perigo", exemplificou Domingos Pinto.

Conforme descreveu, os bombeiros desempenham funções em quatro grandes áreas de atuação, como combate a incêndios, serviço de emergência, serviço de socorros a náufragos e apoio à comunidade noutras tarefas, mas "as pessoas pensam que o papel do Bombeiros é só a extinção dos incêndios".

Segundo Miguel Braga, assessor da Direção Nacional de Proteção Civil, falta aos bombeiros um espaço próprio de formação.

"Existe uma academia, mas é de polícia e não de bombeiros, pelo que é difícil a formação específica, porque não existe uma viatura para treinar os bombeiros em técnicas de desencarceramento, por exemplo", apontou.

Os Bombeiros de Timor-Leste foram instalados com a ajuda de bombeiros portugueses, em novembro de 1999, sob a égide da Comissão de Apoio para a Transição de Timor-Leste (CATT), chefiada pelo padre Victor Melícias.

No entanto, os primeiros 100 bombeiros concluíram a formação a 23 de abril de 2000, data em que assinalam o aniversário da corporação.

Atualmente, o Serviço Nacional de Bombeiros tem um total de 183 efetivos.

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