SIC NOTÍCIAS, com Lusa - 28 maio 2011
Perto de 500 pessoas desceram hoje a Avenida da Liberdade, em Lisboa, para protestar contra o Fundo Monetário Internacional (FMI) sob o lema "Democracia Verdadeira, Já".
A manifestação, que começou junto ao cinema São Jorge e terminou no Rossio foi promovida pela Acampada Lisboa, um movimento espontâneo inspirado pelas "acampadas" em Espanha, e cujos membros têm pernoitado junto à estátua de D. Pedro IV, no centro da capital.
"Fora daqui, a fome, a miséria e o FMI", foram as principais palavras de ordem gritadas pelos manifestantes, de várias nacionalidades, e na sua maioria jovens.
Foi o caso da italiana Isotta, uma estudante do programa Erasmus, que se juntou a este movimento para reivindicar pela "Democracia que já não existe".
"Queremos uma democracia verdadeira e transparente na qual possamos escolher. Este é o momento certo para mudarmos", disse à agência Lusa.
Outro manifestante, que não se quis identificar, referiu que estava a protestar "por amor à pátria" e porque quer "um país de futuro".
"Não queremos cá o FMI. Não queremos mais pobreza. Queremos ter esperança no nosso país", sublinhou.
A manifestação, que acabou na praça do Rossio, foi sempre acompanhada de perto por agentes da PSP, não se tendo registado quaisquer incidentes.
No final os organizadores do protesto fizeram um balanço positivo da ação e prometeram não arredar pé do Rossio, onde estão acampados há mais de uma semana.
"Achamos que este é um tempo de mudança, pois temos cada vez menos direitos e mais dificuldades. A mudança vai depender muito da força do movimento e da capacidade para chegar a outras pessoas. Para já não planeamos sair", frisou.
A "acampada", que contesta o atual sistema político, começou na sexta-feira, no Rossio, em solidariedade com os contestatários que ocupam a Puerta del Sol, em Madrid, Espanha.
Também em Espanha, na sexta-feira cerca de 120 pessoas ficaram feridas em Barcelona durante uma carga policial da polícia espanhola a manifestantes que ocupavam a Praça Catalunha.
Lusa
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